Não é não!!! Eis aí a maior conquista da repressão sexual... Viva os bordéis onde se lê por todos os lados: SIM é SIM!!!

"... Un détail médical, parfois très grossier, se rencontre souvent derrière les événements qui changent le cours de l'Histoire"

Docteur P. Servant (In: Les derniers Jours de Richelieu, 1886)

Que furada!

E as mulheres, além de estarem sendo tratadas como se fossem retardadas mentais, estão sendo engambeladas por um bando de cretinos hipócritas! A lei recentemente aprovada, garantindo a toda mulher o direito a um acompanhante ao ir a uma consulta médica (como se todo médico fosse um estuprador em potencial) e agora essa aí, para os bares e inferninhos noturnos, (como se todo bêbado estivesse o tempo todo de pau duro querendo enfiá-lo numa donzela), são provas de nosso instinto vingativo/carcerário e de nossa miséria corporal e moral... E também da ignorância a respeito da miséria genital masculina. E isso é uma idiotice! Quando é, enfim,  que desde o segundo grau até à universidade se substituirão as aulas de TEOlogia pelas de LIBIDOlogia?

Ora! A escalada de ignorância, neste particular, já chegou ao limite! Ao invés das mulheres estarem aceitando essa 'proteção estatal', como se não tivessem capacidade para administrar seus afetos, seus desejos e sua abertura de pernas, e como se os homens, ao invés de cúmplices, fossem uma confraria de punheteiros violentos e fdp, elas, se não quiserem aumentar o ódio e a solidão entre esses dois personagens, seria muito mais honorável que procurassem substituir o crochê lá nos colégios de freiras, por aulas de jiu-jítsu e bastar-se a si mesmas. E mais, no lugar de ficar repetindo como gralhas, que não é não, deveriam mandar o governo, com suas madres laicas e com seus barnabés libidinosos, enfiar seus protocolos no rabo e seguir murmurando romântica e amorosamente para seus sedutores: Sim é sim!!!

Ora! Além disso, é importante voltar a estudar Wilhelm Reich. E saber que se você, mesmo carente como uma hiena, ficar cacarejando: não é não, seu amante e companheiro acabará encontrando ali no banheiro do shopping, meia dúzia de bichas-velhas, em surto e cacarejando: Yés! Sim é sim!

Acreditem: sobre sexo e dinheiro, ninguém diz a verdade...

E depois, relacionar sexo com feminicídio é alienação. O bandido que mata uma mulher é um pobre miserável, um sujeito que viu sua loucura transbordar e que mataria até um búfalo se coabitasse com ele. A propósito, que tal alterar as regras sonsas de co-habitação?, inclusive as arquitetônicas? Qual é o arquiteto/urbanista que não sabe que o modelo: quarto sala, cozinha 'e varandinha' de meio metro quadrado, propicia tanto a loucura como o homicídio? (ver a Internacional Situacionista).

E mais: tomar as Espanha como exemplo sobre sexualidade (me refiro ao movimento de lá: No Callem, é mais ou menos como seguir as teses bíblicas sobre astronomia. Aliás: o que seria das noites madrileñas e da Ramblas de Barcelona, (sem falar das noitadas lisboetas e dos fins de tarde nos arredores do Vaticano) sem os travestis brasileiros?

E o Mendigo K me lembra de duas coisas: 1. A culpa não é da mãe, como dizem, mas sim do pai. A frustração, o ressentimento e o ódio que a menina desenvolve e cultiva pelo pai (por múltiplas razões) é transferido mais tarde, aos bobalhões úteis, e 2. que os negócios dos sex-shops vão muito bem, e que por todos os lados crescem vertiginosamente as confrarias anônimas de punheteiros e de punheteiras...  Bah! Diante de todas essa pantomima patética, eu, meio frustrado e meio em fúria, fortaleço minha convicção de que a história (como se pode ver no livro abaixo) foi sempre construída por uma cambada de dementes...

Enfim, depois dos protocolos em consultórios médicos e os de agora, para reger a bebedeira e a fornicação nos bares, casas noturnas e etc, quem é que duvida que algum burocrata já está fazendo uma minuta de protocolo para os puteiros? Sim, para os lupanares, aqueles lugares onde, desde os da Grécia, de Pompéia e de Roma, por todos os lados, graças a Deus, se podia e ainda se pode ler: SIM É SIM...

E por falar em veneno...

 

 "El hombre no muere, sino que se mata"

Georges Louis Leclerc Buffon

Para entender e apoiar o veto do Presidente da República ao veneno contido nos agrotóxicos - como diz o jornal - você que gosta de comer pimentão recheado; que acredita que o tomate faz bem para sua próstata, e que não dispensa uma sobremesa de morangos com creme de nata, vá ao mercado da esquina, compre esses quatro produtos e leve-os à universidade para um exame laboratorial. Se é que ainda estás vivo e saudável, acredite, é por puro milagre! 

