quarta-feira, 30 de julho de 2025

Depois dos séculos de rapina do Pau Brasil, das minas de prata, do ouro, das esmeraldas, das sementes e das plantas medicamentosas da Amazônia, dos animais silvestres e dos fósseis da Chapada do Araripe (entre outros)... agora chegou a vez das tais TERRAS RARAS... Se o governo realmente pretende "mapeá-las", é bom esconder os mapas [...], e não apenas das hienas estrangeiras...





 












A arte de desinformar... Inacreditável! Bolsonaro (o ex presidente), promove uma manifestação gigantesca em Brasília... e a mídia finge ignorar o ato... Que merda de jornalismo é esse?



"...Sete cidades disputavam Homero morto. 
E Homero lá, mendigara o pão..."




Independentemente de ter sido uma manifestação do Bolsonaro, (a gravidade seria a mesma se se tratasse de uma simples pajelança dos Ianomâmis; de um panegírico aos bolcheviques; da levitação das divindades druidas; da santidade das freiras ou da perversão das mocinhas da madrugada, ou até mesmo de uma passeata de jegues e de cachorros...) Sim, a omissão e a censura da mídia teria sido algo igualmente abominável, canalha e desonesto. Uma espécie de desonestidade socio-esquizofrênica. Inacreditável! Será que essa gente, submissa, vassala e desonesta não tem nenhum vestígio de dignidade? Imaginem: Se uma manifestação desse tamanho, com "milhares" de motos fazendo  tremer os prédios com o ronco de seus motores, com os gritos de gente de todo o país e até dos países circunvizinhos clamando em desvario, por Deus, Pátria, Família & Liberdade... foi silenciada, imaginem então, durante os últimos cem anos, antes da internet, o grau de desinformação, de manipulação, de alienação e de estupidificação das massas... Por mais babaca e patriota que você seja, acredite: uma sociedade dessas, desorientada entre as intenções declaradas e as intenções reais, que parece ter perdido a capacidade de pensar, escrava de uma ou outra visão doméstica, neurótica e infantil sobre o bem e o mal, não tem porvir! Não tem futuro e está condenada a passar o resto da existência nesse vai-e-vem esquizoide, nessa lengalenga messiânica e metafísica de intrigas, de perseguições, de invejas e de pequenas vinganças... 

Como diria meu amigo baiano, enquanto ouvia a clássica, profética e romântica música dos anos 80: vão foder outro!!!


 


domingo, 27 de julho de 2025

A EUROPA DE QUATRO... Trump enraba, humilha e transforma a União Européia numa colônia bastarda...



Como teria dito Lorenzo de Médicis (1395-1440): "O pão e a festa mantêm o povo quieto..." Se na Época dos Borbons, era, na versão hispânica, pão e touros, hoje é o futebol..." A miséria é a mesma! Ou não?
José Luis Garcia Remiro, p. 





















sexta-feira, 25 de julho de 2025

VÁRIAS... As hienas, os clowns e as TERRAS RARAS... (Não é cova grande, é de bom tamanho, nem largo e nem fundo, é a parte que te cabe neste latifúndio... é a terra que querias... ver dividida...)



1. Aos poucos a voraz e miserável rapinagem do império vai perdendo o prumo e a vergonha. Agora, no meio da trapaça das tarifas, o governo dos EEUU quer abocanhar também as minas de lítio e de nióbio que existem por aqui, como está fazendo com a Ucrânia... E como por aqui, nesta selva de tijolos e de templos, não faltam Zelenskis e nem vira latas, é bom ficar ligado... E o descaramento é tanto que até propõem que se deixe de vender esses minerais para a China, para a Alemanha, e a outros países, para exportar apenas para eles... Que tal? O Enéias tinha ou não tinha razão?


 


2. E a Cerimônia de adeus da Preta Gil, prossegue hoje lá no Rio de Janeiro com um ritual de fazer inveja a qualquer outro defunto. Definitivamente, somos um país que não perde a oportunidade de fazer uma "festança" de adeus a alguns de nossos mortos. Uma maneira de, ao estilo de Jó, fingir que a morte (o lado b da vida), não é uma desgraça intolerável, seja qual for o pedigree do cadáver... Tudo bem, tudo bem.., eu sei que para os beócios, trata-se de sair de uma vida para entrar em outra...  de fugir de uma penitenciária e de seus carcereiros para cair nos braços de outros, até bem mais canalhas...  Mas... Enfim, como perguntava o poeta romântico José de Espronceda, em seu poema El Diablo mundo, (1808-1842): "que haja un cadáver más, / qué importa al mundo?"

