Por mais desgraçado e terrível que tenha sido o fim de vida do Kadafi, ninguém poderá negar a poética e o significado transcendente que há em ser enterrado anonimamente nas areias do deserto. Quais de seus verdugos terá um destino semelhante? Nenhum. O Sarkozy, provavelmente, irá para o monótono e turístico Cemitério de Montmartre; o Berlusconi, se não for jogado para os cães, se desintegrará nos barulhentos arredores romanos; o Obama será burocraticamente depositado ao lado de outros do mesmo naipe etc., etc. Kadafi, exótico em vida & exótico na morte! Mesmo a fila para ver seu corpo crivado de balas e apodrecendo, ficou evidente, foi muito mais uma manifestação de idolatria e de culpa do que de ódio e de desprezo. Como depressão pós assassinato e numa tentativa de reparação a turba ensanguentada lhe devolveu a solidão absoluta das areias e as noites intermináveis do deserto. O que mais poderia desejar deste planeta desvairado um autêntico beduíno? Se Kadafi tivesse tido tempo de pronunciar uma frase a respeito de seu destino, com certeza recitaria esta da sabedoria popular árabe: “se teu cão passa fome, qualquer pessoa que oferecer-lhe um pedaço de comida conseguirá afastá-lo de ti".
ÚLTIMA CARTA DE KADAFI A BERLUSCONI
ResponderExcluirIL MESSAGGIO - Nonostante le pubbliche minacce all'Italia, privatamente il rais esprime sentimenti di amicizia per l'amico che solo qualche mese prima l'aveva accolto con tutti gli onori a Roma. Si dice sorpreso «per l'atteggiamento di un amico con cui avevo sottoscritto un trattato di amicizia reciproca tra i nostri popoli». Ma non rimprovera il Cavaliere: «Non ti biasimo per ciò di cui non sei responsabile, perché so bene che non eri favorevole ad un'azione nefasta che non onora né te né il popolo italiano». Quindi la speranza «di poter ancora far marcia indietro». E l'appello: «ferma il bombardamento che uccide i miei fratelli libici. Parla con i tuoi alleati per pervenire ad una soluzione che garantisca il mio popolo da questa aggressione». Infine la promessa: «Stai certo che sia io che il mio popolo siamo disposti a dimenticare e a voltare pagina».