Acreditem: de um mês para cá Brasília tem seu HOTEL SOCIAL. Uma das poucas maravilhas políticas da cidade. Um hotel que tem capacidade para hospedar ou albergar até 200 mendigos, moradores de rua ou outros forasteiros (homens, mulheres, sujeitos trans) que se acharem em situação precária na cidade, sem ter onde dormir, nem onde tomar banho, comer e etc. Ali, os clientes, inclusive com seus cachorros de estimação, (se tiverem), podem fazer duas refeições por dia, vestir um paletó doado pela pequena burguesia entediada, ler os jornais, receber algum tipo de treinamento laboral e sair para contemplar o mundo. Aliás, o que existe de mais grandioso e até de mais religioso do que contemplar o mundo? Uma maravilha! Tomara que não se trate apenas de mais um truque para limpar a urbe e para tentar adestrar esses sujeitos que, por alguma razão, têm culhões para dormir ao relento, jejuar todos os dias e para negar-se a acreditar na farsa civilizatória. (A propósito da limpeza e do adestramento, até hoje, o governo lisboeta paga uns 700 euros mensais a cada cigano, para que não fiquem mais nas ruas com suas carroças, fazendo malabarismos, adivinhações e medindo La Buena Dicha das velhas salazaristas e, claro, para que possam adestrar a seus filhos nos moldes da chamada e falida União Européia...)
Duvido que Marx, Bakunin e mesmo a Madre Tereza de Calcutá tenham imaginado tamanha aventura humana. Hoje mesmo, cheio de solidariedade, pretendo passar por esse Sheraton dos indigentes e, se lá ainda não houver uma pequena biblioteca, (mesmo que seja bizantina), proporei a criação de uma, nem que seja só com meus livros.


Com seus livros será uma ótima biblioteca, caro Bazzo. Já são mais de 20 títulos, não? Um pouco de conforto e dignidade para os que foram sempre abandonados é uma iniciativa louvável!
ResponderExcluirO nome disso é politicagem! Nada absolutamenre contra os indigentes( melhor que mendigos que tal).
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