sábado, 9 de maio de 2009

Julio Jaramillo canta para su santa madrecita


Além dos festejos greco romanos em homenagem às deusas e às cortesãs de suas respectivas épocas e mitologias, o dia das mães que hoje se comemora no ocidente e aqui nas Américas teve origem nos EEUU em 1905, quando uma filha de pastores mergulhada na depressão pela morte de sua mãe comoveu suas amigas a tal ponto que, para tentar tirá-la daquele torpor, resolveram homenagear a defunta com uma festa. Anos depois, sob o lobby dessa mesma moça, o governo americano decretou o segundo domingo de maio como dia de festa em homenagem a todas as mães. Em 1918, Seduzida pela idéia a Associação Cristã dos moços de Porto Alegre lançou a mesma proposta no Brasil, que em 1932 foi instituída pelo senhor Getulio Vargas.

Na América Latina e nos países latinos em geral o papel que a mãe ocupa no “seio da família” é visivelmente doentio e a idolatria que lhe dedicam só é comparável a da Imaculada Conceição. No México, na Colômbia, no Equador, Bolivia etc., la madre es todo! A encarnação da bondade, da renuncia, do sacrifício, da melancolia disfarçada de sobriedade etc. Vejam no video abaixo uma música de Julio Jaramillo (esse cantor de puteiros andinos que era considerado el Ruiseñor de América) exaltando escandalosamente a su santa madrecita.



Ezio Flavio Bazzo

2 comentários:

  1. Ma mia! Isto não é música, é uma ladainha!!

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  2. na infância e nos círculos puritanos de mentalidades arcaicas como o judaísmo, o islamismo e o cristianismo, a maior ofensa dirigida à mãe de alguém, era o de dizer que tal honrosa mulher, nesta altura da vida, já não era mais virgem (?!). copular era arte e sabedoria apenas de putas. às mães restavam apenas incubar como arte e sabedoria. até assassinatos "de honra" eram cometidos em nome da pureza sexual materna (?!). quanto esgoto é a frustração masculina transbordada ao feminino - suposto membro "frágil" da família - pelos séculos e pela extensão do planeta. que cada vez mais surjam mães solteiras, órfãos autônomos, bastardos combatente e casamentos entre pessoas do mesmo sexo como resistência à formação de famílias nucleares. Quem sabe aí haja a superação da mistificação e canonização de certos papeis adultos para efetiva e maior atenção às crianças.

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