A recente atuação do STF com relação ao julgamento dos quarenta vivaldinos do mensalão e mais a cassação do Presidente do Senado que deverá ocorrer na semana que vem – a contragosto de muitos daquela casa - dará mais um fôlego e mais uma ilusão à ingênua população brasileira que, de tantos sapos, frustrações e vexames que vem engolindo pelos anos afora, contenta-se agora com uma demagogia aqui, com uma performance estatal populista acolá, com frases de efeito e com promessas vãs, sem conseguir enxergar que o regime republicano, com seus falsos poderes, suas eleições, nomeações, com seu fisco, com sua burocracia etc é um equívoco que se instalou misteriosamente em todo o planeta mantendo um
Poder desmedido nas mãos de corjas e de gangues ao mesmo tempo em que conserva a possibilidade de soberania humana algemada. Ao invés dos milhares de Comissões espalhadas pelos ministérios e pelos Estados para especular infinitamente sobre o óbvio e sobre idiotices, bem que poderia existir uma, pelo menos uma com a função de inventar às pressas outra maneira de se administrar a vida pública para, com isso, podermos finalmente sair desse clima de cloaca e jogar nossa atual e caquética herança platônica no lixo.
Ezio Flavio Bazzo
ah! que nos mostrem a "coisa pública" (res publica)! interpretação quase erótica. tal qual "coisa em si". aquilo que está por de trás do véu. por baixo da anágua. dentro da cueca. res púbica, "pentelho". ok, ok, voltemos ao foco: a máquina pública mais privada possível. transmigração do bem comum para quem está no comando das instituições. por exemplo, aqui em brasília, a cidade não é de quem nela vive, pertence ao departamento de urbanização. este diz o que pode e o que não pode nas casas. na w3 sul expulsaram cabelereiras, pousadas, brechós e até uma casa de acolhimento. enquanto o espírito bilontra do povo persistir, o que lhe pertence enquanto coletivo, será apropriado e sucateado pelos patifes neo-republicanistas, descendentes decadentes de roma, eleitos.
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