Para ser ouvida depois das encenações, da pólvora e da fumaça...
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
O ROMANTISMO DA PROSTITUIÇÃO (Carta de Cioran a Jacques Le Rider a propósito de Weininger)
Lendo seu livro sobre meu antigo e distante ídolo não pude deixar de pensar no acontecimento que foi para mim a leitura de Geschlecht und Charakter (sexo e caráter). Era 1928, eu tinha dezessete anos e, ávido de toda forma de excesso e de heresia gostava de extrair as últimas consequências de cada ideia, levar o rigor até a aberração, até a provocação, conferir ao furor a dignidade de um sistema. Dito com outras palavras: tudo me apaixonava salvo el matiz. Em Weininger me fascinava a exageração vertiginosa, o infinito dentro da negação, o repudio ao sentido comum, a intransigência mortífera, a busca de uma posição absoluta, a mania de conduzir um raciocínio até o ponto em que ele se destrói a si mesmo e arruína o edifício do qual faz parte. Além disso me fascinava sua obsessão pelo criminoso e pelo epiléptico (especialmente acentuada em Uber die letzten Dinge [sobre as coisas últimas], o culto pela fórmula genial e pela excomunhão arbitrária, a equiparação da mulher com o Nada e inclusive com algo menor. A esta afirmação devastadora minha adesão foi completa de entrada. O objeto desta carta é dar-lhe a conhecer as circunstâncias que me levaram a comungar com ditas teses extremas sobre o mencionado Nada. Circunstância trivial, se é que existe, que entretanto, ditaria meu comportamento durante vários anos, de fato durante toda minha existência de estudante. Ainda frequentava o Liceu e estava enamorado da filosofia e de uma... jovem, estudante como eu. Detalhe importante: não a conhecia pessoalmente, apesar de pertencer ao mesmo meio social que minha família. Como acontece frequentemente com os adolescentes, eu era cada vez mais insolente e tímido, mas minha timidez era maior que minha insolência. Durante mais de um ano suportei aquele suplício, que culminou no dia em que, lendo sob uma árvore no parque da cidade, de repente ouvi risadas. Quando me virei... vi que era ela em companhia de um de meus companheiros de classe, justamente o que mais desprezávamos e que era conhecido por todos como “o piolho”. Apesar de fazer cinquenta anos, recordo perfeitamente o que senti naquele instante. Mas me nego às precisões. O fato é que jurei no ato acabar com os “sentimentos”. E foi assim como me converti em um frequentador assíduo dos bordeis. Um ano depois dessa decepção, radical e corrente ao mesmo tempo, Weininger apareceu em minha vida. Eu me encontrava na situação ideal para compreendê-lo. Suas magníficas enormidades sobre as mulheres me embriagavam. Como era possível que eu tivesse me encaprichado com uma paródia de ser?, me perguntava sem cessar. Por que esse tormento, esse calvário por causa de uma ficção, de um Nada encarnado? Um predestinado havia chegado, por fim, para liberar-me. Porém aquela liberação me lançaria numa superstição que ele condenava, uma vez que caí nesse Romantik der Prostitution incompreensível para as pessoas sérias e que é uma especialidade do Este e do Sudeste da Europa. De qualquer forma, minha vida de estudante se desenvolveu sob o encanto da puta, à sombra de sua degradação protetora, calorosa e inclusive maternal. Weininger, proporcionando-me as razões filosóficas para execrar à mulher “honesta”, me curou do “amor” durante o período mais orgulhoso e frenético de minha vida. (em Ejercicios de admiracion y otros textos. Tusquets Editores, 1992.)
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
O CALENDÁRIO MAIA E AS CATÁSTROFES DE 2012...
