quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A orquídea (A. sesquipedale) em Madagascar e suas mariposas...

Se você não é um dos abomináveis “ingênuos” que gastam seus míseros dias se matando para acumular Dinheiro e Poder, há um novo livro “na praça” que vai lhe causar fascínio e deslumbre. Refiro-me ao último título do biólogo Richard Dawkins: O maior espetáculo da terra.

Além de conduzir os leitores de forma lúdica pelos estupendos caminhos da evolução das espécies e de esclarecer porque demorou tanto para aparecer um Darwin, o livro vai proporcionando tanto informações preciosas sobre a dinâmica da vida como saberes que são fundamentais para nossa compreensão da existência e, inclusive, para nossa cada vez mais precária saúde mental.

“...flores que para nós parecem sem graça, podem, na verdade, ter suntuosa decoração de pintas e listras para atrair insetos; nós não vemos essa ornamentação porque somos cegos para o ultravioleta. Muitas flores guiam abelhas na aterrissagem com pequeninas marcas de “pista de pouso”, pintadas na flor em pigmentos ultravioleta que o olho humano não pode ver...”

“...Um exuberante prado florido é um Times Square, um Piccadilly Circus da natureza, um cartaz de néon em câmara lenta que muda toda semana conforme diferentes flores chegam à sua estação, meticulosamente regidas por sinais que as sincronizam com outras da mesma espécie...”

“...Existem flores, como a orquídea malgaxe, cujo néctar só está disponível para determinados insetos que se especializaram nesse tipo de flor e se beneficiam de seu monopólio sobre ela. (...) Do ponto de vista de uma mariposa, flores que seguramente fornecem néctar são como vacas leiteiras dóceis e produtivas. Do ponto de vista das flores, mariposas que seguramente transportam seu pólen para outras flores da mesma espécie são como um bem pago serviço de Sedex...”

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