"A uns trezentos ou quatrocentos metros da pirâmide me inclinei, peguei um punhado de areia e o deixei cair silenciosamente um pouco mais adiante e disse em voz baixa: Estou modificando o Sahara..."
Jorge Luis Borges
(IN: El desierto)
Eu que desci da nascente do Rio São Francisco (Serra da Canastra, em Minas Gerais) até sua desembocadura no Atlântico (Piaçabuçu, Alagoas), praticamente só para fazer uma homenagem e um elogio a essas aves que considerava ferozes e indomáveis, vejo estupefato, todas as manhãs, que no meio de pombos, de urubus e até de galinhas, estão por aí miseravelmente revirando lixeiras em busca de migalhas e de porcarias que a cidade rejeita e joga naqueles latões de lixo.
O que teria acontecido para tamanha decadência?
Hoje pela manhã, inclusive, assisti a um passarinho menor que um sabiá, praticamente só penas e bico, dando um cacete imenso em dois Carcaras. Repito: em dois. Ouvi que gemiam com a penugem preta da cabeça arrepiada enquanto tentavam fugir do pequeno agressor, num gesto de covardia inaceitável. Que miséria e que decadência...
Foda-se o carcara! O problema são as pessoas continuarem rezando, indo a igrejas e etc. Essa covardia é que deveria nos preocupar...
ResponderExcluirBlá blá blá
ExcluirCaro Ezio, achei que talvez pudesse te interessar: https://elmanifiesto.com/cultura/252940591/Damnatio-memoriae-y-profanacion-de-tumbas.html
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