Segundo o calendário e as crenças daqueles pobres indígenas o ano de 2012 será um ano de surpresas para nosso planeta, ano em que conheceremos o esplendor do caos e quando quase todos (não importa nosso signo) voaremos em desespero e aos pedaços pelos ares... O tal calendário sugere que o universo se colocará em cólera em 2012, que os mares sairão de seus berços, que estrelas e meteoritos incendiários despencarão aqui e ali, que as praias desaparecerão, que os ventos levarão nossas casas como se fossem penicos de plástico etc. etc. Pode até ser que tenham razão, mas bem que aqueles simplórios selvícolas poderiam ter previsto pelo menos a chegada dos bandidos europeus em suas terras e tribos evitando assim o pisoteamento de que foram vítimas. O curioso é que muita gente que conheço, inclusive gente culta, já está ansiosa olhando para os “céus” em busca dos meteoritos que se espatifarão no quintal de suas casas, olhando 24 horas para o mar em busca das tsunamis que invadirão suas coberturas, suas garagens e suas igrejas... Há gente que não dorme esperando de terno e gravata e de malas prontas por alguma mensagem na escuridão da noite, por alguma estrela guia ou por alguma inscrição reveladora rabiscada no meio das nuvens. A catástrofe lhes parece algo tão certo e tão inquestionável que estão até vendendo suas casas a beira-mar e migrando para regiões montanhosas do país. A propósito: se alguém que mora em Búzios, Ipanema, Ilha Bela, Bahamas ou lugares parecidos quiser negociar suas casas ou seus apartamentos em troca de amparo espiritual ou de orações, pode entrar em contato através do tel./01023-45834.
sábado, 25 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
APARECIDA ESTÁ BOMBANDO...
Pelo fato do Santuário Nacional de Aparecida, neste final de semana ter batido o recorde de visitas, DEZ MILHÕES de romeiros (quinhentos mil a mais que dezembro de 2009) meu correspondente do Mato Grosso, indignado, enviou-me a seguinte reflexão:
[Com cada vez mais devotos fazendo romaria e ORANDO no "Santuário Nacional de Aparecida" é para se suspeitar que as coisas não andam bem neste país sarneyco... porque SOMENTE OS INFELIZES e EGOÍSTAS BUSCAM DEUS e seus "agentes" fora das suas próprias consciências (ou coração, como diz o Datenão da Band - já que não as possuem), para tentar resolver os "seus" problemas mais mundanos e mesquinhos: de dinheiro, de saúde e até de relacionamentos com parceiros. Desta forma, nada mais fazem que demonstrar a negação e um claro desrespeito à "clarividente justiça divina", colocando o "Altíssimo" ao nível das suas próprias misérias morais! Senhor, a culpa é Sua, por lhes conceder o "livre arbítrio"!... Perdoai-os por tanta estupidez!!! E... por favor, não esqueça o da Band...]
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Ao leitor.... As flores do mal...
A tolice, o pecado, o logro, a mesquinhez
Habitam nosso corpo e o espírito viciam,
E adoráveis remorsos sempre nos saciam,
Como o mendigo exibe a sua sordidez.
Fiéis ao pecado, a contrição nos amordaça;
Impomos alto preço à infâmia confessada,
E alegres retornamos à lodosa estrada,
Na ilusão de que o pranto as nódoas nos desfaça.
Na almofada do mal é Satã Trismegisto
Quem docemente nosso espírito consola,
E o metal puro da vontade estão se evoca
Por obra deste sábio que age sem ser visto.
É o diabo que nos move e até nos manuseia!
Em tudo que repugna, uma jóia encontramos;
Dia após dia, para o Inferno caminhamos,
Sem medo algum, dentro da treva que nauseia.
Assim como um voraz devasso beija e suga
O seio murcho que lhe oferta uma vadia,
Furtamos ao acaso uma carícia esguia
Para espremê-la qual laranja que se enruga.
Espesso, a fervilhar, qual um milhão de helmintos,
Em nosso crânio um povo de demônios cresce,
E, ao respirarmos, aos pulmões a morte desce,
Rio invisível, com lamentos indistintos.
Se o veneno, a paixão, o estupro, a punhalada
Não bordaram ainda com desenhos finos
A trama vã de nossos míseros destinos,
É que nossa alma arriscou pouco ou quase nada.
