domingo, 21 de setembro de 2025

Sevilla... 40 graus


Cansado de ser roubado em Lisboa, é sempre recomendável vir para a Espanha. O roubo é o mesmo, mas dá a ilusão de ser diferente. As viagens, que no passado eram uma maravilha, agora se resumem a essa multidão de idiotas, a esse rebanho de babacas se acotovelando na porta dos tais museus... e das tais igrejas... e comendo.., comendo...
Se não fosse a brisa fresca do Quadalquivir, a vida seria impossivel por aqui, nestes dias. Mas Sevilla é sempre Sevilla. Parafraseando aquele Ministro, aconteça o que acontecer, teremos sempre Sevilla. Com seus Patas Negras dependurados por todos os lados e com os ossos de Colombo sendo cultuados ali na Catedral. Carne de porco por todos os lados. Teria sido por isso que os judeus "fugiram" daqui horrorizados... Triana! Um café ao lado do beco da inquisição dos ciganos... [Entre plumas y campanas la luz viene y se arridilla viendo pasar a Triana...]
Por falar em catedral, uma igreja que não tem uma cigana mendigando em suas escadarias e escrutinando o mundo com seus olhos mouros, não é confiável e nem sagrada o suficiente... Agora, aqui entre nós, uma cigana usando óculos, é o fim da picada, fim da cultura e das fantasias...  Sevilla 40 graus! Se perde 50% do tempo peocurando sombras, bebendo agua e mijando... Pero, no pasa nada... Y la nave va...


EM TEMPO: Ali ao lado das águas do Guadalquivir, a famosa e indecente Torre do Ouro. Onde, todo o ouro que vinha rapinado lá das américas, ficava inicialmente depositado, à espera de ser encaminhado para a Capela de lá Maria Santissima de la Estrella, ali na calle Jacinto. Ou para as de Toledo...
E, também por aqui, no noticiário e no blábláblá de todos os dias, a expressão de um imaginário fundamentado no horror do Eclesiastes...
Finalmente, a criação do Estado Palestino.





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