Não se fala em outra coisa, além do affair Golpe de Estado, do Bolsonaro e da delação daquele sujeito 4 estrelas... O país, numa merda de dar dó, numa mediocridade de fazer pena, numa depressão generalizada e essa turma, que mama dos cofres públicos, no mínimo, uns 30 mil dólares por mês, embrenhada nesse espetáculo ridículo de carcereiros. Uns vingativamente drenando a vida e o gozo dos outros. E mesmo quem recentemente curtiu longos dias atrás das grades... gritando Cadeia! Cadeia! Cadeia! Que bizarrice! De onde nos veio essa filosofia carcerária? Esse furor vergonhoso de subalternos? Essa patologia da intriga? Essa projeção das misérias pessoais sobre os outros? Esse lero lero em círculos? Caralho! No mínimo, uns 300 anos de intrigas entre malfeitores, entre larápios, entre ignorantes. E o rebanho de uns 200 milhões, vítima de uma sutil e ridícula cultura oral, se divide entre um ex sindicalista e um ex milico. Eis aí o que os trapaceiros da fé chamam de LIVRE ARBÍTRIO. Liberdade de expressão! Liberdade de escolha! Um ex sindicalista ou um ex milico, ambos educados na mesma escola e submetidos à transmissão da mesma cultura oral... Ora! ..... Uns órfãos maldizendo e drenando a outros órfãos... Como é possível? Isso é ridículo! E a pobreza, o desencanto e a própria infelicidade, como dizia Baudrillard, tentando funcionar como Cartão de Crédito...
Sim, as imagens do delator, sendo inquirido, são de arrepiar. É a mais legítima reedição do Malleus Maleficarum... Como diferenciar o inquiridor do inquirido? O Bem, do Mal? A prevaricação, da lógica?
E as torcidas (vítimas da mesma, iatrogênica e infame cultura oral), se organizam. Sim, o jogo vingativo é outro tipo de entretenimento. Nenhuma ideia e nenhum projeto revolucionário, só a reedição da mesma alienação e das mesmas ignomínias de sempre...
Observem: a melancolia, o desespero, a desilusão estampada nos olhos dos dois é a mesma... como se ambos soubessem que o blefe é mútuo e que a tal luz no fim do túnel é apenas o pavio trêmulo de uma dinamite... A quem, afinal, pesa mais a condenação? Ao carcereiro ou ao encarcerado?
Mas... depois de Cain, de Judas, da Meretriz da Babilônia (mencionada nos delírios apocalípticos de João) e de outros fantoches mitológicos, o que se poderia esperar?
Ah! A cadeia e o judiciário! A arte de encarcerar os já encarcerados... Último recurso de uma civilização esgotada... e preocupada apenas em subsidiar as tripas...
Enfim: não precisa nem ser muito ilustrado para perceber que diante das loucuras evidentes e do desespero do mundo, a lei, "as misérias do Processo Penal", a justiça, as cadeias e as penas, não passam de ressentimentos contra si mesmo, contra a espécie e contra a obrigação de existir... Psicopatias pessoas atribuídas a 'outros' e lançadas perversamente sobre o rebanho.... Que fracasso...
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