E não é de agora! Há mais de quarenta anos, produtos que até no Paraguay e no Haiti já estão proibidos, por aqui estão liberados e circulam livremente pelas folhas das alfaces, pelas maçãs, pelos brócolis, batatas e etc...  tudo liberado... Sim, sim, todo mundo conhece a teoria de Paracelso, de que "o homem é um composto químico e que, portanto, são necessários medicamentos químicos para combater as enfermidades". E que, se por um lado, NADA é veneno, por outro, TUDO é veneno e que o que faz a diferença são as doses...

Curiosa e malandramente, os venenos, os antídotos e os contra-venenos são produzidos pelos mesmos fabricantes!... Não lhes parece bizarro? Imagine um restaurante que, ao invés de obrigar seus cozinheiros a lavarem-se as mãos, já incluísse na conta uma caixa de imosec ou de metoclopramida!!!

Mas por falar em veneno, - não esses aí, que já tão populares como as cenouras, mas daqueles que sempre turbinaram tanto as atividades dos xamãs zapotecas; como as grandes paixões; como o cotidiano nas cortes imperiais, nas tribos amazônicas e na história, tanto nos tempos da marquesa de Brinvilliers, de Lucrecia Borgia, dos Médicis, dos faraós... como, mais recentemente, das conhecidas "viúvas negras": Marie Josephine Besnard e Elfriede Blauersteiner... Veneno como o que matou Sócrates, Cleópatra; o monje russo Rasputin e como aquele que foi identificado até nos cabelos de Napoleón Bonaparte... - Quem quiser conhecer a história fascinante deles deve ler o livro de Roberto Pelta: El veneno en la historia.

Roberto Arlt & Millei... (apesar das profecias macabras... nada que una buena milonga con choclo y queso, no resolva... y... después...sabemos há décadas: no pasa nada...)

 

No jornal argentino El Mundo, 14 de fevereiro de 1930,  foi publicado o texto abaixo, (sugestão de discurso) de autoria de um dos melhores escritores argentinos, Roberto Arlt, texto que mais tarde, foi incluído em seu livro Elogio de la vagância. Vejam, como 93 anos depois, ainda segue adequado para descrever o modus operandi no cortesãnato político do continente...

"...Mi finalidad no es salvar al país de la ruína en la que lo han hundido las anteriores administraciones de compinches sinvergüenzas; no, señores, no es ese mi elemental propósito, sino que, íntima y ardorosamente, deseo contribuir al trabajo de sa    que con que se vacían las arcas del Estado, aspiración noble que ustedes tienen que comprender es la más intensa y efectiva que guarda el corazón de todo hombre que se presenta a candidato.

Robar no es fácil, señores. Para robar se necesitan determinadas condiciones que creo no tienen mis rivales. Ante todo, se necesita ser un cínico perfecto, y yo lo soy, no lo duden, señores. En segundo término, se necesita ser un traidor, y yo también lo soy, señores. Saber venderse oportunamente, no desvergonzadamente, sino 'evolutivamente'. (...) Cierto es que quiero robar, pero ?quién no quiere robar? Díganme ustedes quien es el desfachatado que en estos momentos de confusión no quiere robar. Si ese hombre honrado existe, yo me dejo crucificar. Mis camaradas también quieren robar, es cierto, pero no saben robar. Venderán al país por una bitoca, y esto es injusto. Yo venderé a mi patria, opero bien vendida. Ustedes saben que las arcas del Estado están enjutas, es decir, que no tienen un mal cobre para satisfacer la deuda externa. Pues bien, yo remataré al país en cien mensualidades, de Ushuaia hasta el Chaco boliviano, y no solo traficaré el estado, sino que me acomodaré con comerciantes, con falsificadores de alimentos, con concesionarios; adquiriré armas inofensivas para el estado, lo cual es un medio más eficaz de evitar la guerra que teniendo armas de ofensiva efectiva, le ragatearé el pienso al caballo del comisario e impuesto a las moscas y a los perros, ladrillos y adoquines... Lo que no robaré yo, señores! ? Que es lo que no robaré?, díganme ustedes. Y si ustedes son capaces de enumerarme una sola materia en la cual yo no sea capaz de robar, renuncio 'ipso facto' a mi candidatura.

Señores... verán ustedes     que yo soy el único entre todos esos hipócritas que quieren salvar al país, el absolutamente único que puede rematar la última pulgada de tierra argentina... Incluso, me propongo vender el Congresso e instalar un conventillo o casa de departamento en el palacio de Justicia, porque si yo ando en libertad es que no hay justicia, señores..."  (Roberto Arlt, Elogio de la vagancia. pp. de 26 a 29, LOM Ediciones, Santiago de Chile, 2015)

Êxodo da pobreza ou da subserviência? "Eles não sabem que lhes estamos trazendo a peste..."

