" Só quem nunca viajou desconhece o prazer infinito de sentir que a Vida é muito mais do que comer para digerir e que o mundo é um pouco maior do que ir de casa para a repartição e da paróquia para casa..."
Albino Forjaz de Sampaio
(IN: Cosmopólia, pp 136/137)
Na semana passada, quando o Bolsonaro iniciou sua viagem à Ásia, fiquei na expectativa de que, finalmente, em sua volta, se daria início à construção da ferrovia Brasiliana que cruzará o Brasil de ponta a ponta. Que decepção e que fracasso!
Albino Forjaz de Sampaio
(IN: Cosmopólia, pp 136/137)
Na semana passada, quando o Bolsonaro iniciou sua viagem à Ásia, fiquei na expectativa de que, finalmente, em sua volta, se daria início à construção da ferrovia Brasiliana que cruzará o Brasil de ponta a ponta. Que decepção e que fracasso!
Não se deu um pio por lá a respeito. Lá no meio dos japoneses e dos chineses, cujos países estão abarrotados de ferrovias e das mais velozes, seguras e luxuosas não se deu uma palavra sobre o assunto, pelo contrário, se ficou falando de bobagens ordinárias e de bagatelas fúteis, entre elas da falácia ilusória e subdesenvolvida que é o Pré-sal.
E na Arabia Saudita? Se ficou falando de quê? Nas artimanhas da Sherazade? Nos contos das Mil e Uma noites?
Os árabes, apesar de se vestirem daquele jeito, não são burros! A civilização deve a eles quase tudo o que se tem atualmente de mais sofisticado. Se não fosse por eles e seus sábios, por exemplo, até as obras de Ptolomeu e de Galeno teriam se perdido... Por isso, e só por isso, vão investir 10 bilhões no Brasil...
Dez bilhões? Tudo bem, mas em quê?
No carnaval? Na reabilitação da rua da Lapa? No candomblé? Em Centros Espíritas? Em gabinetes de tatuadores? Em estádios de futebol? Em recitais de poesia nos coretos das vilas? Em altares contemplativos? Em hospícios? Nos energúmenos da música country ou gospel? Apesar de que, para eles, isso não tem a menor importância. Conhecem os segredos do Rei Midas e tudo o que tocam se transforma em ouro. Sabem de antemão que esses 10 bilhões, em cinco anos serão transformados em 80... Um negócio das arábias!
Qual é, afinal, o problema com as estradas de ferro neste país? Se até a Bolivia, o Peru e outros países sul americanos com um PIB inferior ao de nossos clubes de futebol, têm as suas e que funcionam. Claro, vão como tartarugas Andes acima, mas vão. Frequentemente há descarrilhamentos no meio da neve e na beira dos precipícios, mas todo mundo desce, segue a pé para seus destinos, mascando coca e numa boa... y 'no pasa nada'!.
Dinheiro? Ora! Com apenas a metade do que os governos anteriores roubaram daria e sobraria.
Falta de mão de obra? Ora o que fazem os mais de 500 mil soldados em nossos quartéis? E nossos mais de 700 mil presos em nossas masmorras?
Repito: um povo e um país que não tem ferrovias esta condenado a ser um povo afetiva e intelectualmente burro, místico, esotérico, delirante e subserviente. Normalmente é um povo que não tem 'subjetividade', que confunde sintomas hormonais com manifestações espirituais e que ainda não saiu da cultura oral. Ou, como diria Julio Dantas: uma Ilíada de toupeiras!
E na Arabia Saudita? Se ficou falando de quê? Nas artimanhas da Sherazade? Nos contos das Mil e Uma noites?
Os árabes, apesar de se vestirem daquele jeito, não são burros! A civilização deve a eles quase tudo o que se tem atualmente de mais sofisticado. Se não fosse por eles e seus sábios, por exemplo, até as obras de Ptolomeu e de Galeno teriam se perdido... Por isso, e só por isso, vão investir 10 bilhões no Brasil...
Dez bilhões? Tudo bem, mas em quê?
No carnaval? Na reabilitação da rua da Lapa? No candomblé? Em Centros Espíritas? Em gabinetes de tatuadores? Em estádios de futebol? Em recitais de poesia nos coretos das vilas? Em altares contemplativos? Em hospícios? Nos energúmenos da música country ou gospel? Apesar de que, para eles, isso não tem a menor importância. Conhecem os segredos do Rei Midas e tudo o que tocam se transforma em ouro. Sabem de antemão que esses 10 bilhões, em cinco anos serão transformados em 80... Um negócio das arábias!
Qual é, afinal, o problema com as estradas de ferro neste país? Se até a Bolivia, o Peru e outros países sul americanos com um PIB inferior ao de nossos clubes de futebol, têm as suas e que funcionam. Claro, vão como tartarugas Andes acima, mas vão. Frequentemente há descarrilhamentos no meio da neve e na beira dos precipícios, mas todo mundo desce, segue a pé para seus destinos, mascando coca e numa boa... y 'no pasa nada'!.
Dinheiro? Ora! Com apenas a metade do que os governos anteriores roubaram daria e sobraria.
Falta de mão de obra? Ora o que fazem os mais de 500 mil soldados em nossos quartéis? E nossos mais de 700 mil presos em nossas masmorras?
Repito: um povo e um país que não tem ferrovias esta condenado a ser um povo afetiva e intelectualmente burro, místico, esotérico, delirante e subserviente. Normalmente é um povo que não tem 'subjetividade', que confunde sintomas hormonais com manifestações espirituais e que ainda não saiu da cultura oral. Ou, como diria Julio Dantas: uma Ilíada de toupeiras!