O mundo está realmente cada vez mais exótico, fascinante, estressante, delirante, com o pulso cada vez mais acelerado e idêntico aos tenebrosos nosocômios do passado. A ruína do sistema financeiro internacional – por exemplo - que sempre foi um sonho de todos os libertários dos anos setenta acaba de acontecer. O Senador Jarbas Vasconcelos acaba de descobrir, estupefato, que seu partido é um ninho de víboras interesseiras e de corruptos. O primeiro ministro das finanças do Japão apareceu cheio de tragos para a reunião do G7. Uma brasileira em Zurich se tatuou o corpo com um estilete e tentou culpabilizar os carecas Nazis, trazendo à tona as discussões seculares sobre os rituais e os mistérios da histeria tão exaustivamente descritos pelo velho Charchot e pelo Monsieur Freud. Um professor é despedido na periferia de Brasília porque deixou seus alunos ouvirem uma música que insinuava o lesbianismo da cantora. Um apartamento de bosta custa trezentos mil euros no DF. O veterinário da esquina quer fazer um exame de sangue em meu cachorro antes de prescrever-lhe um carrapaticida. Os funcionários públicos continuam digladiando-se por uma mesa e por duas folhas de papel; alguns corvos derrubaram um avião nos EEUU; O Sr. Chaves poderá manter-se no poder até a eternidade... Os três mil prefeitos que estiveram fazendo demagogia na cidade, na semana passada, inflacionaram não apenas o mercado de táxis, mas também o da prostituição. Vargas Vila estava correto. Viver é prostituir-se! A vida mancha!
Ezio Flavio Bazzo
Acrescente... sindicatos de trabalhadores elegendo patrões como "bem-feitores", assim merecendo a alcunha de escravos lutando por melhores condição de escravidão; antigamente empresários, emprenteiros e outros pulhas comerciantes tinham que se esforçar para fazerem alianças com os governantes, hoje eles cortaram o mal pela raiz sendo já os próprios governantes; comemoração 100 anos de migração japonesa, ou seja, a reforma agrária do Japão se realizando no Brasil; e... para o tema "Fraternidade e Segurança Pública", que foi lançada hoje (25) da Campanha da Fraternidade de 2009, deixo as palavras de Richard Dawkins para a CNBB pensar sobre nossas nobres crianças selvagens: “(...) a natureza não é cruel, apenas implacavelmente indiferente. Esta é uma das lições mais duras que os humanos têm de aprender. ”
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