Em meio às hienas, às serpentes, aos chacais,
Aos símios, escorpiões, abutres e panteras,
Aos monstros ululantes e às viscosas feras,
No lodaçal de nossos vício ancestrais,
Um há mais feio, mais iníquo, mais imundo!
Sem grandes gestos ou sequer lançar um grito,
Da Terra, por prazer, faria um só detrito
E num bocejo imenso engoliria o mundo;
É o Tédio! - O olhar esquivo à mínima emoção,
Com patíbulos sonha, ao cachimbo agarrado.
Tu o conheces, leitor, ao monstro delicado
- Hipócrita leitor, meu igual, meu irmão.
(Charles Baudelaire)
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Noticias e entretenimentos insólitos...
Apenas no ano de 2010 os gestores, os executivos, os governantes, e os lobistas cumpliciados com “artistas” locais e nacionais desviaram aqui no DF 40 milhões dos “cofres estatais”. Justificativas: shows para as massas; os artistas devem ir onde o povo está; entretenimento para os trabalhadores; arte popular; exposições de alta relevância; filmes de longa, curta e micro metragens; divulgação da cultura; incentivo e circulação do saber e mais alguns neologismos infames que nem me lembro. Tudo superfaturado e tudo de qualidade visivelmente precária. Duvido que tenha ficado pelo menos uma centelha desses abacaxis na memória do populacho. Eu que assisti a quase todos, posso assegurar que quatro milhões já teria sido uma infâmia, imaginem então quarenta milhões. Mas agora não adianta os Ministérios, a polícia, as donas de casa e outras trupes de invejosos e moralistas espernearem. A grana já foi despachada para Paris, Londres, Hong Kong ou até mesmo enterrada nos jardins da Babilônia.
Prenderam o chefe do WikiLeaks com o argumento papal de que ele havia comido duas suecas sem camisinha. Como naquele país esse fato tem a conotação de estupro foi encarcerado. Ora, ou as tais mulheres eram retardadas mentais, paralíticas ou coisa parecida e não tinham soberania alguma ou então ele teria que tê-las forçado a tal. Só que quem conhece o diâmetro das coxas e o porte médio das suecas e já viu o físico do Julian Assange entende logo que essa segunda hipótese não seria possível e que, portanto, tudo não passa de uma calúnia com fins judiciários.
Dizem que a apresentadora e octogenária Hebe Camargo está saindo de uma empresa de TV para outra onde faturará mensalmente uns setecentos mil Euros. Para que? Para seguir fazendo as mesmas macaquices de décadas a uma platéia geriátrica. Enquanto isto os cirurgiões dos Hospitais Universitários ganham mil e oitocentos reais por mês e as turbas na periferia de Brasília seguem se matando por vinténs, churrasqueando vacas com aftosa e assando porcos pesteados.
domingo, 12 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
O WikiLeaks, a Imprensa domada e Rita Lee...
Além das obviedades e das frescuras que os acontecimentos relacionados ao WikiLeaks estão revelando, existe algo ainda mais sutil e mais importante neste fenômeno, ele está servindo como um canal clandestino através do qual alguns jornalistas, aqueles que não se venderam e nem se vendem a seus patrões podem "vazar", divulgar e publicar aquelas noticias "proibidas"e "congeladas"nos gavetões dos diretores de redação. Não é novidade para ninguém que a grande maioria dos repórteres e dos jornalistas está exausta e desolada de tanto seguir escrevendo mesmices, de tanto cobrir matrimônios, o Sete de Setembro e o dia de Cosme e Damião. Esses profissionais não escondem mais o tédio de tanto fazer a cobertura da posse de bandidos, dos shows natalinos, do final de ano, das missas de sétimo dia, das ereções dos pedófilos, viagens de madames, marcas de automóveis, legalização de condomínios, intimidades de goleiros, resenhas de best-sellers, fofocas de novelas, os benefícios do chá de artemísia, panegíricos mútuos entre poetinhas histriônicos etc, etc, etc. Ora, todos sabem que isso não tem nada a ver com a velha idéia de uma imprensa verdadeira e revolucionária... E como esse show diário de superficialidades tem sido eficiente para manter os rebanhos ruminando e os ignorantes cada vez mais acéfalos, mesmo que o WikiLeaks não de em nada, mesmo que amanhã seja incluído na conhecida música da Rita Lee (abaixo), pelo menos até agora ele tem servido para lembrar, à imprensa e a nós, quais notícias e quais informações realmente interessam...