... A pobreza não impede de ter vícios; impede, isto sim, de satisfazê-los, eis aí porquê a pobreza corrompe mais que o ouro. Com o ouro se gozam os prazeres, mas sem o ouro... finge-se. Eis aí a crueldade da pobreza que expulsa o homem de tudo, até mesmo de sua natureza..."

Vargas Vila (In: El ritmo de la vida, vol. 33, p.54)

 

Quem é que não sente repulsa ao ver essa gigantesca caravana de fodidos, voluntariamente caminhando milhares de quilômetros, atravessando a perigosa selva de Darién e ainda carregando uma cruz às costas para ir colocar-se de joelhos e mendigar um emprego, um hambúrguer uma Koca Kola e 'uma escravidão' aos imperialistas do norte? Sinceramente! E depois, quem diz Êxodo é porquê também diz Terra Prometida... (A matriz do adestramento é a mesma!)  Portanto, o envenenamento dessa gente não é só ideológico é pior: é místico. O estrago que os espanhóis provocaram nessas tribos ainda não foi verdadeiramente denunciado. Como é que poderiam curar-se? Que saiam marchando pelo mundo a fora e cagando sobre os protocolos das nações, dos passaportes, das fronteiras e na beira das estradas, isto até me causa um certo fascínio, mas para colocar-se de joelhos e de quatro lá na Amérika... isso não! E, mais: carregando uma cruz... Enlouqueceram? Qual é, afinal, a simbologia e a lógica dessa cruz ali, na ribalta do rebanho? Será que, depois de tanto tempo, ainda levam no inconsciente as imagens dos invasores saltando das caravelas em seus cavalos e com seus cachorros, a espada numa das mãos e na outra a cruz? Sim, o masoquismo é um transtorno psiquiátrico... Por pouco não levam também uma guilhotina e um tripallium... Se tivessem dignidade, ao invés desse vexame e dessa humilhação, ao invés de se fazerem de coitadinhos e desertar, deveriam, primeiro, tocar fogo em seus próprios países... com seus poços de petróleo, suas minas de prata, suas refinarias de pó e suas catedrais mono e politeístas... Quem é de nós que não aplaudiria o espetáculo da América Latina inteira, com suas castas, em chamas? Sim, ao invés de Êxodo da pobreza, deveriam designar-se Êxodo da miséria; Êxodo da Subserviência...  Pensem no pessoal do Gabão, do Afeganistão, da Síria, do Marrocos, etc, que também vão sistematicamente mendigar ao redor dos palácios europeus...  Fuga da aporofobia! Aporofobia!?  Sim, foi uma catedrática de ética de Valencia e mais meia dúzia de párocos que inventou esse nome... 

E se a policia dos imperialistas, apavorada, lhes fecham as portas, não é apenas por repúdio aos pobres, mas porquê devem lembrar-se que quando Freud e seus comparsas estavam chegando em Nova York para ministrar conferências (1909), vendo uma pequena multidão eufórica que os esperava no porto, o rabino/psicanalista teria murmurado: Eles não sabem que lhes estamos trazendo a peste!

A espera do ano novo... (Mas principalmente, de Godot...)

"Todas as estrelas palpitavam: por cima da casaria estendia-se uma poeira de ouro. Naquela chaga incurável, chaga lamentável da cidade, a luz gotejava do infinito como um bálsamo (...) E a dolorosa cerimônia tinha qualquer coisa de orgíaco, como em geral as cerimônias religiosas desse fim de raça, em que os instintos inconfessáveis se escancaram ao atrito dos corpos, nos grandes agrupamentos..."

João do Rio, In: A alma encantadora das ruas

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Outra aula espetacular do Breno Altman...

"relativamente, o Estado de Israel já matou na Palestina, nestes setenta dias, mais do que a Segunda Guerra (1939-1945) matou na Europa..."

Enquanto isso...

Parole... parole... parole...

Como já lhes disse umas mil vezes, aqui na capital da república, quando chega o Natal e o Fim de Ano, chegam também levas de mendigos, de indigentes e de famílias fodidas de todo o país, para ver se faturam alguns trapos e sapatos velhos. Normalmente são incentivadas a virem para cá pelos prefeitos, governadores, delegados, padres, Ongs e outros embusteiros que comandam os municípios e os estados... Uma espécie de 'devir perpetuo', de limpeza étnica temporária disfarçada de filantropismo. E não pensem que são poucos! São muitos, atrapalhando o trânsito e de todos os perfis. Negros, brancos, albinos, ciganos, obesos, esqueléticos, ex coroinhas e ex presidiários, índios, moças com jeito de freirinhas e outras com trejeitos de pistoleiras profissionais. Velhotes decadentes e jovens parrudos, cortadores de cana free lance e criadores de cabras... Há de tudo. E, o mais patético dessa desgraça, é que quase todos acreditam que a miséria que experimentam e vivem é mais um dos caquéticos desígnios de Deus.., e a paciência que demonstram ter, diante da indiferença geral, é inigualável. Seriam leitores de Sêneca?

