segunda-feira, 18 de julho de 2016

A genealogia da loucura e dos terroristas...



[... Engano, dolo, violência, a bolsa ou a vida, honrada malandragem de alto a baixo. Eu que aqui estou falando, estou certo de que você é um malandro...] João do Rio

Sempre que acontece um ataque terrorista, uma chacina bárbara, um crime hediondo praticado ao redor do mundo por um sujeito ou por vários sujeitos, gosto de prestar atenção nas opiniões e nas explicações da polícia, dos padres, dos médicos, dos governantes, dos jornalistas e de outros lacaios do Estado sobre as causas que levaram aquele sujeito a praticar tal desvario. 
Observem como usam sempre os mesmos rótulos e como dizem sempre a mesma coisa: é um delinquente! Um sociopata! Um psicopata! Um fanático! Um frustrado! Um fundamentalista! etc. Mas o dizem de tal maneira que se pode até pensar que eles, os atores do crime, chegaram a ser o que são por uma espécie de intervenção que ultrapassa os limites normais de civilização e que transcende a bovinização cotidiana... ou mesmo por algo derivado de uma "geração expontânea".., como se não fizessem parte de um conjunto de pessoas, de uma sociedade, de uma cultura determinada e, claro, dessa torre de Babel, fábrica de loucura e desse manicômio geral a que todos estamos expostos
Claro que não passa pela cabeça de nenhum desses energúmenos que aquele assassino ou aquele louco é apenas o representante da loucura geral, (familiar, social, religiosa, trabalhista e política) e que aquele sujeito, (agora crivado de balas) apenas colocou em prática algo que, na essência, faz parte da obsessão e do desejo coletivo... Sei que ao ler este parágrafo muitos canalhas vão colocar as mãos nas têmporas arregalar os olhos e jurar que jamais pensaram e que jamais fariam uma coisa dessas! Mas esses babacas não merecem crédito, pois nunca se olharam verdadeiramente num espelho e nem sequer sabem que existe um inconsciente... 
E esse tipo de interpretação, de acusação, de vingança e de canalhice social é muito bem percebida inclusive naquelas famílias que, depois de passarem durante anos enlouquecendo um de seus membros, num determinado dia chamam uma ambulância para interná-lo, com a ilusão de que o "louco" é apenas ele, e que portanto, se o confinarem, se o internarem num manicômio, num asilo ou numa cadeia, de preferência numa Sibéria ou numa Barbacena, a normalidade voltará ao "lar" e sobre o restante dos membros da família.
Exemplos parecidos sempre foram vistos nas ditaduras pelo mundo afora, onde, depois de alguém ser massacrado e destruído pela loucura geral, era rotulado, encarcerado ou banido, sempre com o rótulo sádico e simplório de subversivo/louco/delinquente e com a mentira de que seu confinamento era necessário para, além de curá-lo, salvar os bons costumes e a moral da sociedade, da família e da pátria. 
Que a policia ou a população semi-alfabetizada pense assim dessas pobres pessoas que no meio de um transtorno irremediável assumem uma posição radical e que cometem essas atrocidades, ainda é compreensível, mas que essa lógica e que esse "diagnóstico" tenha o consentimento, o silêncio, a aquiescência e a cumplicidade dos psiquiatras, psicólogos, sociólogos, antropólogos, astrólogos, juízes e outros profissionais do gênero, isso é uma descarada traição e uma vil canalhice...

6 comentários:

  1. é o fim do Brasil, clica no link...

    http://zh.clicrbs.com.br/rs/entretenimento/noticia/2016/07/livros-de-youtubers-tomam-conta-de-lista-dos-maiores-best-sellers-do-pais-6686689.html

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  2. Bazzo,

    Olha outro louco aí
    http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2016/07/18/interna_mundo,540735/homem-com-machado-ataca-entre-10-e-15-pessoas-em-trem-na-alemanha.shtml

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  3. http://veja.abril.com.br/blog/mundialista/franceses-querem-que-terroristas-queimem-no-inferno-ou-na-cadeia/

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  4. http://veja.abril.com.br/brasil/criminalidade-preocupa-mais-do-que-terrorismo-diz-moraes/

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  5. http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2016/07/21/internas_polbraeco,541187/ministro-da-justica-celula-terrorista-no-brasil-e-amadora-e-sem-prep.shtml

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  6. http://www.lemonde.fr/europe/article/2016/07/24/le-psychologue-americain-lu-par-le-tueur-de-munich-analyse-son-passage-a-l-acte_4973953_3214.html

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