O direito ou não de abortar - Assistimos há no mínimo meio século essa discussão e essa verborréia infame, e o pior, capitaneada sempre por uma casta de políticos, de padres, de freiras, de pastores ou de jornalistas que entre bocejos e cólicas tentam tornar seus transtornos e neuroses pessoas, em leis.
Aconteceu algo bem parecido, apesar da época ser outra, com a masturbação, considerada por ícones da igreja católica (Tomás de Aquino, por exemplo) e por outros energúmenos de então como um pecado mais grave que o incesto e pela medicina eclesiástica, como uma imoralidade, uma vez que "os espermatozoides eliminados na ejaculação seriam algo como bebês em miniatura".
Tanto a respeito do aborto quanto a respeito da masturbação, é evidente que cada um, mulheres e homens, devem fazer o que bem entendem. A não ser que se esteja querendo, disfarçados de éticos e de virtuosos, permanecer com um pé nas superstições da caverna e outro na embriaguez da inocência.
E se os deuses se estressarem e se incomodarem com isso, eles que tomem por lá as suas xaropadas...
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