E o Mendigo K. nestes períodos, com sua camisa azul, Dudalina, funciona mais ou menos como um cicerone para eles: camaradas, - diz em tom professoral - prestem atenção. Aqui é a capital da república, não é a Terra Prometida.... Neste mercado aí, odeiam e chutam mendigos... O roubo de um chocolate lhes custará uma surra e 4 anos de cadeia... Esse pastor aí, já foi proxeneta e traficante! Aquele padre é chegado em adolescentes! Aquele taxista ali, apesar de já ter vivido nas ruas como nós, não é lá boa gente... E nesta quadra há câmeras por todos os lados... Aquela padaria costuma dar sanduíches de graça aos policias para que façam ronda por ali. Nada de cagar e de trepar nas ruas, pois há beatas e padrecos detrás de todas as persianas... E por aqui, vocês sabem, qualquer Barnabé - mesmo analfabeto e sem aportar nada à cidade e nem à civilização - ganha uma pequena fortuna mensal. Sim, são geneticamente "mãos de vaca" mas, diante de uma ou duas lágrimas amolecem o coração (mesmo os de pedra) e abrem os bolsos... Portanto: a simulação é tudo. E lembrem-se: apesar do teatro de felicidade dessa gente, chacun a une blessure secrete dans laquelle il se réfugie...

Depois de dar esse breve sermão aos forasteiros e de ironizar o projeto demagógico do governo, chamado RUAS VIZíVEIS, (Estão loucos? Querem agora arrancar-nos a única coisa que temos que é a rua? Querem enfiar-nos aonde? Numa fábrica? Numa 'minha casa minha vida' de 9 metros quadrados? Numa penitenciária?) abriu o livreto de João do Rio, que levava no bolso e recitou:

Camaradas: "Tudo se transforma e tudo varia - o amor, o ódio, o egoísmo... Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua..."

Fez um breve silêncio e concluiu:

Não se intimidem. Todo esse teatro é uma farsa! Um folclore patético, uma falsificação esdrúxula da história que não tem legitimidade alguma, que terminará à meia noite e que se repetirá o ano que vem... ad infinitum, porque o cão volta sempre ao vomito... Fiquem tranquilos porque, depois de tudo, como vocês sabem muito bem,

"O trabalho honrado não dá fortuna a ninguém. Todos somos refinadíssimos malandrins, e se não nos esganamos fisicamente, nos esfaqueamos e nos assassinamos moral e monetariamente a cada instante. O mais bandido, o mais cruel, o mais patife é quem vence..."

Do orçamento e da demência...

 "Comme la strip-teaseuse: regarder, mais pas toucher..."

(IN: Patrick Declerck - Les naufragés) 

 EDUCAÇÃO  - Depois de muito onanismo, de muitos jantares, jatinhos pra lá e pra cá, depois de vários week-end à Montmartre, caixas de vinho, charutos e etc, aprovaram no Congresso Nacional o tal orçamento para o ano vindouro. Segundo os jornais, ao mesmo tempo em que o dinheiro destinado à Universidade de Brasília, para 2024, terá uma redução de quase 10 milhões, nossos ilustres governantes reservaram 5 bilhões (5.000.000.000) para o FUNDO ELEITORAL. Vou repetir: Cinco Bilhões. Que tal? Tem lógica? Tem sentido? Existe alguma chance de, nos próximos mil anos, sairmos da Idade Média?

Prestem atenção como apesar do otimismo militante e reacionário de alguns bobalhões, está ficando cada dia mais evidente que quem quiser sobreviver neste esterqueiro tropical terá, cada vez mais, que fingir demência...

 

Enquanto isso...

Essa gente não vale um tostão furado!!!

Muitos marmanjos que conheço e que tenho ouvido por aí, por incrível que pareça, mesmo barbudos, freudomarxistas e tomando cachaça nos botecos, costumam falar nostalgicamente de suas "mamães" como se elas tivessem sido umas heroínas, uma especie de Cleópatras, parentes da feiticeira Circe ou de Tirésias com suas provedoras tetas e que devessem a elas absolutamente tudo o que aprenderam da vida e sobre a vida. A cena (nem preciso descrevê-la em detalhes), é sempre tão melancólica que, às vezes, quando os ouço no auge dessas fixações infantis, chego até a sentir-me meio intimidado porque lembro que eu, da minha (que, evidentemente, com suas orquídeas, seus olhos lilás, seu avental marrom, e suas frases apocalípticas, colocava Tirésias no bolso) recebi praticamente um único e bombástico fragmento filosófico: Queste persone non valgono un centesimo annoiato!!! 

 

Nos últimos suspiros da primavera, a neurose de repetição do Cambuí e o egoísmo dos genes...

 

Antropologia - Há sangue indígena no açúcar: Dois registros da cafajestice e da miséria humana. Duas aulas espetaculares: 1. Breno Altmam e 2. Ailton Krenak

Quer saber como lidar e como salvar-se de mães narcisistas & tóxicas? (que não são poucas!!!). Papo excelente o desse pastor...

