quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Dois mil anos de fracassos...

"Os órfãos vão esmolando pelo mundo, e a viúva vende palitos aí pelas ruas. É um ganha-pão que rende aos dentistas..." D.S


Quem ainda não teve tempo de ler os clássicos para entender o grau de insalubridade do Estado, seja ele militar, feudal, monárquico, liberal, socialista ou capitalista (rapport social de domination de l'homme sur l'homme fundé dans le monopole de l'exercice legitime de la violence physique..."(cacarejava M. Weber), basta ver as estatísticas dos últimos vinte ou trinta anos: as doenças vão e vêm conforme o desejo e as pulsões das bactérias; o bom senso chegou aos limites da indigência; o trabalho incorporou para si os protocolos da escravidão; a crueldade e a violência se infiltraram na medula óssea das classes, os transtornos mentais viraram obviedades; a miséria emocional e a estupidez uma epidemia; as relações amorosas cheiram a enxofre, o controle de natalidade descambou para 8 bilhões (uma população maior que a dos ratos); a pena de morte foi extinta, mas deixou em seu lugar a cloaca das penitenciárias; as universidades expulsaram Voltaire e canonizaram Madre Teresa de Calcutá; o 'lar-doce-lar' converteu-se num cortiço e a antropologia foi substituída pela teologia e etc, etc....
Apesar de em cada esquina ainda se encontrar um padre ou um pastor  dizendo bobagens e fazendo proselitismo, diante de tão decadente cenário é impossível não lembrar que toda essa decadência e que todo esse fracasso pode estar relacionado com os dois mil anos de cristianismo...



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