quarta-feira, 7 de julho de 2010

REFORMA DO CÓDIGO FLORESTAL OU UMA ODE À MOTO-SERRA?

Os ilustres parlamentares da Comissão Especial da Câmara aprovaram com facilidade a reforma do Código Florestal Brasileiro. Agora resta aos deputados e senadores a conclusão desse cinismo. O mais curioso é que o relator desse projeto retrógrado e suicida foi um arcaico e conhecido comunista. Os quatro pontos da reforma que mais fortalecem a teoria da “pulsão de morte” freudiana são: (1). A redução de 30 para 15 metros para as faixas das áreas de preservação permanente às margens de rios com menos de cinco metros de largura; (2). A dispensa de Reserva Legal para pequenas propriedades rurais; (3). A garantia da manutenção das atividades agropecuárias e florestais (leia-se do latifúndio) em áreas rurais consolidadas, localizadas em Áreas de Preservação Permanentes e Reservas Legais, até que o programa de regularização ambiental seja promulgado (isto é, até o dia de São Nunca); e (4). Claro, a suspensão das multas e sanções que foram aplicadas a fazendeiros, ruralistas etc., por desmatamentos criminosos realizados até 2008. Que tal?
 
Os ambientalistas que protestaram hoje aqui em frente ao Congresso Nacional pareciam possuídos por uma ingenuidade e por um idealismo fora do comum, como se não tivessem a mínima idéia de como funcionam as pútridas engrenagens no interior desse parlamento. Seguramente ficariam mais relaxados (ou mais desesperados?) se soubessem que o perfil dos que aprovaram a “reforma” do Código Florestal é exatamente o mesmo daqueles caducos que, no mês passado assinaram uma “petição” para a inclusão de cachaça na cesta básica. (ver vídeo no endereço abaixo)

http://www.youtube.com/watch?v=fmtbqu4VhDs

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