PAGANINI... SONATA NÚMERO 10...

[...Perguntem à gaiola a sua opinião sobre a asa. 

Ela responderá: 

"A asa é a rebelião"...]

Victor Hugo

A miséria da senectude... E... se alguém lhe dissesse que esse sujeito aí é L. da V... o pintor da Monalisa?

 

Desonerando uns e onerando outros... Escravidão contemporânea... Governo promete, para 2024, dar um aumento de 18 dólares aos que recebem um salário mínimo (dezoito dólares = a 90 reais). Segundo o mendigo K, o suficiente para comprar uma caixa de fósforos e três baseados, e isto, se forem procedentes de Cabrobó...

 

Enquanto isso... Lá em Buenos Aires...

"La verdade es que ese hombre quiere tener consciencia de que no hace nada. Porque dormir es ya hacer algo útil y él, es fundamentalmente un inútil. Quisiera vivir de aire y estancarse en una mesa de café un siglo de siglos, viendo cómo los dias y las noches pasan con sus lunas, sus soles y sus estrellas, dejando entrar por sus ojos la luz que aploma y equilibra su inercia..."

(Roberto Arlt, IN: Elogio de la vagancia, p. 18)

Meu correspondente de Buenos Aires ligou-me de madrugada para dizer que se o show do Milei na catedral, com as declarações farsescas daqueles representantes da três grandes corporações religiosas, já pareceu uma coisa de outro mundo, nos bastidores, a coisa foi ainda mais mórbida e espetacular. E que depois da Catedral, foram para o Teatro Cólon onde o beija-mão e o lava- pés continuou. Concluiu afirmando: Bazzo, relaxe, porque está tudo dominado! E como dizia Milorad Pavitch, "só se pode ser um grande cientista ou um grande violinista quando se é apoiado por uma das grandes internacionais de nosso mundo. Internacional judaica, islâmica ou católica. Eu, como não pertenço a nenhuma, não estou em lugar nenhum e entre meus dedos, todos os peixes escorregaram há muito tempo..."

Segundo ele, a Buenos Aires laica, alfabetizada, psicanalizada e subversiva está em pavorosa. Para mim, disse seriamente, mesmo que Milei não faça mais nada além de acabar com a Aerolineas Argentinas, já está ótimo! E me reenviou o video abaixo, que é uma maravilha, e que tem bem mais a ver com a Buenos Aires que nos interessa... 

 

VIVA LA LIBERTAD, CARAJO! Millei cita os Macabeus... e recebe o báculo das mãos de seu antecessor...

"... Filosofia da história: a arte de adivinhar o passado..."

(Miguel de Unamuno)

Foi extremamente lúdico e ilustrativo assistir à posse do novo Presidente da Argentina, o  Dr. Javier Millei. Ah! aquele tecido monárquico e grandioso (que só os argentinos sabem tecer), o luxo dos aposentos, o rebanho lá na praça, espumando, agitando bandeiras e gritando... e as invocações a Deus. Ele e a vice (depois de receberem a férula das mãos de Alberto Fernandez) juraram pela Pátria, pela Constituição e pelos Sagrados Evangelhos. Pela Pátria e pela Constituição, tudo bem, é de praxe, mas, pelos Sagrados Evangelhos?, nunca havia visto algo parecido... Pensei no Mendigo K, que gosta de lembrar: até o diabo, quando lhe convém, também costuma citar essa papelada apócrifa...

Liberalismo? Direita? Extrema direita? Anarco-capitalismo? Esquerda? extrema-esquerda? Tudo bem, a paródia é sempre a mesma... o problema, é que agora, as coisas vão se parecendo cada vez mais a populismos TEOcráticos... A liberalismos teocráticos... Que o Bolsonaro e o Zelensky estivessem presentes lá, teria sido fruto do acaso... ou do ocaso?

Turbinado pela fobia ao comunismo e ao coletivismo, deu dados estatísticos da situação sócio-econômica catastrófica daquele país: corrupção, hospitais, educação, pobreza, criminalidade, etc, etc, tudo aos pedaços, (parecia até estar falando do Brasil) e como é de praxe aqui entre os trapaceiros da América, atribuiu a culpa às castas que o antecederam. E, para dar credibilidade às suas promessas chegou até a citar os macabeus... Macabeus? Me digam se não é preciso estar muito, mas muito chapado e adestrado para acreditar num político que pretende basear seu programa de governo numa brochura de ficções...

