sexta-feira, 13 de outubro de 2017

A poesia da guerra... E a chuva de fogo...

"Quanto mais o opressor é vil mais o escravo é infame..."
Chateaubriant

Coreia do Norte ameaça ‘fazer chover fogo sobre Estados Unidos’





Eu, que sempre achei a poesia escrita, declamada, em versos ou até em prosa um charlatanismo infantil e descarado de diplomatas, fico sempre  curioso e atento aos  cacarejos e aos discursos "poéticos" dos políticos em guerra. Ontem, por exemplo, o senhor chanceler da Coréia do Norte, fazendo réplica a estrofe de Trump: "destruiremos completamente a Pyongyang" soltou mundo afora esta outra: "Nosso desejo é fazer chover fogo sobre os Estados Unidos!
Imagino Pyongyang destruída!
Aqueles cogumelos brancos emergindo das crateras à beira do Rio Taedong...
Ou uma chuva de faíscas e de labaredas sobre Wall Street e sobre Manhattan! Querem algo mais épico e poético do que isso?
Textos só comparados àqueles trechos bíblicos onde Deus (o criador de todas as musas) tentando acabar com a pederastia da época, ameaçou (e cumpriu) lançar dos céus uma chuvarada de fogo e de enxofre sobre Sodoma e Gomorra... 
As escaramuças prévias entre o ocidente e os árabes então, foi quase uma turtúlia, quase um recital poético que durou meses:  Lembro com que histeria e frenesi as autoridades gringas declamavam em inglês sobre a necessidade premente do mundo livrar-se das armas químicas de destruição em massa de Sadan, ao que este, com histeria e cinismo semelhante, replicava em árabe e em versos: Os  soldados gringos encontrarão seus cemitérios aqui no deserto!
Ou então: Faremos contra eles a verdadeira mãe de todas as guerras! Não é poético? Lirico? Não poderia ser o fragmento de uma poesia mais do que barroca? Concreta? Incendiária! De uma poesia que não toca apenas nossa alma, mas que coloca até nossas tripas de sobreaviso e de prontidão?
Já o defunto Kadafi falava em tingir as areias do Saara com o sangue demoníaco do ocidente! Quem já passou um final de tarde nas Dunas de Merzouga daquele deserto, não tem dúvidas de que isto é poesia pura! E que nem na choradeira de Fernando Pessoa, de Pablo Neruda, de Marinetti ou de Kierkgaard se pode encontrar algo semelhante...

2 comentários:

  1. eja.abril.com.br/economia/economist-xi-jinping-e-o-mais-poderoso-do-mundo-e-preocupa/

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  2. https://www.youtube.com/watch?v=i

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