Cercado por mendigos, pedintes, camelôs, aleijados, batedores de carteira, negociantes, piranhas, travestis, bicheiros e homens públicos, o antigo prédio do Theatro Municipal do Rio de Janeiro reaberto ontem, lembra a parábola bíblica das pérolas aos porcos. Tempo de reforma: 800 dias. Gastos: 80 milhões. O que significa uns dois milhões e meio por mês e tudo por amor à arte. Parece que foi reaberto com Villa Lobos e Chopin, mas só para “autoridades”. Na programação do semestre estão previstos Il trovatore (uma das velhas lengalengas de Verdi) e nada mais nada menos que a xaropada de Romeu e Julieta. É curioso e quase um enigma o fato da burguesia intelectual e dos novos ricos não evoluírem e não deslancharem mentalmente! Bem que poderiam ter oferecido aos teatrolatras algo mais condizente com a realidade local e até bem mais moderno. Na overture de ontem, - por exemplo – poderiam ter contratado Roberto Carlos e Agnaldo Timóteo e nos primeiros eventos da programação do ano A gaiola das loucas e/ou O bandido da luz vermelha. Um dos contrabandistas de material pirata que vende há décadas ali na Cinelândia, jurou ter conseguido um convite com um amigo vereador, mas que, ao invés de usá-lo, preferiu vendê-lo para a filha adolescente de uma socialáite. Esse próprio trambiqueiro – que assistiu atento a chegada dos convidados – assegurou a outro marginal das redondezas que se a "Lei da ficha limpa" valesse também para o Teatro, mais de dois terços do auditório teriam ficado vazios...
Como assim???
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/ciencia/742938-na-unb-disco-voador-e-astrologia-tem-status-de-ciencia.shtml
Explica essa Ezio! rs rs rs