Dizendo-se profeta, um bobalhão chileno de vinte anos foi ao Zoológico Nacional daquele país, tirou a roupa e saltou para dentro da jaula de um casal de leões e, curiosamente, foi logo aninhar-se na imensa juba do macho... (Estaria em busca de um pai? De um preceptor? Freud e Melanie Klein teriam explicações pré-genitais para esse desvario?) Segundo esse babaca que, aliás, levava uma carta de despedida no bolso assinada por ele próprio com o pseudônimo Jesus, ele estaria fazendo aquela idiotice porque o apocalipse havia chegado e porque, como tinha muita fé, o mesmo Deus que "protegeu dos leões ao profeta Daniel", também haveria de protegê-lo. Claro que se não tivesse sido pelas espingardas dos guardas do zoo teria virado cocô...
Independente de todos os diagnósticos disponíveis no CID 10 e até no Google aos quais o fulano poderia ser enquadrado, a pergunta dos ecologistas e dos defensores dos animais é: por quê Deus, o (papai do céu - como dizia ontem na mídia outro babacão com mais de 50 anos enquanto entrevistava uma madame), por que o papai do céu tão bondoso e tão justo, o mesmo papai do céu de milhões de outros trouxas, permitiu que, para salvá-lo, os leões tivessem que ser abatidos? Por que não fez as espingardas "negarem fogo" a tempo, os leões ficarem catatônicos e o suicida sair do surto?
Com certeza esse pobre coitado não leu Vargas Vila e não entendeu que "os gladiadores que gritavam "Ave, César morituri te salutant, no circo romano, não eram heróis, mas apenas escravos vis e bestas valorosas..."
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