terça-feira, 22 de abril de 2025

E a morte do pontífice continua desencadeando o mais patético lero-lero entre palhaços. Pelo menos está servindo para escancarar o sectarismo e o proselitismo barato dos meios de comunicação, a pobreza de linguagem da alta/média e pequena burguesia, e, o mais grave, a depressão latente do rebanho. Observem como os elogios ao papa são melancolicamente pobres e vazios. Não se entende o que querem dizer e insistem na tal humildade, como se ser humilde num mundo de trapaceiros, de hipócritas e de ladrões, fosse uma virtude. Atenção: quando ouvires alguém, esteja em terno, batina ou em farrapos, se referindo à humildade do morto, saibas, de imediato, que estás diante de um palhaço. Enfim, apesar da desgraça que qualquer morte enseja, que tudo isso nos sirva, pelo menos, para começar a incluir nas UPAS, no SUS e nas CRECHES, setores inteiros de psicologia, de antropologia, de linguistica e até mesmo de filosofia. E não se iludam: se, durante o funeral, algum feiticeiro romano ordenasse ao morto: levanta-te! Duvido que ele aceitasse, outra vez, uma provocação de tal desonestidade... Porque um papa, sabe melhor do que ninguém, que as massas são como a limalha que se aglomera em redor de qualquer imã... e que é preferível ser imã do que ser limalha...



Em outras palavras, como se perguntava Coleridge:

"Se um homem atravessasse o paraíso em um sonho e lhe dessem uma flor como prova de que realmente estivera lá, e se ao despertar encontrasse essa flor em sua mão... e daí?"














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