O texto que mais mencionavam como descabido e que os havia ofendido era o que eu havia escrito na quarta capa do referido "tratado", que é assim: [Tenho certeza que este assunto não lhe é estranho, leitor! Mas não fique na defensiva, pois ele não diz respeito apenas a você, ao Brasil, à Patagônia, à Bolívia, ao Afeganistão e a outras regiões supostamente atrasadas do mundo. Textos tanto antigos como modernos mencionam a prática e o vício da zoofilia e do bestialismo por todos os lados do planeta, inclusive em lugares chiques, impensáveis e fora de suspeitas. Escribas religiosos relatam histórias de sacerdotes sabichões que treinavam diversas espécies no interior de templos para transar em público com mulheres, para sodomizar homens e para serem por eles sodomizados. Sim, por mais bizarro e miserável que pareça, o costume de relacionar-se sexualmente com animais existe desde sempre e tanto abaixo como acima do Equador. Dizem que as cabras são preferidas na Andaluzia, na Sicília, na África e no nordeste brasileiro. Que o pessoal da Europa Central prefere os jumentos enquanto que o do norte dá prioridade às renas. Já, no sul do Brasil, as éguas e as vacas são frequentemente objetos sexuais de muita gente, apesar das porcas e das ovelhas não ficarem para trás. Os cães, as galinhas e os macacos, curiosamente, fazem sucesso em qualquer lugar do planeta. A literatura está impregnada de histórias desse gênero. Em: O teatro dos vícios - por exemplo - Emanuel Araujo menciona algumas confissões de bestialismo, uma durante a primeira visita do Santo Ofício ao Brasil e outras por volta de 1791. Na primeira, um tal de Heitor Gonçalves teve de explicar-se aos inquisidores por haver dormido carnalmente com ovelhas, burras, vacas e éguas. Nas outras, um escravo foi surpreendido tendo intimidades com uma jumenta e outro, amancebado com uma porca...]
"A Dinamarca aprovou uma lei nesta terça-feira que veda toda forma de bestialismo. A medida foi tomada após ativistas protestarem contra brechas na legislação que estariam incentivando certo turismo sexual com animais. Até agora, o código penal dinamarquês só previa punições para atos sexuais que ferissem os animais.
A mudança na lei foi encampada há alguns meses pelo ministro da Agricultura e Alimentação, Dan Jorgensen, seguindo o exemplo de outros países do norte da Europa, como Alemanha, Suécia e Noruega, que também proibiram a prática recentemente. "Decidimos proibir o bestialismo por vários motivos. O principal é que, na maioria dos casos, trata-se de uma agressão ao animal. E, em qualquer caso de dúvida, os animais devem ser protegidos", declarou o ministro.
Os políticos que votaram a favor do projeto de lei disseram que a Dinamarca não queria ser o último país do norte da Europa onde o bestialismo fosse permitido. "Há relatos frequentes de shows de sexo com animais organizados em clubes e bordéis na Dinamarca", afirmou o Conselho de Ética para Animais, em um relatório. Brasil - O Brasil não tem uma legislação específica contra o bestialismo. Atos dessa natureza podem ser enquadrados como maus tratos aos animais, cuja pena varia de três meses a um ano de prisão, mais multa. Um projeto de lei de autoria do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), que estipula a criminalização da prática, está parado na Câmara". (Ver revista VEJA, - da redação)
Seu livro é excelente! Ecce Bestia ( título muito bem escolhido) é um alerta ao que ainda acontece e sempre aconteceu na prática abusiva do ser humano com relação aos animais. Você se adianta no tempo ( sempre). Abçs
ResponderExcluirCom a imprensa fazendo lavagem cerebral, não existe inconcebível. Já lavaram a cabeça das pessoas, pra aceitar depravações sexuais, e até legalizar casamento. Daí a legalizar casamento com bicho, cadáver ou o quê mais se possa imaginar, não é de se estranhar. Basta que os adeptos saiam em passeata e a imprensa invente temos como zoofilofobia, necrofilofobia, etc.
ResponderExcluirAlgumas pessoas (como você) mostram o que e como é que funciona a nossa bestial espécie, mas as pessoas só olham o que querem olhar; em termos morais somos a comprovação de que nunca deveríamos ter existido, enquanto espécie. Mesmo com as ações para redução da bestialidade, pessoas duvidam dessa realidade.
ResponderExcluirAté hoje ouço dizerem que crise não existe, roubo também não. E que tudo não passa de uma trama burguesa! Sinceramente...
Em tempo, pra quem tem fígado, o livro é muito bom mesmo.
ResponderExcluirEm tempo, pra quem tem fígado, o livro é muito bom mesmo.
ResponderExcluirÉ curioso como algumas pessoas não se permitem nem debater certos temas.
ResponderExcluirQuando estou lendo algum dos seus livros frequentemente sou questionado "porque você lê sobre isso?" e quando digo que o autor é Psicólogo os olhos quase saltam da órbita!
Como podemos evoluir mentalmente sem reconhecer a perversidade de nossa própria espécie?
PS: Foi você que disponibilizou "Geniuz" ? Molte Grazie !
Só fiquei animada estes dias quando assisti um relato num documentário onde foi dito que a raça humana vai desaparecer, no futuro. Sinceramente, me desespero em relação a tanta falta de cérebro e decência e um foco absurdo no sexo deturpado.
ResponderExcluirPrimeiro ministro britânico teria tido relações sexuais com um porco... Veja site abaixo...
ResponderExcluirhttp://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2015/09/21/interna_mundo,499524/biografia-diz-que-primeiro-ministro-britanico-teve-contato-sexual-com.shtml
Esse livro é interessantíssimo, mestre Ezio Bazzo. Na web encontrei esse artigo em espanhol também muito interessante:
ResponderExcluirhttps://www.jotdown.es/2012/05/el-bestialismo-y-sus-monstruosos-engendros/