Cada dia vai ficando mais ridícula a idéia de que uma nação se faz com homens e livros, de que a leitura é tudo, de que os livros são nossos melhores amigos, de que com os intelectuais o mundo poderia ficar despreocupado, de que o prazer das crianças pela leitura salvaria a humanidade etc, etc e outras balelas do gênero. Por todos os lados há evidências de que isto não é verdade e de que os babacas, os analfabetos, os cretinos, os iletrados, os incultos e mesmo os que têm fobia por livros tendem a dar-se “social e economicamente melhor” nesse imenso bordel em que vivemos. Além do que, há um outro e sério agravante – mencionado inclusive pelo próprio Baudelaire: quanto mais o sujeito lê menos trepa. E por falar nisso, descobriram recentemente parte do acervo livresco de Adolf Hitler jogada nos porões da Biblioteca do Congresso em Washington. Dizem que o Fuhrer, apesar de sua cara de mocorongo, mantinha uma biblioteca particular de quase vinte mil exemplares dividida em cada uma de suas três casas: Berlim, Munique e Obersalzberg, sem falar dos milhares de títulos que ficavam no “Arquivo do Fuhrer” no subsolo da Sede do Partido Nazista. Segundo historiadores, o velho nazi - como seus principais generais - era obsessivo por leitura, lia um livro por noite e suas preferências iam da genética à fotografia, de Goethe a Robinson Crusoe, de Dom Quixote às Sagradas Escrituras. Se as teorias dos mistificadores da leitura estivessem corretas, - considerando a hecatombe social provocada por ele em sua época - imaginem o que esse sujeito poderia ter feito com a espécie e com o planeta se fosse apenas um analfabeto.
Ezio Flavio Bazzo
Ainda está para surgir uma psicologia real do personagem Adolf Hitler. Ele não era, acredito eu, essa pessoa extraordinária, sui generis, pela intensa crueldade e vilania que praticou (ou ordenou..). Acho que Hitler, no seu ítimo, tem muito mais em comum com o cidadão médio, com o pequeno-bruguês em geral, com um funcionário mediocre de qualquer repartição, do que supõe a nossa vã credulidade. A única coisa que o difere do homem comum seja talvez a sua capacidade admirável de encenação, a sua personalidade teatral, o seu histrionismo fatal. Some-se a isso uma dose maior de ressentimento, frustração, inveja e ódio (atributos encontrados em qualquer homem mediano) e teremos essa hecatombe da maldade, essa epilepsia diabólica.
ResponderExcluirFico imaginando, cá com os meus botões, o Hitler onanista trancado em sua biblioteca de 20 mil exemplares, tocando punheta para as mulheres que nunca comeu, obsessivamente...
Humano... demasiado humano.
pois sim, ler é antes de tudo um acontecer, não um agir! a leitura é um efeito, não um ser! livros anarquistas jamais farão que o estado desapareça. os diários de motocicleta de che guevara jamais farão uma revolução. todas as bíblias, torás e alcorões do mundo jamais farão deus existir. o my camp de hitler jamais fará desaparecer judeus, negros, ciganos e homos da face do planeta. o zaratustra de nietzsche jamais parirá o "além do homem". o cérebro precisa dos genitais. como os samurais, a palavra nunca está separada da espada. o letrado não é uma espécie que lê bem. uma nação se faz sim é da patriotada patética e dos delírios de nacionalidade.
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