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
08 DE DEZEMBRO DE 1949...
Uma das pessoas que me felicitou pela data de hoje, fez questão de lembrar-me, maliciosamente, claro, que nasci numa aldeia chamada Santa Helena, no Estado de Santa Catarina e no dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, portanto, estava evidente que havia existido uma espécie de conspiração para que eu me tornasse um lunático, um frade, um cardeal ou no mínimo um coroínha... Senti minhas orelhas pegando fogo! Imaginem se esse sujeito soubesse que minha família fazia questão de dizer-se Católica Apostólica Romana e que rezava diariamente a Salve Rainha na penumbra e em latim!
SALVE Regina, - ouvia-se ao cair das tardes - Mater misericordiae, vita, dulcedo, et spes nostra salve.Ad te clamamus, exsules filii Hevae;Ad te suspiramus, gementes et flentes in hac lacrimarum valle. Eia ergo, advocata nostra illos tuos misericordes oculos ad nos converte. Et Jesum, benedictum fructum ventris tui, nobis post hoc exilium ostende. O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria. Ora pro nobis, sancta Dei Genitrix.
Outro correspondente, com a mesma ironia, recordava-me que nasci no mês de dezembro (mês do suposto nascimento de Cristo) e, ainda por cima, no dia 8, número que para a Opus Dei primitiva era considerado símbolo da ressurreição e cuja perfeição se refletia no octógono da pia batismal ou do batistério como expressão do feminino, do seio da igreja etc. Senti meu coração fora de ritmo. Imaginem se soubesse que nasci exatamente às 08:00 da noite! Um judeu mexicano mandou-me três linhas apenas para informar-me que, por motivos cabalísticos, a circuncisão é feita sempre no oitavo dia depois do nascimento. Uma senhora esotérica cuja casa parece um bunker budista enviou-me uns folhetos onde aparece a famosa roda-simbolo do budismo com seus 8 raios e ao lado uma flor de lótus com suas 8 folhas. Essa mesma senhora escreveu no rodapé, em letras maiúsculas, que são 8 os caminhos que conduzem à perfeição, etc, etc. Um dos antigos discípulos de Rajneesh mandou-me uma estatueta de Vishu (o deus hinduísta) com seus 8 braços, enquanto o velhinho acupunturista, ao mesmo tempo em que me enfiava a oitava agulha no cotovelo esquerdo ia resmungando que no Japão, o número 8 é considerado o número de grandeza fundamentalmente incomensurável...
Por fim, um homem de ciência, ou quase, um psicólogo que já está a um passo do manicômio, bateu-me calorosamente nas costas e, dando voz a Aristóteles e a Pitágoras, querendo fazer-me acreditar que eu era mais do que era, lembrou que o 8 é um número perfeito, o primeiro número cúbico e que a perfeição de um número é alcançada sempre na terceira potência... Uffa!!!
No final do dia estava verdadeiramente exausto e apavorado com tantas bobagens e até mesmo com minha longinqua e obscura entrada no mundo. Nas horas que passei refletindo sobre esse assunto, conclui que o acontecimento mais importante desses momentos todos e que talvez tenha sido verdadeiramente decisivo para que eu não me tornasse um babaca fervoroso, foi o fato (e isto é quase um segredo) de o médico-parteiro aquele que me arrancou das entranhas de minha mãe ter um sobrenome bizarro e profano: chamava-se, sem brincadeira, Dr. Picanço.
VOCÊ E SEU AMOR SECRETO PELOS BANQUEIROS...
