sábado, 17 de fevereiro de 2018

De paranóia em paranóia... e de ficção em ficção... se van los dias...

Cientistas desenvolvem terapia virtual contra paranoia e ansiedade (Correio Braziliense do dia 16-02)



(foto: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)

Uma terapia que combina realidade virtual com tratamentos tradicionais, desenvolvida por cientistas na Holanda, pode se tornar um grande aliado para combater a paranoia e a ansiedade em pessoas com transtornos psicóticos. Testes clínicos realizados em 116 pacientes tiveram resultados promissores, descreveram cientistas na revista The Lancet Psychiatry. Segundo o estudo, os exercícios tornaram as relações sociais dos pacientes menos tensas.
Embora animado, o grupo de especialistas liderado por Roos Pot-Kolder, da VU University da Holanda, destaca que mais testes são necessários para confirmar os benefícios a longo prazo desse tipo de tecnologia, que simula estar em uma realidade cheia de avatares virtuais.
Continua depois da publicidade
Estima-se que até 90% dos pacientes com psicoses têm pensamentos paranoicos, o que os leva a perceber ameaças onde não há nenhuma. Como resultado, muitos evitam lugares públicos, assim como o contato com pessoas, passando muito tempo sozinhos. A terapia cognitivo-comportamental (CBT), em que os pacientes recebem ajuda para superar problemas que parecem esmagadores, ajuda a reduzir a ansiedade, mas faz pouco para controlar a paranoia.  Daí a expectativa em torno do novo estudo.
Para o teste, os 116 participantes receberam um tratamento tradicional, com medicação antipsicótica e consultas com o psiquiatra. Metade deles também praticou interações sociais em um ambiente virtual. Essa parte da terapia consistiu em 16 sessões de uma hora de duração, num período de entre oito a 12 semanas.
Os pacientes foram expostos, por meio de avatares virtuais, a situações sociais que provocariam medo e paranoia em quatro cenários: a rua, o ônibus, o café e o supermercado. Os terapeutas podiam alterar a quantidade de avatares, sua aparência e se as respostas já registradas para o paciente eram neutras ou hostis. Os especialistas também aconselhavam os participantes, ajudando-os a explorar e testar seus próprios sentimentos em diferentes situações.
Eles foram avaliados no início do teste, três meses e seis meses depois. O estudo revelou que a exposição à realidade virtual não aumentou o tempo que os participantes passaram com outras pessoas, mas, sim, a qualidade das interações. “A adição da realidade virtual aos tratamentos tradicionais reduziu os sentimentos paranóicos e o uso de comportamentos ansiosos em situações sociais, em comparação com a terapia padrão sozinha”, resumiu a autora principal, Roos Pot-Kolder. 

3 comentários:

  1. https://www.youtube.com/watch?v=gOD_C66xGlE&feature=em-subs_digest

    ResponderExcluir
  2. http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2018/02/18/interna_ciencia_saude,660545/estudo-relaciona-ansiedade-ao-alzheimer-descoberta-ajuda-no-diagnosti.shtml

    ResponderExcluir
  3. https://www.metropoles.com/vida-e-estilo/comportamento/depressao-tudo-o-que-sabemos-sobre-a-doenca-pode-estar-errado

    ResponderExcluir