3. E o Macron, que juntamente com outros imperialistas petimetres e menores, agora resolve cacarejar a favor de um Estado Palestino? Precisaram ver as ruínas da Faixa de Gaza e a cifra de cem mil palestinos entre mortos e mutilados... Em que tratado de psicopatologia se pode encontrar uma explicação para essa antiga e nojenta perversidade? Claro, ninguém ignora que o silêncio e a conivência dessa gente não é muito diferente daquela de seus avos, diante dos campos de concentração nazis, onde milhões de ciganos, filhos de Jeová. judeus e outros forasteiros, saiam em forma de fumaça pelas chaminés de seus fornos...

4. E a notícia da cobertura de1500 metros de um de nossos patetas da televisão? E a de outro de nossos pobres milionários que está se gabando de gastar uma pequena fortuna na harmonização peniana? Será que os exotismos desses e de outros pés de chinelo teriam alguma coisa a ver com a inscrição clandestina rabiscada naquela sacristia espanhola:"Soy ladron para servir a Dios y a las Buenas gentes..."

5. E no embalo das tarifas do Trump, o governo do DF também resolveu tarifar os estacionamentos ao redor da rodoviária (sucateada há 30 anos) e no centro da cidade. Agora, qualquer idiota, que conseguiu comprar em 500 prestações e superfaturada uma das carroças (descritas pelo Collor), terá que deixá-la em casa, se não quiser ser roubado, mais uma vez, e ainda por cima, pelo pior e mais canalha de todos os monstros: o Estado... e voltar a utilizar - como se diz popularmente - el coche de San Francisco, isto é, ir andando...

Diante de tanta e incurável imbecilidade, a nós, que temos horror tanto às palmas como aos resmungos do rebanho e a tudo o mais.., cabe praticar o haiku proposto por Barthes: 

[Sentar em paz, sem fazer nada

Chega a primavera

a grama cresce por si]















terça-feira, 22 de julho de 2025

Sempre teremos Paris... De Casablanca ao ministro Barroso...





"Dime qué Dios tienes y te diré a que sociedad aspiras..."

Rafael Sanches Ferlosio


O populacho, e até quem, com meia garrafa de vinho na bolsa e ao entardecer, já passeou pelo Bois de Boulogne, continua indignado com a resposta do ministro Barroso aos gringos que lhe proibiram de pisar por lá: SEMPRE TEREMOS PARIS! Cacarejou o ministro. Frase que os fanáticos por cinema logo perceberam que o ilustre ministro a plagiou do filme Casablanca...

Ora... Tudo bem. Claro que se trata de um esnobismo meio tupi-guarani e meio Terceiro-mundista... Mas não é grave! E depois, Paris, apesar dos pesares, continua estupenda e sempre em festa... sem esquecer que, como diziam os puxa-sacos do rei Henrique IV: bem vale uma missa!

O que é mais curioso e até vergonhoso nessa pantomima, é a obsessão do populacho e da petite bourgeoisie pela Amérika. Pelos EEUU, por aquela espécie de Nova Jerusalém... Para onde, e para quem, ter um visto cancelado é uma espécie de excomunhão e de orfandade! Ora, não sejam idiotas! O Gabeira está há cinquenta anos com o seu cancelado e está por aí, mais lúcido do que nunca... E depois, parafraseando ao casal apaixonado do filme e também ao ministro, sempre teremos Omã! Sempre teremos Hanói e Shangai! Sempre teremos as estradas montanhosas do Afeganistão, a Medina e a praia de Ain Diab em Casablanca, o Cairo e a Alexandria.., a Ramblas de Barcelona, as madrugadas de Katmandu... e o surrealismo místico de Bom Jesus da Lapa, às margens do São Francisco... Caiam na real! Chega de toda essa idiotice, dessa cegueira e dessa submissão adolescente e de subalternos... 

 Enfim, perguntava o Mendigo K a um de seus capangas: Diga-me para onde pretendes viajar que eu te direi, em segundos, o grau de tua alienação e de tua indigência mental ...