E, claro, a inflação. Sempre a inflação... Ah!, A inflação! Quem é que sabe o que é realmente essa tal inflação? Ela que passou a ser um alibi, um ente metafísico, uma espécie de demônio do mal... A propósito, tive um amigo que passou uns dez anos ali na universidade jurando que iria esclarecer o assunto da inflação.... Resultado: acabou jubilado e mandado para tratamento...Tudo bem, mas e os evangelhos? O que é que os evangelhos têm a ver com isso? e Deus, o que é que Deus teria a ver com tudo isso. Se estivesse minimamente preocupado com a politica, com os argentinos e com o resto da manada, não teria permitido que aquela ditadura durasse tanto e cometesse tantos crimes... e nem teria deixado os soldados da Tatcher pisoteá-los lá nas Malvinas... Não é verdade?

Abraços, gritos, esperanças histriônicas... Tapinhas nas costas, senhas, olhares sedutores, cumplicidades, os macro & os micro poderes, fraudes e ardis que uma república/monárquica concede (e que, quando já não são) convertem-se sempre em aberrações... O discurso seguia, com jargões hipnóticos e com surtos fugidios... Ora com mais, ora com menos testosterona. E com a multidão patética rugindo e gritando por liberdade, pela vitória daquele paladino de bobagens e pelo reino celestial...

Por fim, o novo Ilmo Sr. Presidente (já com um puxa saco lhe segurando o cajado eclesiástico) concluiu com a frase clássica dos caudilhos latino-americanos (frase que já ouvi do Allende, de presidentes mexicanos e de outros e que ainda ecoam aí pelos abismos andinos): Viva la Libertad, carajo... 

Libertad? Que mierda es essa? 

Será que estariam querendo dizer: Viva la Libertad del carajo?

Promenade de vagabundos...

Minha caminhada de hoje foi visivelmente diferente da dos outros dias. Com a proximidade do Natal está tudo mais histérico e agitado. A cidade se parece ainda mais com um imenso orfanato, com uns órfãos paparicando e adotando temporariamente outros... E tanto os carros como os motoqueiros parecem querer atropelar alguém. Há donas de casa, meio estropiadas, brigando até com as sombras enquanto vão esfregando com brutalidade o portal das janelas. Muitos souvenires made in Hong Kong... Nada é mais melancólico do que testemunhar a pequena burguesia e até o proletariado fazendo de tudo para imitar e confundir-se com os novos ricos e com os ladrões clássicos, já estabilizados...E, como em todos os anos, chegam centenas de mendigos de todos os Estados que, quase felizes, acampam em frente aos mercados e embaixo dos flanboyants. Das padarias vem até a pista um aroma delicioso de açúcar queimado misturado ao cheiro horrível de omeletes esquecidos no fogo. Velhotes já sem muito equilíbrio como se estivessem pisando em espinhos, passam pelas sombras, cumprimentando até as árvores, tropeçando até em palitos de fósforos e de mãos dadas com mulheres bem mais jovens que, visível, secreta e miseravelmente já fantasiam o espólio...

Mas o dia está estupendo.., Blocos de nuvens polimorfas contrastam com o azul anil de um céu imaginário e vazio... E não apenas as borboletas de asas amarelas mas também as azuis e os carcarás planam, sem rumo e preguiçosamente de um lado a outro das quadras, levados pelo mormaço desse simulacro de deserto...

Uma moça de uns 18 anos aparece do nada e vai esquiva e abobalhada, de boca aberta, fazendo bolhas com um chiclete... Um de meus demônios prediletos se apresenta e me diz: Bazzo, essa aí, pelo jeito, ainda nem sabe que tem um clitóris!

Ao mesmo tempo uma mendiga atravessa o gramado para exibir-me uma receita e pedir que lhe compre os remédios. Por curiosidade conferi a lista dos medicamentos. Todos de laboratórios estrangeiros que as máfias farmacêuticas cobram vinte vezes mais do que valem... Mostrei-lhe os dois bolsos vazios mas, como ela continuava me olhando meiga e fixamente nos olhos, senti-me subitamente culpado e retirando do bolso traseiro uma nota de cem a enfiei em suas mãos. Ela, pela semelhança da nota com a de dois reais, nem se abalou... e seguiu insistindo na necessidade de comprar os remédios. Não lhe disse nada, mas pensei: minha senhora, para o seu mal, para o meu mal e para qualquer tipo de mal, não há remédio nenhum no mundo... Nas farmácias, só há placebos superfaturados para presumidos...

Uma cuidadora free-lance empurra a cadeira de rodas onde uma anciã cheia de anéis, com a cabeça levemente caída para a direita, dormita...  A cena é de horror... Sigo minha caminhada. Um homem ainda jovem vai marchando na direção norte, olhando para a calçada como se tivesse perdido um botão da camisa, uma lente de contato ou outra coisa minúscula qualquer e ia discutindo com um interlocutor imaginário. Levava uma fita vermelha amarrada no punho direito. Devia ter escalado as cercas do "manicômio" de Taguatinga... (pensei).

