"Não me venham agora gritar e fazer gestos de liberdade sacudindo no ar vossas correntes...!"
V.V.
Depois de prometer estrangular as áreas de humanas nas universidades, agora o Ministro da educação também ameaça cortar recursos daquelas universidades que, "ao invés de ensinar promovem a balbúrdia em seu interior".
Balbúrdia! Esta palavra é pouco usada em nossa língua mas, por intuição, todo mundo entende que, neste caso é sinônimo de bagunça, de desordem, mediocridade, festanças, e etc. É visível que os governantes do momento têm uma visão bem antiga e retrograda da Universidade, quando ela ainda era apenas uma extensão dos conventos, das sacristias e das paróquias e seus mestres eram todos teólogos, monges, freiras, frades ou padres bizantinos... Dizem que a primeira a existir no mundo foi na Índia e que era administrada por um monge budista. E que foi seguida por outras no mundo islâmico, também administrada por líderes religiosos. E que quando chegou no ocidente, vía Bologna, era praticamente uma extensão do gheto jesuítico.
Mas chorar e estrebuchar agora é tarde!
A dita "esquerda" que em seus quase trinta anos no poder não conseguiu resolver dignamente a questão da Amazônia, nem a questão das terras, nem a questão das águas, nem a questão dos nativos; nem a questão dos esgotos; nem a questão dos cartórios; nem a questão das escolas; nem a questão dos hospitais; nem a questão dos bancos; nem a questão do envenenamento dos alimentos; nem a questão das estradas; nem dos Direitos Humanos; nem a questão da violência; nem a questão da polícia e dos presídios; nem a questão da miséria... e que nem sequer conseguiu convencer o populacho da importância de lavar-se as mãos... vê agora, catatônica e estupefata essa negligência refletir-se também nas universidades, lá onde os tais professores & gestores que, ao invés de, nestas duas ou três décadas, as terem transformado em centros universais libertários, focos de saber, de lucidez, de transbordamento e de prazer, deixaram tudo se deteriorar e cristalizar na mais ingênua mediocridade. Eles que poderiam ter feito de cada universidade algo, pelo menos com a dinâmica dos mercados persas, onde se aprenderia de teologia a satanismo; de Marques de Sade à Madre Tereza de Calcutá; de democracia a terrorismo; de marxismo e anarquismo a espiritismo; de circo a construção de galinheiros; de matemática a Tarôt; de streep-tease à renúncia radical; tanto a fazer partos como a administrar a eutanásia etc... agora choramingam e se apavoram ao ver que tanto o Estado como as Universidades serão, por um bom tempo, gerenciados e garoteados por homens educados sob os pressupostos da caserna.
Que as universidades não cheguem a ser aquilo para que foram destinadas este é mais um dos sintomas de nossa burrice, de nossa pobreza mental, de nosso desvario e de nossa vã mediocridade... E la nave va...
V.V.
Depois de prometer estrangular as áreas de humanas nas universidades, agora o Ministro da educação também ameaça cortar recursos daquelas universidades que, "ao invés de ensinar promovem a balbúrdia em seu interior".
Balbúrdia! Esta palavra é pouco usada em nossa língua mas, por intuição, todo mundo entende que, neste caso é sinônimo de bagunça, de desordem, mediocridade, festanças, e etc. É visível que os governantes do momento têm uma visão bem antiga e retrograda da Universidade, quando ela ainda era apenas uma extensão dos conventos, das sacristias e das paróquias e seus mestres eram todos teólogos, monges, freiras, frades ou padres bizantinos... Dizem que a primeira a existir no mundo foi na Índia e que era administrada por um monge budista. E que foi seguida por outras no mundo islâmico, também administrada por líderes religiosos. E que quando chegou no ocidente, vía Bologna, era praticamente uma extensão do gheto jesuítico.
Mas chorar e estrebuchar agora é tarde!
A dita "esquerda" que em seus quase trinta anos no poder não conseguiu resolver dignamente a questão da Amazônia, nem a questão das terras, nem a questão das águas, nem a questão dos nativos; nem a questão dos esgotos; nem a questão dos cartórios; nem a questão das escolas; nem a questão dos hospitais; nem a questão dos bancos; nem a questão do envenenamento dos alimentos; nem a questão das estradas; nem dos Direitos Humanos; nem a questão da violência; nem a questão da polícia e dos presídios; nem a questão da miséria... e que nem sequer conseguiu convencer o populacho da importância de lavar-se as mãos... vê agora, catatônica e estupefata essa negligência refletir-se também nas universidades, lá onde os tais professores & gestores que, ao invés de, nestas duas ou três décadas, as terem transformado em centros universais libertários, focos de saber, de lucidez, de transbordamento e de prazer, deixaram tudo se deteriorar e cristalizar na mais ingênua mediocridade. Eles que poderiam ter feito de cada universidade algo, pelo menos com a dinâmica dos mercados persas, onde se aprenderia de teologia a satanismo; de Marques de Sade à Madre Tereza de Calcutá; de democracia a terrorismo; de marxismo e anarquismo a espiritismo; de circo a construção de galinheiros; de matemática a Tarôt; de streep-tease à renúncia radical; tanto a fazer partos como a administrar a eutanásia etc... agora choramingam e se apavoram ao ver que tanto o Estado como as Universidades serão, por um bom tempo, gerenciados e garoteados por homens educados sob os pressupostos da caserna.
Que as universidades não cheguem a ser aquilo para que foram destinadas este é mais um dos sintomas de nossa burrice, de nossa pobreza mental, de nosso desvario e de nossa vã mediocridade... E la nave va...