quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A elegância fascista...

Prestem atenção como na última década (entre ruínas, misticismos e mediocridades) se tem falado mais em fascismo do que em todas as décadas anteriores. De simples, superficial e confusa ideologia passou a ser adjetivo para expressar cólera e impotência até contra adversários imaginários. Mesmo sem saber muito bem do que se trata, qualquer estúpido e ignorante, de direita ou de esquerda, diante do primeiro impasse, se acha no direito de lançar contra seu interlocutor um sonoro FASCISTA! Eis aí a conquista post mortem de Mussolini. Aquele bobalhão vaidoso, filho de um ferreiro,  que além de proibir o uso de buzinas em Roma, e de ter tido como última amante a simpática e querida Clareta Petacci, (da alta burguesia, filha de um médico do papa e vinte e nove anos mais jovem do que ele), até lançou moda na Italia. No Diário Il Popolo de 1932, pensando em confrontar a então hegemonia francesa no assunto, o Duce escreveu: "Ainda não existe uma moda italiana, é possível criá-la, e é o que vamos fazer". 
Nos muros de Paris, durante o movimento estudantil de 68, alguém rabiscou com tinta vermelha ao lado da inscrição: somos todos judeus alemães! esta outra: Somos todos fascistas italianos! E o mundo seguiu igual, sendo a mesma e repetitiva baboseira de sempre...


Clareta Petacci  

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