Já no retorno, mas pelo outro lado da quadra, surgiu dos jardins suspensos, com orquídeas floridas e de todas as espécies, uma mulher estupenda dentro de um short minúsculo e de uma blusinha bege de seda italiana... Ia calmamente, lançando juras de amor a seus dois cachorrinhos, tão simpáticos como ela, um lhasa apso e um terrier tibetano. O mesmo demônio que se me havia apresentado minutos antes voltou a indagar-me: Bazzo, e essa aí, quanto estaria cobrando?

No semáforo, um dos milhares de venezuelanos (pro-yankee) exilados, levantava um cartaz implorando ajuda e apostando que, (com o conflito da Guiana) e com a ajuda dos mísseis do Biden e dos ingleses, em breve, poderá voltar para casa...

Por fim, e já quase chegando em casa, deparei-me com o Mendigo K enrolado na bandeira do Hamas. Cinicamente me desejou um feliz ano novo, mas no dialeto carcamano lá de minha infância: "Buono principio e Buono fim..." Depois, aproximando-se, cochichou-me: Mas, Bazzo, me diga uma coisa: se Cristo realmente existiu e se era judeu, então seria cúmplice das matanças lá na Faixa de Gaza e até os festejos do dia 25, são, na verdade, uma festa sionista???

 

Para que você, mon semblable et mon frère, sinta vergonha na cara e inveja nas tripas...

"... Pois bem, o que é preferível: ser o cão de Tamerlão, ou seu súdito? A condição de cachorro é muito superior..."

Voltaire

A mais ou menos $ 45.000 (quarenta e cinco mil reais) cada um, faça as contas... 

E foi essa mesma gente que passou uns 6 meses nas assembléias, nos municípios, nos ministérios e até nos sindicatos, discutindo se deveriam incluir ou não mais um iogurte, uma cartela de aspirina e mais um pacote de biscoitos na cesta básica... e também, mais uma caixa de giz nas escolas...

 

 

Outra aula excelente do Breno Altman...

Vexame no desempenho dos alunos brasileiros... E agora, os larápios de turno, estão querendo culpar até a pandemia pelo analfabetismo generalizado..

"Servindo unicamente para interpretar o mundo, as ideias nunca conseguiram subverter o caos..."

Fredéric Schiffter

 Agora as elites paidagogicas e governamentais estão querendo empurrar o opróbrio e a vergonha desse resultado para cima da covid e para o colo dos adolescentes de 15 anos. 

Ora! Isso é mais uma cretinice! Inclusive, porque se fossem apresentados os mesmos testes de - matemática, ciências e de leituras - à população em geral, (de 30, 40, 50, 60 e até de 70 anos) apesar do esnobismo sobre Piaget, do blábláblá sobre Vygotsky, da queimação de incenso à Maria Montesori e dos templos edificados em homenagem a Anisio Teixeira, Darci Ribeiro, Paulo Freire e a outros 'sábios da pedagogia', é provável que os resultados seriam ainda mais devastadores... (Curioso, que o pessoal do tal PISA não tenha incluído questões ligadas à antropologia e à sociologia). Teriam querido evitar um desastre ainda pior?

O Mendigo K que discutia o assunto ali na entrada de uma dessas escolas sucateadas dizia:

- Querem saber a razão desse fiasco? 

Os mendigos que o ouviam puxaram logo suas agendas e se prepararam para anotar:

- Passem uma manhã e uma tarde com o rádio ligado. E depois, das 19:00 às duas da manhã, assistindo à televisão. E prestem atenção nas letras das músicas e principalmente no lero-lero sobre esportes. Mas prestem mais atenção ainda nos conceitos beatos embutidos nas  notícias e nas propagandas. No caso das propagandas, prestem uma atenção ainda maior, não apenas no conteúdo, mas principalmente no perfil dos apresentadores e na forma como elas são lançadas sobre os espectadores. Caralho!!! Como é que passamos tanto tempo, em silêncio, sob uma manipulação imbecilizadora e cretina desse tamanho? Quem é que não vomita ouvindo falar nos tais influencers??? É evidente que é ali, nessa mediocridade e mentirada sem limites, que está um dos venenos mais letais para as crianças, bem mais letal até que o absorvido lá nas escolas... É evidente que é ali que  estão concentradas as mais eficientes fábricas de bobalhões, de patetas e de imbecis, para não dizer de loucos, das quais, dificilmente alguém consegue sair ileso... 

Enfim, sem perder a ternura, é hora de mandar toda essa gente se foder...

 

 

Um território com um nome desses, "Essequibo", deveria ser ignorado por todos e para sempre...

Não, não deve ser fácil lutar pela posse de um pedaço de terra com um nome esdrúxulo desses: Essequibo. Qual teria sido a origem desse palavrão? 

Sim, merece uma guerra... 

Ora! se o mundo não está satisfeito com os massacres e a mortandade  lá na Ucrânia e lá na Palestina, por que não inventar mais uma ali em Caracas?

Mas.., seria prudente que antes, o Maduro (esse motorista de ônibus transformado em Presidente), pegasse umas dicas com os argentinos, com eles que ainda não se recuperaram do baile, do trauma, do fiasco e do vexame vivido lá nas Malvinas...

