Causou polêmica aqui em Lisboa a entrevista que o escritor e psiquiatra Antonio Lobo concedeu no último sábado à revista do Jornal Expresso, principalmente quanto a sua opinião a respeito do defunto Saramago. Consegui um exemplar da referida revista com o senhor careca de um quiosque que, a princípio, defendia a Saramago. É puro mau caráter do Antonio! me dizia enquanto revirava uma montanha de jornais da semana passada. Num trecho da entrevista referindo-se a Saramago, Antonio diz: A melhor definição de Saramago é a de Juan Marsé: "Não é um escritor, é um pregador". Em outro trecho: "Nunca tive nada contra Saramago. Ele tinha-me um pó. Uma inveja. Nunca percebi porquê (...) Achava-se mesmo um grande escritor. Eu sempre achei aquilo uma merda".
Para mim, a frase (do entrevistado) que me pareceu mais digna de sua grandeza foi admitir que é do tipo que "está sempre em guerra civil consigo mesmo"...
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