O X da questão! Lula, o Ministro, Musk e os cães...

No meio da polêmica entre o Ministro Moraes (o tirano!) e o Elon Musk (o trilhardário!), a respeito de um tal X, que eu e 98% da população brasileira nem sequer sabemos o que é, o Musk, atacou o Lula (o presidente!) chamando-o de cãozinho de colo do Ministro. Hoje, o Lula, contra-atacando o forasteiro e colocando-se a favor das medidas do STF, bradou: No Brasil há leis que devem ser cumpridas por todos, e não somos uma nação de vira-latas. 

Que diria Maquiavel dessas metáforas caninas e dessa política PET?

Penso em Isidore Ducasse: "Quando estiver na cama e ouvir o latido dos cães no campo, esconde-te sob as cobertas e não zombe daquilo que eles fazem, pois eles, como você, como eu e como todos os seres de cara pálida, têm uma sede insaciável de infinito..."

A guerra do tomate na Espanha... Eis aí outra prova de que a imbecilidade não tem idade e nem cura... E o pior, é saber que foi esse tipo de gente, com seus cachorros, que dizimou os nativos caribenhos... É quase inacreditável que tenham produzido um Cervantes! Enfim, nós que estamos fora do alcance dos tomates, temos a incômoda obrigação de lembrar que o destino do neurótico está em suas mãos...

 

 

Enquanto as labaredas e a fumaça não chegam...

 

Pablo Marçal e o açúcar...

Que grande político seria Judas!!!"

Tournier

A pobreza mental está fora de controle!

Agora não se fala em outra coisa no país, além desse tal de Pablo Marçal! Seria a reencarnação de Lutero ou de Robespierre?

A mim, o que realmente me chamou atenção naquela discussão patética entre os candidatos em São Paulo, foi o momento em que ele  definiu as favelas como Campos de Concentração, para, em seguida, virando-se para a esquerda, chamar alguém de comedor de açúcar. Não pude ver a quem ele se dirigia mas, pelo tamanho da barriga de quem estava à sua esquerda, só pode ter sido ao tal Datena... (outro fenômeno da república!). Achei o máximo essa sua intervenção! O açúcar!!! Quem é daqueles candidatos que teria uma preocupação tão subversiva e tão revolucionária como a dele?! Ah! O açúcar! Todo mundo sabe que até os furúnculos de Marx eram causados pelo excesso de Strudel e de Lebkuchen. Será eleito, não apenas pela turma pentecostista e da cristandade medieval (O protestantismo é um judaísmo atualizado), mas inclusive pelos hare-krishnas, pelos macrobióticos e pelos diabéticos. 

Ah! O açúcar! Essa espécie de cocaína legalizada!

Segundo o Mendigo K. (que também quer ver o coach Pablo Marçal no trono da prefeitura daquela urbe desvairada, com aquele PIB que dá água na boca a qualquer um), em cada uma das lápides dos cemitérios (tanto nos de SP como nos de Goiás) se deveria lacrar a frase: este também foi vítima do açúcar! E o + curioso, é que esse tal Marçal, (que com suas proezas paroquiais & domésticas, está desestabilizando até mesmo os velhos marxistas-leninistas), sabe disso... De onde teria arrancado essa mímica e esse conhecimento? Teria sido das trilhas dos Pirineus? De algum Ovni de Alto Paraíso? Ou do porão da Cora Coralina lá, quase submerso no Rio Vermelho?

Enfim, o teatro ridículo dessas discussões está novamente deixando claro que a tal república democrática é um fiasco, e que qualquer político que pese mais do que 85 quilos e que não tenha em seu programa de governo o controle implacável do açúcar, do sal e das multinacionais dos medicamentos, é um lacaio e um impostor.

O banco vermelho dos réus... OU: A agonia de Eros...

Apavoradas com tantas companheiras assassinadas, as mulheres vão inventando performances, 'intervenções urbanas' e truques para tentar barrar a loucura de seus companheiros, amantes e inimigos...

Até agora, pelas estatísticas da última década, foi tudo inútil. A violência até cresceu e os assassinatos se multiplicaram, tanto nas sociedades precárias do mundo subdesenvolvido, como nas dos países mais ricos...

Ontem apareceu esse banco aí, idealizado por duas mulheres pernambucanas, instalado em frente a um shopping popular, convidando a turba a sentar-se nele, refletir e a agir. Tudo bem, mas agir e lutar, como?

Ah! Trata-se da agonia de Eros! Diria Byung-Chul Han...

E não adianta apenas acusar os matadores de serem descendentes de Cain (todos nós somos) e enfiá-los em jaulas. Sem ouví-los, (claro, que com uma escuta diferente da viciada, do judiciário), não se tem e não se terá uma ideia de como agir, e teremos que seguir apalpando os fatos no escuro... projetando neles nossos bizarros instintos e tentando interpretá-los através de nossos próprios transtornos...

Não é possível que a policia, os carcereiros, os advogados, os padres, os antropólogos, os psicopatologistas, as assistentes sociais e as próprias mulheres não tenham curiosidade em saber o porquê e as razões subterrâneas desse desvario. (Ou será que elas sabem?)

É evidente que cada um desses criminosos, antes de serem enfiados nas cadeias ou nos hospícios, deveriam ser ouvidos nas clinicas e nas universidades. Para quê? Para tentar "arrancar" deles as reais razões, as fantasias, os distúrbios e até mesmo os adjetivos que antecederam o crime. (e, claro, tornar essas razões públicas)... Do contrário, sem esse saber, se continuará por mais mil anos fazendo campanhas românticas; 'intervenções urbanas' (bancadas por um Estado fajuto); novenas e poesias obscuras, baseadas em hipóteses religiosas, moralistas, sexistas, rancorosas e medievais, enquanto se segue ignorando a ilíada de inimigos que continuam dividindo a mesma cama, os mesmos e secretos rancores... e, juntos, esperando por Godot! (God ot!)

A opinião do moço que deixou suas tralhas sobre o banco, que vive temporariamente na rua e que - segundo ele - conhece muito bem o lugar que as mulheres vieram ocupando nas anedotas bíblicas e em praticamente todos os outros supostos livros sagrados, foi a seguinte: 

- Disse o Senhor: "Este homem usará calças; as calças terão botões. Façamos a mulher, para pregar os botões a Adão..." (E, o mais curioso: disse que aprendeu esse slogan de sua vovó e de sua mamãe!) Y asi se van los dias...

 

Thomas de Hartmann - Fragmento da 'Dança Sagrada' de Gurdieff...

... Antes que "a semana-que-vem" chegue...