Você aí que no passado vivia berrando pelas ruas que os banqueiros deveriam ser todos enforcados, você que atirou mais de um coquetel molotov nas vidraças das agencias nacionais e estrangeiras e que agora, misteriosamente, os considera "um mal necessário" e até mesmo o "pilar central da democracia" deveria, além de ter vergonha na cara, ler com cuidado as trinta e tantas páginas secretas que, não faz muito, os caciques gringos do Citigroup enviaram para seus principais acionistas. Aquelas raposas engravatadas concluíram o óbvio: os EEUU não são mais uma democracia, mas sim uma Plutocracia, isto é, uma sociedade controlada por 1% da população, por aqueles que monopolizam 95% das riquezas. Os tais memorandos além de mencionar o abismo aberto entre os pobres e eles próprios (que se consideram descaradamente uma nova aristocracia) também chamam a atenção para as demandas sociais por uma melhor divisão das riquezas como uma ameaça cada vez maior. O fato dos não ricos terem o poder do voto os inquieta. O fato de eles, os remediados, terem 99% dos votos e nós apenas 1% é motivo de risco – alertam. Por que os 99% se submetem a 1%?, perguntam-se esses gestores da bandidagem financeira, e eles próprios respondem: ora, porque a maioria dos eleitores não ricos alimenta a ilusão de que um dia eles próprios, se continuarem se esforçando, dando o sangue e o melhor de si mesmos, chegarão a ser ricos como nós e ingressarão nas nossas confrarias. Esses mesmos banqueiros e grandes acionistas não escondem a satisfação pelo fato de verem tanta gente, tanto dentro como fora daquele pais, ter acreditado e se contaminado pela idéia fútil e caipira do “sonho americano”. Mas isso é só uma forma de desprezo a mais pela turba, pois nenhum deles demonstra ter a mínima intenção de dividir absolutamente nada com os correntistas e muito menos com o populacho.
domingo, 5 de dezembro de 2010
O repórter Datena e os ateus...
O Ministério Público Federal determinou nesta semana que o Sr Jose Luiz Datena (aquele gorduchinho e falastrão da Bandeirante) se retrate perante os ateus pelas bobagens preconceituosas e beatas que emitiu durante seu programa. É inacreditável que as concessões de TVs continuem sendo feitas a energúmenos e a manipuladores das massas sem nenhum controle social. Mas assim mesmo acho a decisão do MPF uma bobagem tola. Ao invés de obrigá-lo a retratar-se, deveria obrigá-lo a demonstrar em público que suas crenças teístas têm algum fundamento ou então, que tivesse que discursar pelo menos uns quinze minutos sobre seu Deus sem repetir a baboseira infame, infantil e mercantil que todos conhecemos. Claro que seria um fiasco espetacular. É impressionante que essa gente que defende a idéia de um Deus nesses moldes praticamente primatas acredite que seria amparada por ele. Duvido! Não é possível que uma divindade, fosse a que fosse, viesse a ser condescendente com esse tipo de picaretas e de alienados...
sábado, 4 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Dos esgotos de Paris e dos esgotos do Morro do Alemão...
Exatamente como Jean Valjean do romance Os miseráveis, os bandoleiros do Morro do Alemão se escafederam e saíram da cena de batalha através dos esgotos. Que tristes momentos devem ter experimentado ao terem que, além de deixar para trás montanhas de pó, toneladas de fumo, dúzias de armas automáticas, mergulharem na própria imundice... Todo mundo está curioso para saber onde se meteram, mas até agora não se tem a mínima idéia. Outra curiosidade, quase nacional, é a respeito de seus clientes, tanto das redondezas como dos bairros luxuosos e intocáveis daquela urbe, os tais artistas, os tais executivos, os tais agentes públicos, as madames desocupadas, os adolescentes desvairados, os intelectuais, os midiáticos, os delirantes e os porra-loucas em geral, quem irá fornecer-lhes a mercadoria neste breve período de turbulência?
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