 





domingo, 20 de julho de 2025

Caprichos e trapaças da memória...




Quase todos os domingos, lá pelas 10:00 horas, quando vou ao mercado da esquina abastecer minha cozinha com raízes de bardana e de nabo branco (aquele que os japoneses chamam daikon), um dos cheiros do ambiente me remete imediatamente à Benares. Como todos os frequentadores de lá sabem, os açougueiros do local, para seduzir e inebriar os clientes, costumam jogar sobre uma chapa elétrica, uns retalhos de alcatra, de maminha e etc... chapa ao redor da qual, os clientes, dos mais remediados aos mais fodidos se agregam...  e vão dando suas beliscadas através de uns palitos que são deixados ao lado. O cheiro que toma todo o mercado, não é ruim, mas quando a carne queima... esse cheiro me remete imediatamente à Bènares, aos crematórios públicos de Bènares, ao lado do Ganges. Você já foi a Bènares? Não! Continuas na janela, palitando os dentes, fazendo intrigas, cultivando uma barriga indecente, contando os centavos e esperando a morte chegar?

Então você nem imagina o que se experimenta, quando, de uma barcaça precária e sem mastro  (levitando nas águas sujas e "sagradas" do Ganges), se assiste àquelas fogueiras, queimando cadáveres, praticamente o dia inteiro, com um ou outro "funcionário" remexendo os tições e os ossos, e um ou outro guapeca de plantão, aguardando discreta e pacientemente a parte que, profana e na clandestinidade, sempre lhe cabe... Chamava atenção, além dos cães, o aglomerado de velhos que, mãos às costas, e olhando timidamente para as labaredas... lembravam da famosa, hetarista e cínica Praça dos insepultos, dos anos 70, lá no Rio de Janeiro, em frente ao Cassino Atlântico...

Sim, a memória é caprichosa e também sádica! Quem sabe, no futuro, não venhamos a admitir que o tal Alzheimer (dependendo da história de cada um), é quase uma benção...











quinta-feira, 17 de julho de 2025

E se os bárbaros não chegarem... (e se nem sequer existem???)






 --O que esperamos amontoados ali no Congresso?

São os bárbaros que estão chegando...

- Por que essa paralisia? Por que estão aí sentados, sem legislar?

Porque hoje chegarão os bárbaros...

- Que leis, afinal, vão fazer os legisladores?

Legislarão quando os bárbaros chegarem...

- Por que nosso imperador levantou tão cedo, e se postou solenemente no trono, à porta da cidade?

Porque hoje chegarão os bárbaros, e o imperador espera para dar boas vindas a seu chefe. Inclusive, preparou, para ele, como presente, um pergaminho, no qual constam muitos títulos e dignidades...

- Por que nossos diplomatas e pretores apareceram hoje com suas togas negras e bordadas e por que usam braceletes com tantas ametistas e anéis e esmeraldas rutilantes? Por que empunham hoje preciosos báculos em prata e ouro magnificamente cinzelados?

Ora! Porque hoje chegam os bárbaros!

- Por que os ilustres oradores, não aparecem, como sempre, para cacarejar seus discursos e adornos diplomáticos e dizer as coisas de sempre?

Porque hoje chegam os bárbaros e a eloquência e o blábláblá dos discursos os enojam.

- Por que essa agitação, essa balburdia e essa confusão? (e esse fingimento que se vê nos rostos!) Por que as ruas e as praças (de um momento para outro) ficaram vazias e todos voltam para casa compungidos?

Porque anoiteceu e os bárbaros não chegaram. Porque pessoas vindas da fronteira revelaram que os bárbaros não existem.

E agora? O que vai ser de nós, sem os bárbaros? Se eles, de uma maneira ou de outra, eram a solução..."

Constantino Cavafis 

(1863-1933)



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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Os tais impostos e o infantilismo babaca e lastimável do mundo...




