terça-feira, 23 de agosto de 2022

Mulher faz buzinaço por ter conseguido libertar-se do 'matrimônio'.... Viva as buzinas!



"O estado conjugal denomina-se santo porque tem mártires tão numerosos..."

(F. Blatter)




Na semana passada uma mulher aqui dos arredores protagonizou um ato que deixou os antropólogos, os psicólogos, os padres, os coroinhas da terceira idade, os especialistas em Sêneca e em Parmenides, as freirinhas da vassoura e do rodo e outras mártires e adoradoras das algemas e até mesmo a sociedade em geral, de boca aberta: comemorou seu "divorcio" fazendo um imenso buzinaço.

Só se viu algo parecido na cidade quando um sujeito inocente, de uns trinta e poucos anos, que havia passado uns quinze injustamente atrás das grades da penitenciária local ter, de madrugada, saltado os muros e ganhado a liberdade...

É importante compreender que essa mulher, com uma simples buzina, fez bem mais para a saúde mental dela própria e das mulheres, como um todo, do que a trupe da sociologia que continua há décadas cantarolando Edit Piaf e queimando incenso para Simone de Beauvoir. Bem mais do que as onanistas de gênero; bem mais do que a suposta solidariedade que os ditos 'mãos viradas' lhes dedicam e do que as 'investigações' que as policias vêm fazendo para esclarecer os crescentes índices de assassinatos de mulheres...

Mas é importante compreender - apesar de que os jornais tendenciosos nunca falam - que a comemoração não deve ter sido unilateral, só dela. Que, como a insalubridade da prisão matrimonial afeta igualmente os dois lados, é evidente que seu ex marido deve ter feito, do outro lado da cidade, também o seu, mais do que legítimo buzinaço... Ufa! Enfim, os dois de volta ao mundo cão!...

É importante registrar que o tal casamento e o tal ajuntamento de dois estranhos (e náufragos à deriva) para morar na mesma casa, para dormir na mesma cama; - para compartilhar os mesmos trapos; para passar a vida inteira, lado a lado, lavando panelas, competindo e se desclassificando mutuamente -  para obrigar Um a compartilhar as misérias do Outro até 'que a morte os separe" é a forma mais cruel, mais cabotina e mais eficiente de destruir a sexualidade, a criatividade, a beleza e o tesão pelo mundo, das pessoas... Enfim, que, como diria                                                                                     Léon Blum, a palhaçada do matrimônio é uma espécie de asilo dos resignados...

E já que a turba está em campanha, qual o candidato que, além das balelas, da pantomima nos palcos e das mentiras de sempre, teria estofo moral, sabedoria e bagos para tratar dessa questão?




Um comentário:

  1. Casamento é tipicamente coisa de 'religiosos'. Agora; talvez seja importante perceber que esse tal contrato( desnecessário) é minado muitas vezes por outra mulher( a diaba da sogra! Kkkkk)

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