Você
já deve ter percebido que nas notas fedorentas de reais e de dólares que
circulam por aí existem duas frases esotéricas e ridículas: nas notas
tupiniquins: Deus seja louvado, nas gringas: Em Deus nós
confiamos. Qualquer criança de sete anos percebe de cara a indelicadeza e a
falta de escrúpulos que há nessas duas bobagens, da mesma maneira que até os nativos
mais incivilizados teriam pudor em agregar o nome de Deus ao que
de mais imundo e profano há na sua aldeia. E depois, vale a pena perguntar:
foi de quem essa ideia de jerico? Esse cinismo e a impertinência dessa
demagogia foi transtorno delirante de quem? Em outras palavras, seguir gravando essas
frases tolas e hipócritas no dinheiro é mais ou menos como um bandido escrever
no cano de seu revólver: Só a paz dignifica ou, uma cafetina rabiscar na
porta de seu bordel: Louvada seja a honra, etc...
Pois
bem, o Ministério Público (numa chispa de lucidez) solicitou ao Banco Central
que as próximas notas que venham a ser impressas, não tragam mais essa bobagem.
O banco, provavelmente comandado por um banana ou por uma beata, disse que não,
que não há mal nenhum em se fazer referência à existência de uma divindade
superior, desde que ela não faça alusão a uma religião específica, etc., etc.,
tese que foi logo apoiada pelo arcebispo de São Paulo quem lançou uma indagação
com a mesma ingenuidade da inquisição: Qual seria o problema se as notas
continuassem com a alusão a Deus?
Resposta: deixando de lado a síndrome
delirante-alucinatória e a questão da dignidade humana - ilustre cardeal - nenhum.
Sempre preferi Louvado Seja Deus, mais simbólico.
ResponderExcluirPequenos passos para um estado laico? Quem saberá?
ResponderExcluirConsiderando que a sociedade venera o dinheiro muito mais que deus, a frase deveria é ser escrita assim:
deu$ $eja louvado!
In god we tru$t...
Certamente eles não escreveriam: Vade retro,satanás!! (rsrsrrs).
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