segunda-feira, 12 de agosto de 2013

EIS AÍ O FIM DE TUDO QUE PENSÁVAMOS SER SEXO...


Desde que se tem notícias do mundo, sabe-se que nossa espécie sempre procurou livrar-se dos pelos, principalmente daqueles que emergem nas regiões mais sombrias e recônditas do corpo, não sei se para estabelecer uma fronteira bem visível entre ela e os outros animais, se por higiene ou simplesmente porque naquele esquisito mundo de sombras e de solidão, já era fashion. Todo mundo sabe que inclusive Cleópatra, a grande Cleópatra, burlando o projeto do deus Seth, que havia colocado pelos ali para amortizar as estocadas da cópula, já usava cera e outros recursos então vigentes para ficar completamente lisa e pelada como uma rã.
Atualmente, a chamada "depilação intima", bem mais perversa e sofisticada que na época da rainha egípcia, tornou-se quase uma obsessão e muito mais para fins de sedução e de fantasias sexuais do que para outra coisa, principalmente entre neófitas e mulheres já adultas. Hoje, qualquer salão de beleza por aí, seja de luxo ou de fundo de quintal oferece as mais variadas formas e formatos de depilação feminina. Existe a que retira completamente os pelos, a que desenha uma chave, uma borboleta, uma asa delta, uma estrela de David, a inicial do nome do amante, o bigodinho de Hitler, o olho da Barbie, a barbicha de Rasputin, o coelhinho da playboy e assim por diante. Segundo as depiladoras, a vagina completamente lisa é a mais pedida. Será que é por que ela possibilita (ao) ou (à) amante alguma fantasia pedófila? Há quem ache tudo isso pra lá de bizarro e pra lá de ridículo, quase sempre um sintoma de que algo não vai muito bem com o próprio desejo, com os próprios buracos e muito menos com o próprio gozo. Seria uma espécie de submissão histérico-infantil para distrair, agradar, não assustar e satisfazer as taras de um mundo e de um macho também problemático, insatisfeito e também infantilizado? Sabe-se que não são poucos os homens que convivem com fobias a respeito da dita cuja e que  em algumas culturas (ou sub-culturas), quando as mães queriam amedrontar as crianças lhe mostravam a vulva cabeluda. Claro que, apesar de não serem muitos, ainda existem também aqueles homens românticos que preferem e que alucinam por xotas completamente cobertas, aquele triângulo quase azul, mágico, hipnótico e encaracolado que se esparrama por todo o monte de Venus (mons pubis).., signo maior de todos os excitantes e de todos os mistérios.., para não dizer de todas as doces ilusões... A própria correspondente que me enviou a matéria fez o seguinte comentário: eis aí o fim de tudo que pensávamos ser sexo!

2 comentários:

  1. É triste ver que os pentelhos de uma atriz possam atrair tanta atenção da mídia hoje em dia...

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  2. Antológica a cena na qual a Nanda Costa (antes do silicone!) se masturba no filme "Febre do Rato" (2011) do Cláudio Assis...Mulheres: o que há de melhor nessa vida...

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