De minha parte, sempre que ouço falar em Colombia, em Venezuela ou em outra das tribos latino-americanas, me é difícil não pensar nas maracas, na rumbia e em Vargas Vila, um dos escritores mais venenosos, loucos e selvagens da América Latina. Nele que conviveu com José Marti e Rúben Darío; que foi editor da revista literária Némesis; secretário privado de Joaquin Crespo, quando este invadiu a Venezuela (1890) e que foi excomungado pela Santa Sé, depois de publicar seu livro IBIS. 

Olho para sua Obra Completa que dignifica minha biblioteca e me pergunto: O que diria Vargas Vila da disputa por esse ridículo pedaço de selva chamado Essequibo? (Que nome!) E ouço uma voz soberba e impotente que sai lá de entre as brochuras:

1. Não sou vil o bastante para ser amo de meus compatriotas, nem serei nunca vil o bastante para tolerar os seus amos... E depois.., rogar? Rogar a quem, camarada Bazzo? E contra quê? Contra quem? A mesma mudez e a mesma solidão refletirão o gesto tanto daquele que dobra a cabeça e se ajoelha como daquele que, colérico, levanta os punhos no vazio e cospe contra o céu deserto... (De sus lises y de sus rosas p. 226)

2. Presto atenção e ele continua:  O mundo agoniza com as veias abertas sobre os campos devastados, aos pés de seus deuses inúteis, incapazes de protegê-lo e de vingá-lo... (Ante los bárbaros, p.4,5)

3. Nada é mais funesto a um país do que o império das frases; por isso os governos dos grandes oradores têm sido sempre tão fatalmente estéreis. Não existem piores homens de governo que os homens de frases. As grandes frases têm sido tão fatais aos povos como os grandes crimes... (Laureles rojos, p. 68,69)

4. Quando um argumento é convincente, perde todo o encanto, só o sofisma tem vitalidade, porque faz crer na verdade, mas não a revela... (De los viñedos de la eternidade, p.34)

5. A única vitória que me reservou o destino, foi a de ver cair um a um todos os tiranos que feri com minha caneta...(La muerte del condor, p.16).

6. As democracias têm isto de triste: escolhem sempre um escravo que as governe. E o que pode ser o governo de um escravo, senão uma escravidão? (De los viñedos de la eternidade, p.152).

7. O grande felino esquelético viaja solitário pelos cumes áridos e não tem nada a ver com o festim das raposas na selva exausta... (Laureles rojos, p.233).

8. O direito ao voto me parece um direito ao envilecimento; votar é abdicar; é eleger-se um amo; é dar-se a um amo; é mais vil que suportá-lo. Um homem livre não consegue aproximar-se de uma urna eleitoral se não é para quebrá-la. Votar é perpetuar a vida do tirano, daquele tirano que nos escraviza e nos envilece a todos: o Estado. (El Minotauro, p. 71)

9. Se estes são os homens de amanhã, que será desta pátria amanhã? (Horário reflexivo, p. 47).

10. Não acompanhei nunca o Carro de Triunfo de nenhum vencedor, por maior que parecesse e nunca tirei meu chapéu quando passavam por mim, e quando não os ataquei com minhas injurias, lancei sobre eles a mortalha de meu silêncio. Nem minhas mãos se estenderam nem meus lábios se abriram para aplaudi-los, jamais... (La república romana, pp XII, XIII).

11. Sem dúvida, Kant tinha razão ao afirmar que a Providência é mefistofélica e que persegue o bem da espécie através do mal do indivíduo. E para isso se fez a resignação, a resignação que é uma paixão de bestas... (Huerto agnóstico, p.118)

12. O homem, segundo Sócrates, como o homem segundo Schopenhauer ou o homem segundo Nietzsche, é um ser falso, um ser absurdo e absolutamente metafísico, uma vez que vai em busca da perfeição. O homem verdadeiro é o homem de Hegel e de Stirner, o homem fisiológico, com suas dores inconsoláveis, suas enfermidades indestrutíveis e sua morte inevitável... (Huerto agnóstico, p.136)

13. Na Nicaragua, a Assembléia Nacional ordenou aos clérigos que abandonassem os arreios femininos e se vestissem como homens. Eles protestaram contra essa medida que os obrigava à confissão pública do sexo. Sentiam a nostalgia do disfarce e a doce carícia de suas envolturas bissexuais... (Laureles rojos, p.134)

14. Não existe nada mais vil na escala dos despotismos do que o escravo intelectual ou, melhor dizendo, do que o intelectual escravo, que tendo consciência de sua baixeza, não renuncia a ela... (La voz de las horas, p.173)

15. A verdade é de tal maneira odiosa aos homens, que quando mencionam uma, a colocam na boca de um louco como Hamlet... (De los viñedos de la eternidade, p. 62)