Quando tenho algum tempo livre gosto de dar uma revisada nas conferências de Rajneesh, aquele charlatão indiano, tão lúcido que, em pouquissimo tempo fez muito mais sucesso que Cristo. Dizia:
-A música é bela, mas você tem de cessá-la. Maomé não gostava de música, porque a própria beleza da música pode manter alguém enraizado.
-Não tente me enganar. Eu próprio sou um enganador tão grande... você não pode me enganar.
-Não sou democrata. Sou ditador; é por isso que tantos alemães vêm a mim. Na verdade, eles vêm porque não conseguem encontrar ninguém na Alemanha. É por isso que eles vêm a mim. Sou um ditador com uma diferença: um ditador com o coração de democrata.
-Não seja covarde, esse é o único obstáculo para conhecer a verdade. É necessário ousar para conhecer; é preciso entrar no perigo.
-A vida é simplesmente uma canção que não tem sentido.
-Estar perto da beleza é estar perto da morte.
-E eu não sou um pregador. Pregar é sujo. Eu sou um amante.
-O idiota é duro, muito duro. É impossível que qualquer coisa penetre na cabeça de um idiota. A cabeça de um idiota está coberta com aço, nada pode penetrar nela.
-Sou um fim... Fim no sentido de que depois de mim não pode haver nenhum cristianismo, judaísmo, hinduismo, maometismo. Depois de mim não há possibilidade de nenhuma ideologia.
-Sou um trapaceiro. Você não pode me trapacear. Eu trapaceei tantos trapaceiros!
-Se houver um Deus, e eu tiver de encará-lo, Ele terá de me responder, e não eu responder a Ele.
-Eu não ensino outra coisa a não ser o destemor.
-A vida não é nada mais do que vinho e, em tais alturas, eu sei que sou um beberrão. Conheço as alturas supremas do Ser e nada pode ser mais alto que isso, eu sei.
-Sou um demônio! Sempre fui um demônio!
Ezio Flavio Bazzo
sim, o finado osho. o maior herege do século xx. espiritualidade não-reativa. um século antes, outro grande herege, nietzsche, teria caido na gargalhada. ou dado uma risada irônica de canto de boca. espiritualidade para espíritos livres. coisa entre apostadores. por falar nisso, chegou a hora d'eu partir. nesta despedida tomo as palavras do brilhante herege alemão, lidas para dr. breuer no filme 'the day when nietzsche wept':
ResponderExcluir"somos amigos.
é hora de nos separarmos.
éramos amigos e nos tornamos estranhos um para o outro.
é como tinha de ser.
não queremos ocultar nem obscurecer o fato como se tivéssemos de ter vergonha disso.
somos dois navios, cada qual com sua meta e seu curso.
nos tornamos estranhos um ao outro.
porque é a lei a qual estamos sujeitos"
ma'a-salama (adeus) caríssimo ezio
O Osho foi o Nietzsche reencarnado conra o Demiurgo dos primeiros gnósticos.
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