E o show mercantil, sob a direção dos EEUU, vai se incrementando, com o Trump atuando aquilo que o velho e senil Biden não teve tempo de fazer e se fingindo de louco.. Enquanto isso,  tanto as elites do latifúndio como a empresarial das colônias afetadas, que também fazem parte do teatro, fingem agitar-se. Simulam uma crise de nacionalismo e de amor à pátria! Ah! Agora, com essas tarifas, quem irá comprar nossas vacas? Nossa soja? E se tudo o que roubamos aqui ficará congelado lá??? E as pepitas de nossos garimpos? E os ovos de nossas miseráveis galinhas? E as férias de nossas 'esposas' em Nova Iorque? E nossas criancinhas que estão viciadas nas hamburguesas da Disney??? E o dólar? O que é uma empresa sem um bilhão de dólares depositados em Walt Street?? E como é que ficam esses beócios idólatras...e os milhares de mórmons e as milhares de escolinhas de inglês (essa espécie de deep state) plantadas desde a Avenida Paulista até o interior do Piauí???
Ah! Se não fosse o ferro importado dos Estados Unidos, Brasília nem teria como ser construída!!!
E as novidades dos Sex Shops? 
Ah! E se tivermos que deixar de ser cobaias e laboratório de hormônios e de gênero, para os gringos? E como serão as noites de nossas adolescentes tardias, sem a Pink Panther???
Calma! Calma que nada é novo! Trata-se apenas do momento agudo de uma desfaçatez crônica.  Acreditem: foi sempre assim a relação (comercial, moral e genital) da América (do México para baixo), com os ianques. Sempre de quatro. A submissão como estratégia. A América Latina como um fundo de quintal, com vinte ou trinta famílias "testas de ferro", administrando para o império as " madeiras e as terras raras"; as emendas parlamentares; a mídia; as minas de prata de ouro e de pedras preciosas; os planos de saúde; as multinacionais de medicamentos; as bolsas de estudo e o Curriculum Vitae das universidades;  os negócios mais lucrativos e, claro, os bancos. E sempre tagarelando com empáfia, no idioma dos invasores... E tudo envenenado por um misticismo esquizoide...

Um forasteiro, recém chegado do Caminho de Compostela, depois de também lançar suas devidas maldições sobre o pretenso imperador ianque, lembrou com ironia e sadismo de uma anedota a respeito de César (o imperador romano), que ao desembarcar na África para fazer a guerra e rapinar aqueles povos, tropeçou e caiu de cara no chão. Seus soldados, cheios de presságios, logo ficaram assustados, mas César (trapaceiro profissional), os tranquilizou, fingindo que a queda havia sido proposital e, abraçando teatralmente o solo, exclamou: Ah! África.., és minha, pois te tenho em meus braços!!!












domingo, 13 de julho de 2025

Cheri cheri Lady... Olha a pamonha! Olha a pamonha!




"Por mais estúpido que seja um autor/escritor, sempre encontrará um leitor que se identifica com ele..."(São Jerônimo)



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Nesta tarde de domingo, eis que o pamonheiro, (supostamente desaparecido), voltou. Apareceu lá em baixo empurrando seu velho carrinho de duas rodas de madeira, confeccionado em casa, sobre o qual fumegava uma panela de alumínio tapada com uma toalha branca. Olha a pamonha! Olha a pamonha! Doce ou salgada, recheada com linguiça ou com queijo de Minas... Olha a pamonha! Alô vizinhança... tá passando a pamonha! Olha o pamonheiro!!!

E depois de fazer a devida propaganda de seu produto, acionava um aparelho de som, movido a pilhas, que ia amarrado na parte de baixo daquela geringonça. A música de hoje,  Cheri-cheri lady - dizia ele, quase romanticamente -, ia dedicada à sua patroa, que vendia outros petiscos, lá no outro lado da rua... Um casal de mendigos, recém chegado das palafitas inundadas de Manaus e que descansava sob um esplendido flamboyan, se pôs a dançar e a cantar: Cheri Cheri lady... Cheri Cheri Lady... O sino da igreja em frente badalava, alguém queimava um baseado numa varanda próxima e a tarde parecia a continuidade de um fantástico sonho... Alguns moradores sonolentos e em greve já há 3 meses, apareciam às janelas e lhe acenavam com simpatia. Afinal, estávamos num domingo de julho, mais frio do que o normal, com o mundo meio louco, meio reacionário, em descarada autofagia, com a resistência Palestina colocando em prática contra os invasores as mesmas táticas das guerrilhas do Vietnã e aí pelos palácios e ministérios, os vigias terceirizados, entediados, perfumados, enfeitados, examinando os magros contracheques, discutindo a crise fiscal, o calcanhar de Aquiles e os delírios imperialistas, olhavam compulsivamente pelos janelões de vidro fumê, em direção à Catedral, para saber as horas e para ver se, de repente, a madre Tereza de Calcutá ou Godot não estariam chegando... 















