"El hombre no muere, sino que se mata"
Georges Louis Leclerc Buffon
Para entender e apoiar o veto do Presidente da República ao veneno contido nos agrotóxicos - como diz o jornal - você que gosta de comer pimentão recheado; que acredita que o tomate faz bem para sua próstata, e que não dispensa uma sobremesa de morangos com creme de nata, vá ao mercado da esquina, compre esses quatro produtos e leve-os à universidade para um exame laboratorial. Se é que ainda estás vivo e saudável, acredite, é por puro milagre!
E não é de agora! Há mais de quarenta anos, produtos que até no Paraguay e no Haiti já estão proibidos, por aqui estão liberados e circulam livremente pelas folhas das alfaces, pelas maçãs, pelos brócolis, batatas e etc... tudo liberado... Sim, sim, todo mundo conhece a teoria de Paracelso, de que "o homem é um composto químico e que, portanto, são necessários medicamentos químicos para combater as enfermidades". E que, se por um lado, NADA é veneno, por outro, TUDO é veneno e que o que faz a diferença são as doses...
Curiosa e malandramente, os venenos, os antídotos e os contra-venenos são produzidos pelos mesmos fabricantes!... Não lhes parece bizarro? Imagine um restaurante que, ao invés de obrigar seus cozinheiros a lavarem-se as mãos, já incluísse na conta uma caixa de imosec ou de metoclopramida!!!
Mas por falar em veneno, - não esses aí, que já tão populares como as cenouras, mas daqueles que sempre turbinaram tanto as atividades dos xamãs zapotecas; como as grandes paixões; como o cotidiano nas cortes imperiais, nas tribos amazônicas e na história, tanto nos tempos da marquesa de Brinvilliers, de Lucrecia Borgia, dos Médicis, dos faraós... como, mais recentemente, das conhecidas "viúvas negras": Marie Josephine Besnard e Elfriede Blauersteiner... Veneno como o que matou Sócrates, Cleópatra; o monje russo Rasputin e como aquele que foi identificado até nos cabelos de Napoleón Bonaparte... - Quem quiser conhecer a história fascinante deles deve ler o livro de Roberto Pelta: El veneno en la historia.
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