As
confissões (que os padres arrancam dos beatos com ameaças do "fogo eterno") que dos presos comuns ainda se continua arrancando com pauladas,
socos, chutes, choques, tiros e terrorismo prisional, dos indiciados mais bem
relacionados, mais bem vestidos e com contas bancárias mais
rechonchudas se está começando a arrancar com a tal delação premiada,
essa excrescência que, em termos de "honra" e de autoestima, é sempre
bem pior que as labaredas, a cadeia e que o próprio crime... O que o delator
ganha em liberdade física, perde em decência, em dignidade e em "amor próprio",
principalmente porque sabe que sua delatione, além de facilitar o
trabalho da polícia, serve apenas para defender a onipotência do estado, com
seus agiotas e com seus cães farejadores, e mais: para eternizar a tirania
dessa abstração infernal que tanto para Hobbes como para Nietzsche, sempre foi
e sempre será um monstro.
E
é bom que os juízes e os teóricos desse perdão judicial e dessa extorsão premiada saibam: o que realmente poderia interessar à espécie e a qualquer um, algo que
realmente viesse amenizar a loucura e o absurdo desta imensa penitenciária que
é o mundo, não é, em hipótese nenhuma, confessável e nem delatável...
Nenhum comentário:
Postar um comentário