sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Era uma vez Lisboa...


"Os cavalos lusitanos eram fiáveis, velozes, resistentes, e fecundos ao ponto de se dizer que as éguas emprenhavam com o vento..." (Luís Ribeiro)

"A Lisboa dos turistas é mais uma selfie do que uma foto documental" (Idem)


Quem ainda pensa que os portugueses só foram grandiosos em assuntos de navegação, em comércio de escravos, pesca e em criação de enguias, deve conhecer pelo menos três das tantas igrejas que há por aqui. A de São Domingos, aqui no Rossio, no pátio da qual foram executados milhares de judeus; a Catedral da Sé, construída sobre as ruínas de uma mesquita islâmica e, claro, a do Convento dos Jerônimos, uma espécie de Vaticano português, onde estão os túmulos de Camões e de Vasco da Gama. No meio de tantas, estas três, por suas grandiosidade arquitetônica bastam para impressionar. E 'impressionar', neste contexto, não tem nada a ver com a expressão histérico-popular. Principalmente os psicólogos e os antropólogos que ainda têm dificuldades para entender os processos mentais através dos quais se realizou o adestramento religioso sobre o populacho, deveriam passar uns dias por aqui. Os engenheiros, os pedreiros e os teóricos do Santo Ofício da época, ao construírem essas gigantescas e soberbas maravilhas sabiam que dentro delas, ao lado destas estupendas pilastras de pedra bruta
 qualquer um se sentiria reduzido a nada e que essa sensação de pequenez e esse achatamento psíquico é o pré-requisito básico para qualquer tipo de domesticação... Sabiam, também, que até uma prisão neste estilo e com esta grandiosidade seduziria os prisioneiros para sempre! (Com uma tocata de Bach, descendo dos telhados então!!!)
Mas não é tudo. Também os banheiros da mais antiga fábrica de Pastéis de Belém (1837), são de um luxo, de uma HIGIENE e de uma beleza respeitável. (ver fotos abaixo)









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