Para ouvir a música clicar no canto esquerdo da faixa...
1. Ontem à noite esclareci uma dúvida a respeito dos sujeitos que ficam ali na Praça do Rossio 24 horas por dia oferecendo "todo e qualquer tipo de drogas" aos turistas babacas que passam. Como sobrevivem durante tanto tempo? - me perguntava - se há policiais vestidos de preto e com armas automáticas em punho por todos os lados. Um músico que toca nos arredores até de madrugada explicou-me: trata-se de um bando de estafadores. O que dizem ser maconha é artemísia e o que vendem por cocaína são apenas aspirinas esmagadas. Até a policia já caiu nesse conto - me dizia ele. Prendia esses gajos e depois, na delegacia, quando examinava os produtos, tinha que solta-los e ainda pedir-lhes desculpas...
2. Esse mesmo músico relatou-me também que, não faz muito, os jornais lisboetas publicaram o caso de um eletricista jovem que "comia" uma senhora de 94 anos. Num dos tais encontros amorosos, sabe-se lá por quê, a senhora veio a falecer. Com medo de ser implicado na morte da anciã, o tal gajo, fez um arranjo na cena, deixando a pobre morta deitada numa posição do Kama Sutra com um vibrador caído sobre o peito...
3. E já que estou falando de escatologias, na primeira vez que estive por aqui, (quase na época de Marques de Pombal), lembro de ter visto nas páginas de classificados de um conceituado jornal da cidade um anuncio que propunha a troca de um galo que cantava as cinco da manhã por um que cantasse as sete. Hoje, examinando o mesmo jornal, vejo que quase uma página inteira é dedicada às meninas (tanto de Portugal como de vários lugares do mundo) que propõem, a preços moderados, qualquer tipo de negócios, inclusive massagens na próstata. Em uns segundos de ingenuidade cheguei a perguntar-me: seriam enfermeiras diplomadas? Depois tomei consciência de que se tratava apenas da decadência dos galos e da ascensão das galinhas... Observem como os negócios que mais prosperam no mundo são sempre os relacionados às nossas múltiples misérias...
4. Por todos os lados aqui se ouve música brasileira. Insensatez de Tom Jobin toca insensatamente por todos os lados. Os portugueses são fascinados pela tal BOSSA NOVA. E a maioria dos brasileiros nunca se deu conta de que aquela troupe de bebuns era composta praticamente só por portugueses e que o que fazia era essencialmente música lusitana. Escapamos do Fado por pouco. Aliás, o Ministério da Saúde deveria advertir: meia hora de fado, associado com meia garrafa de vinho nas tripas, transforma o risco de suicídio em algo real...
4. Curiosamente, no Convento dos Jerónimos, o túmulo de Alexandre Herculano, (politico e autor de Três meses em Calcutá) no espaço número 324 é imensamente maior e mais rico em dados, informações, e etc, do que o de Fernando Pessoa. Ao bizarro poeta do Desassossego foi levantada a alguns metros dali apenas uma coluna de uns três metros de altura por uns 60X60, com três ou quatro pensamentos depressivos de seus heterônimos... Sinal de quê? De que a política e os políticos, para as massas, ainda são associados ao bonheur e à esperança, enquanto que à poesia e os poetas o são à frescura, ao niilismo e à desilusão... Talvez estejam certos!
4. Por todos os lados aqui se ouve música brasileira. Insensatez de Tom Jobin toca insensatamente por todos os lados. Os portugueses são fascinados pela tal BOSSA NOVA. E a maioria dos brasileiros nunca se deu conta de que aquela troupe de bebuns era composta praticamente só por portugueses e que o que fazia era essencialmente música lusitana. Escapamos do Fado por pouco. Aliás, o Ministério da Saúde deveria advertir: meia hora de fado, associado com meia garrafa de vinho nas tripas, transforma o risco de suicídio em algo real...
4. Curiosamente, no Convento dos Jerónimos, o túmulo de Alexandre Herculano, (politico e autor de Três meses em Calcutá) no espaço número 324 é imensamente maior e mais rico em dados, informações, e etc, do que o de Fernando Pessoa. Ao bizarro poeta do Desassossego foi levantada a alguns metros dali apenas uma coluna de uns três metros de altura por uns 60X60, com três ou quatro pensamentos depressivos de seus heterônimos... Sinal de quê? De que a política e os políticos, para as massas, ainda são associados ao bonheur e à esperança, enquanto que à poesia e os poetas o são à frescura, ao niilismo e à desilusão... Talvez estejam certos!
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