Já dura vinte dias a polêmica sobre a estudante da faculdade de turismo de SP, que foi “expulsa” por ter ido às aulas metida numa exuberante mini-saia. Ontem mesmo, aqui em Brasília, os universitários fizeram uma marcha, nus, em apoio a ela. Venha para a UnB – dizia um cartaz -. Senadores subiram ao púlpito para fazerem defesa da moça. Reitores falaram sobriamente sobre o assunto. As feministas despacharam milhares de e-mails e de torpedos para a gerontocracia que controla o Estado e até alguns religiosos defenderam de cabeça erguida o direito sagrado de exibir sutilmente os fundilhos. Enquanto isso, lá no país de Cervantes, a Secretaria de Educação e Juventude da Província de Extremadura promove o curso: “O prazer está em suas mãos”, através do qual, jovens de 14 a 17 anos aprendem truques e técnicas masturbatórias. Além do prazer sádico de ficar assistindo desvarios desse tipo, tanto o de lá como o daqui, nos fazem lembrar que o suposto progresso humano é uma farsa. Que apesar das inovações tecnológicas e do teatro da modernidade, continuamos sendo os mesmos idiotas das cavernas e que, definitivamente, ainda não sabemos o que fazer com a região peluda, inflável e libidinosa que levamos entre as pernas.
Ezio Flavio Bazzo
Ezio Flavio Bazzo
A partir do momento que o sexo deixou de ser algo 100% do instinto e virou uma forma das pessoas se medirem, se julgarem e se controlarem, todas as dores do sexo surgiram e a sociedade adoece coletivamente criando identidades em cima de algo que já vem pronto e dispensa controles sociais excessivos. Tanto os homens quanto as mulheres sofrem na perda de liberdade causada pelas identidades sexuais.
ResponderExcluirGeisy Arruda = Técnicas de marketing pessoal, só isso.
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