segunda-feira, 4 de novembro de 2024

EM PROTESTO... Outra mulher tira a roupa... Desta vez, lá na Universidade de Teerã... Logo agora, que os iranianos estão ocupados, calibrando os mísseis ultrassônicos na direção do Muro das lamentações...



". .. Uma raposa chispava, em carreira desabalada, na floresta.
- Por que foges? - perguntou-lhe alguém.
- Porque anda pelo bosque um caçador, procurando um dromedário.
- Mas por que foges tu, se ele procura um dromedário?
- Porque, se passar um meu inimigo e lhe disser: 'O dromedário é aquele', quem lhe explicará que não sou???"
Saâdi






 














domingo, 3 de novembro de 2024

ENCHENTES & monarquias... População de Valencia (diferente dos gaúchos), joga merda, lama e pedras no rei e em seus políticos...



"Regicídio, é o acidente no trabalho dos reis"
(Mussolini)



















A vulva mítica... ou: toda nudez continua sendo castigada...



 “Os vestidos das mulheres – em todas as idades e em todas as terras do mundo – são apenas variações da luta eterna entre o desejo declarado de se vestir, e o desejo não confessado de se despir...” 

Lin Yutang


 Brasília não é turbinada apenas por uma burocracia kafkiana; por "sabe com quem está falando?"; por missas aos cães e aos candidatos do ENEM; pelos jantares regados a vinho de 3 mil à garrafa; por almofadinhas que encomendam seus ternos na Savile Row de Londres; por aquelas licitações de tanques ou de tomógrafos que causam insônia aos lacaios das dinastias; por filas em frente às aerolineas européias, e nem só pela mendigada que já é onipresente por aqui... Enfim, não é apenas - como se costuma pensar - um entreposto do Vaticano ou de Israel. 

De vez em quando, para dar vitalidade a este lugar, uma mulher 'anônima' resolve marcar presença e para isso, baixa literalmente as calças em público e não apenas de madrugada e ali em frente aos grandes hotéis, mas também em lugares que o populacho considera quase sagrados... Foi o que aconteceu na quarta-feira, ali no Palácio Alvorada. Uma mulher jovem (de uns 30, no máximo) logo depois de passar pelo Iron Dome, para delírio dos 'seguranças' e de outros voyeristas que estavam por lá, tirou a roupa e desfilou por aquele saguão que muitos chamam de ante sala do Triângulo das Bermudas, seguida pelo batalhão de focas e de jacarés da mídia... Atropelos, clics e flashes por todos os lados. Ah! A vulva mítica! As madames que também chegavam ao Palácio naquela hora, dentro de seus tailleurs de 2 mil dólares, pareciam horrorizadas com o desprendimento gratuito daquela plebéia nua e de saltos altos. Tirar a roupa, tudo bem, mas de graça????

E, dos machos, com seus revólveres, cassetetes, radinhos walk taik, filmadoras, e etc, que caíram sobre ela como hienas, só se ouvia murmúrios. Oh! Huunnn! Os mais curiosos e afoitos procuravam por detrás das colunas, controlar seus olhares e seus instintos + primitivos, não, naturalmente, por ética, mas com medo que alguém da ong me too, acabasse acusando-os de tara, de assédio e de desejo impróprio. E como sempre acontece quando alguém se atreve a cuspir sobre o tédio dos cânones vigentes e reacionários da tribo, começaram os diagnósticos laicos: está louca! Perdeu a consciência! Está em surto! E logo se ouviu uma sirene: acionaram a polícia e a levaram para um hospital. Pratica que foi extremamente comum no século XVII nos países europeus (quando os maridos, com a cumplicidade da  polícia e dos médicos, mandavam suas mulheres e as mulheres mandavam seus maridos para hospícios, sob a acusação de: apresentar sinais de instabilidade mental). Depois aconteceu, e muito, também lá com os dissidentes políticos soviéticos; e até mesmo ali em Minas Gerais. Quem é que não se lembra dos trens que iam do interior do Estado, quase semanalmente, lotados de homens e de mulheres 'transgressores', para o manicômio de Barbacena?... A loucura como alibi. Os hospitais como cadeias e os médicos como polícia sanitária...

Qualquer sociedade saudável e revolucionária, ao invés de ir logo rotulando essa moça de 'louca', e de jogá-la nesses ambulatórios sucateados e nos braços da polícia sanitária, faria de tudo para ouvi-la. Para saber o que pensa e o que pretendia. E, principalmente, para saber qual é a manha, no meio de toda essa putaria brochante, para seguir dançando a vida...  e mais: qual é sua dieta para estar tão em forma e tão elegante...