E... Viva o Marrocos...
















terça-feira, 8 de julho de 2025

Os vira-latas fervorosos e ilustrados, as irmandades de conveniências de sempre e inclusive os mendigos, discutem com um ceticismo temeroso, a tal Lei Magnistik, engendrada pelos russos e pelos gringos para, através dela, aperfeiçoar o chicote e o cabresto nas colônias.. Uns de quatro, outros de joelhos, todo mundo está com medo de, de repente, de uma hora para outra, ter que Cancelar o Plano de Saúde; ser privado do shampoo, do Smartphone, da panela de fritar batatas, da caneta dinamarquesa de Ozempic e até mesmo de ter que devolver aos bancos o Cartão VISA e o MASTERCARD e de não mais poder valer-se do SWIFT, para o ocultamento dos trilhões roubados... Ah! O que será do mundo sem o Whatsapp!!!, choramingam tanto as donas de casa como as damas da meia noite, ali na antiga rua das oficinas...... De quatro! Um planeta literalmente de quatro! O Mendigo K, meio em sério e meio em burla indaga a seus comparsas: Quando é que, por fim, ao invés de ficar outros 500 anos queimando incenso a fantasmas, passaremos a enriquecer urânio e a produzir mísseis hipersônicos??? A turma indigente ficou em silêncio e só não o vaiou porque é impossível vaiar quando se está bocejando... Apenas uma das mendigas lhe retrucou: diante do genocídio na Palestina e da desgraça dos ribeirinhos em Manaus, tudo o que se diga é vilania e canalhice!






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EM TEMPO: 

Já em retirada, o Mendigo K, aproximando-se de seus veementes companheiros, recitou este breve texto: 
"Desde então, viajo sem parar, o trem tornou-se a minha casa, onde todos me toleram enquanto perambulo pelos vagões. Os carros, enormes como salas, estão cheios de lixo e de palha, e nos dias cinzentos, descorados, as correntes de ar perfuram-nos de ponta a ponta (...) Minha roupa está rasgada, em frangalhos. Deram-me um uniforme usado de ferroviário. Tenho o rosto atado com um lenço sujo. Sento-me na palha e cochilo, e quando sinto fome vou ao corredor e canto em frente aos compartimentos da segunda classe. As pessoas atiram pequenas moedas dentro do meu boné de cobrador, um boné preto de ferroviário com a viseira arrancada..." (Texto de Bruno Schulz, in: Sanatório sob o signo da clepsidra, p. 190)













domingo, 6 de julho de 2025

Recomendações para quando partas para Ítaca...



"Itaca ha pasado a ser el destino final de todo ser humano..."





"Cuando emprendas tu viaje a Itaca pide que el camino sea largo, lleno de aventuras, lleno de experiencias. (...) Pide que el camino sea largo. Que sean muchas las mañanas de verano en que llegues - con qué placer y alegria! - a puertos antes nunca vistos.

Ten siempre a Itaca en tu pensamiento. 

Tu llegada allí es tu destino. Mas no apresures nunca el viaje. 

Mejor que dure muchos años y atracar, viejo ya en la isla, enriquecido de cuanto ganaste en el camino sin aguardar a que Itaca te enriquezca...

Itaca te brindó tan hermoso viaje. Sin ella no habrías emprendido el camino. Pero no tiene ya nada que darte. 

Aunque la halles pobre, Itaca no te ha engañado. 

Así, sabio como te has vuelto, con tanta experiencia, entenderás ya qué significan las Itacas..."

Constandinos Cavafis

(1863-1933)



quarta-feira, 2 de julho de 2025

Do envenenamento dos cavalos e do onanismo interminável sobre o além e sobre os "impostos"...



Observem como a discussão sobre o tal IOF é + uma das típicas discussões entre palhaços! E, como, o que poderia ter sido resolvido em 15 minutos, já leva 3 semanas... 
Tempo em que, no país, quase 1000 cavalos morreram envenenados... O que estaria acontecendo???

Nossa solidariedade para com os equinos...