O
recente enjaulamento dos onze ou doze torcedores do Corinthians na penitenciária boliviana de San Pedro,
serviu-me, pelo menos para uma coisa: para que voltasse a reler um
excelente texto de Benoît Charlemagne, titulado: O lugar mais bonito do mundo. 260
páginas onde o autor descreve a vida interior da prisão San Sebastian, em Cochabamba (não é curioso que por lá as prisões tenham nomes de santos?). Depois de já ter vivido
entre os clochards de Chicago, entre os favelados de Seine-Saint-Denis e
entre os leprosos da Índia, etc., Benoît resolve internar-se voluntariamente
nessa prisão boliviana na cidade de Cochabamba. A narrativa do dia-a-dia é... de fazer inveja até a Dante Alighieri...
E
por falar em torcedores, seria pertinente que - diante do risco de, por
estupidez, virem a apodrecer como forasteiros num cárcere andino -
processassem o Estado brasileiro, suas Famílias e seus Clubes por terem permitido e até fomentado que chegassem a um estágio tão crônico de histerismo, adestramento e de alienação. O
que é um torcedor? Um bobalhão e um pobre coitado!
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