O massacre consentido que Israel vem promovendo na Faixa de Gaza nesses últimos vinte dias, têm servido para reafirmar, além do espírito vil da espécie, duas questões importantes: uma, que os grandes carrascos geralmente são sobreviventes de uma chacina e outra, que o caráter que rege os organismos reguladores internacionais é o mesmo caráter frouxo e embusteiro das cortesãs. Verborréia para cá e verborragia para lá, a verdade é que todo mundo se caga de medo de criticar Israel e de ser considerado antissemita. É curioso que o silêncio a embromação e a demora de intervenção das nações diante dessa carnificina miserável em Gaza foram exatamente os mesmos durante o período em que os soldados do III Reich humilhavam, matavam e queimavam judeus e ciganos em seus fornos. Lá todo mundo se cagava de medo de Hitler e postergaram a intervenção até que as estatísticas registrassem seis milhões de cadáveres, aqui, o pacto diplomático é que chegue pelo menos a mil e quinhentos. A indiferença é generalizada. Os professores seguem dando suas aulinhas, os gestores rebolando e gastando seus vinte mil nos shoppings, os padres fazendo suas "prédicas" caducas e os poetinhas indo perfumados e onanisticamente as soirées. A propósito, foi Adorno que, em sua época lançou a pergunta: será possível fazer poesia depois de Auchuwitz? Será que no meio dessa alienação decadente e dessa submissão ignóbil alguém se perguntará se será possível fazer poesia depois de Gaza?
Ezio Flavio Bazzo
graças ao bolso do mecenas judeu Felix Weil, a escola de frankfurt foi criada. grupo de intelectuais responsável por instituir o medo da crítica contra os judeus e em seguida contra o estado de israel. ah.. quanta ideologia sionista sob as barbas de marx! até nietzsche conseguiram arrastar para dentro de tamanha farsa. mecenas e intelectuais, juntos. até mesmo conseguiram tirar dos árabes a qualidade de povo semita. ser anti-semita é ser contra árabes e judeus! ezio lhe convido para impossibilitarmos qualquer possibilidade de poesia hipócrita. vamos lembrar ao populhaco - adoro essa tua expressão - metidos à poetas que além de gaza os massacres continuam:
ResponderExcluirespanha e frança contra bascos e catalúnia;
turquia, irã, líbano e iraque contra kurdistão;
marrocos contra sahara ocidental;
brasil contra povos da amazônia;
austrália contra aborígenes;
china contra tibet;
amárica latina contra povos andinos;
nova guiné contra papua ocidental;
sri lanka contra tamil nadu;
paquistão contra baluchistão;
russos contra chechenia;
polônia e ucrânia contra galícia;
frança e itália contra córsica e sardinia;
itália contra friuli, vale de aosta e occitânia;
grã-bretânia contra britannia e cornwall;
reino unido contra gales;
dinamarca contra ilhas feroes;
pois bem, há alguns meses alguém me disse a seguinte frase: "todo povo tem os seus judeus, os dos judeus são os palestinos."
interessante o brasil - país ultra-conservador travestido de multiculturalismo. nunca foi possível fazer poesia, genuinamente brasileira, desde seu infeliz descobrimento. do ano de 1500 para cá produziu-se, e ainda produz, milhares de cadáveres indígenas oriundos de centenas de culturas diferentes. durante essa longa noite colonial, imperialista e ditatorial, não se escreveu, uma linha se quer, na qual conseguíssemos identificar elementos poéticos dessas culturas originárias extintas e em extinção. sempre escritores, de talentos duvidosos, falando de problemas existencias e morais europeus em paisagens tropicais. tal como atores e atrizes da rede globo de tv travestidos e travestidas de indianos.
ResponderExcluirEzio,
ResponderExcluirA classe média ilustrada sempre fala mal dos israelenses e bem dos palestinos nestes confrontos. Mas e os totalitarismos islâmicos? Arábia Saudita, Irã, Síria, Hamas, Hezbollah, talebans... Viver sob estes regimes despóticos não é bem pior que em Israel e no Ocidente?