segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Hoje, segunda-feira, em frente ao Congresso Nacional...


"O Estado é, para nós, uma sociedade de seguros mútuos entre fazendeiros, empresários, chefes militares, juízes, sacerdotes e sindicalistas, com o fim de uns apoiarem a  autoridade dos outros sobre o povo, para domesticá-lo, escravizá-lo, engordá-lo e, finalmente, enriquecer com sua obesidade e com sua escravidão..." 
Piotr Kropotkin


Como atualmente até os mendigos têm uma câmera fotográfica em seus celulares,  na manhã desta segunda-feira havia gente de todos os pedegrees fotografando esta placa que amanheceu bem ali em frente ao Congresso Nacional. Todos com um certo prazer malicioso nas bochechas se perguntavam: Quem a teria colocado ali? Quem teria sido? Os amigos do Lula? Os inimigos do Temer? A direita louca para fazer parte do banquete? A esquerda, louca para voltar ao festin? Os anarquistas, em homenagem a Bakunin?  A Kropotkin ou a Malatesta? As donas de casa cansadas do encarceramento doméstico? O pessoal da ideologia de gênero? Os heterosexuais? Os Sem terra? Os sem teto? Os religiosos querendo algum novo terreno ou algum novo benefício? Os velhinhos da quarta-idade? Os indígenas? Os latifundiários? Os ateus? Os filhos de Satã? Os representantes dos presídios? Alguém das multinacionais de medicamentos? Alguém do Judiciário? Alguém do Senado? Alguém da Câmara? 
Seja quem for - resmungava um senhor encharcado de suor -, o que importa registrar é que nossos protestos não passam disso. Ou fazemos passeatas beatas por aí com velas e faixas pedindo paz e clemência ou escrevemos bobagens nas paredes. Tudo precário e frágil que não têm potência alguma para alterar nada... 
Enquanto ele falava, um carro da polícia estacionou bem em frente à placa, dois soldados sorridentes a arrancaram, a colocaram no carro e caíram fora... E ninguém tem dúvidas de que não se falará mais sobre o assunto. Prestem atenção como os discursos, venham de onde vierem, só fazem turvar as águas para dar impressão de profundidade.

3 comentários:

  1. pensava que uma revolta do povo em massa fosse utopia eziana, mas depois daquela de 2013, que na verdade infelizmente se deu por um propósito fútil, foi possivel enxergar que se o povo quisesse de forma direta e assertiva seria possivel sim...

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  2. ziobazzo.blogspot.com.br/2012/04/personalidades-se-foi-hillary-chegou-o.html

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  3. "O povo é uma besta estúpida, que lambe a mão ensanguentada daqueles que lhe rasga o lombo". Varga Vila

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