Paris, 14 de julho. Enquanto a neo-monarquia francesa desfilava e rebolava pela Champs-Elysées, enquanto dava rasantes com seus caças sobre o Arco do Triunfo e soltava fogos ao redor da Torre, entre discursos, piscadelas, tragos, memórias, perfumes etc., a plebe, os fodidos e os párias da atualidade puxavam seus isqueiros e faziam com automóveis o que os plebeus e os fodidos fizeram com a Bastilha. Fogo! Labaredas! E é indiscutível que a verdadeira festa foi patrocinada por eles e seu plebeísmo, por eles, que sabem muito bem, que a atual República é uma réplica piorada e ainda mais cínica de que a antiga Monarquia.
Duvidam? Lembrem da recente reunião do G8. Pensem em qualquer grande nação, na nossa ou em qualquer outra republiqueta. Estão sempre lá, arrogantes e descaradamente os representantes do Rei, dos condes, dos duques, das baronesas, dos fidalgos, dos príncipes etc., e todos com seus privilégios (mil vezes mais ignóbeis do que os dos antigos Reis) cercados por puxa-sacos, bajuladores e “cavalheiros” idênticos aos do feudalismo. Blábláblábláblá... Enquanto isto, aqui no nosso Senado Federal, sob o comando do Ilustríssimo Senador Mão Santa:
-Vossa excelência fez o melhor pronunciamento de todos os tempos!
-Vossa excelência é o que de melhor há neste país!
-Nem Montesquieu teria tanta massa encefálica disponível!
-Temos que salvar a dignidades desta casa!
-Nossos eleitores vão pensar que somos um bando de velhos corruptos!
-Nosso silêncio será apenas para garantir nossos privilégios e as mordomias de nossos familiares? Bem, mas a família é sagrada!
-O que o porvir dirá sobre nossas carcaças apodrecidas? Ou sobre nossos mausoléus construídos por conta do Senado?
Ezio Flavio Bazzo
Duvidam? Lembrem da recente reunião do G8. Pensem em qualquer grande nação, na nossa ou em qualquer outra republiqueta. Estão sempre lá, arrogantes e descaradamente os representantes do Rei, dos condes, dos duques, das baronesas, dos fidalgos, dos príncipes etc., e todos com seus privilégios (mil vezes mais ignóbeis do que os dos antigos Reis) cercados por puxa-sacos, bajuladores e “cavalheiros” idênticos aos do feudalismo. Blábláblábláblá... Enquanto isto, aqui no nosso Senado Federal, sob o comando do Ilustríssimo Senador Mão Santa:
-Vossa excelência fez o melhor pronunciamento de todos os tempos!
-Vossa excelência é o que de melhor há neste país!
-Nem Montesquieu teria tanta massa encefálica disponível!
-Temos que salvar a dignidades desta casa!
-Nossos eleitores vão pensar que somos um bando de velhos corruptos!
-Nosso silêncio será apenas para garantir nossos privilégios e as mordomias de nossos familiares? Bem, mas a família é sagrada!
-O que o porvir dirá sobre nossas carcaças apodrecidas? Ou sobre nossos mausoléus construídos por conta do Senado?
Ezio Flavio Bazzo
"estado democrático de direito"! eis a merda que sujou os instintos de justiça. mal cheiro de que nada diferente é possível. quanto investimento em exércitos e juristas para que esse instrumento de merda seja um invento final e insuperável! neguemos o valor das organizações estatais. o que nos restará? pelo menos o horizonte de que nada é divino, garantido ou eterno. mas antes façamos a escolha crucial: o delírio insurrecional ou o realismo conformista?
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