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Um dos livros que gostaria que meus leitores tivessem em sua
estante, na cabeceira da cama, na gaveta de seu escritório ou no fundo de suas mochilas, ou mesmo que fosse adotado já lá nas escolas do Primeiro Grau é o livro de W.
Stekel, titulado Atos impulsivos.
Ali há quase tudo o que um sujeito precisa saber sobre o manicômio que é o
mundo e sobre as loucuras e as patologias secretas que carregamos e alimentamos. Estou aqui
pelos lados da Piaza República Argentina (se não me engano) num ambiente, pelo
menos nesta hora, mais ou menos povoado por andarilhos, mendigos, imigrantes e
outros desgraçados. Sento-me ao lado de uma velhinha idêntica àquela bruxa mexicana que vivia nas montanhas de Huautla de Jiménez (no México) e leio na página 239 este
parágrafo sobre os vagabundos: “Todos os fantasiadores são vagabundos. Escreve Stekel. Quando o
indivíduo esta impedido de vaguear, espraia-se a sua fantasia. Entre o
movimento do espírito e o do corpo existem estreitas relações que podemos
observar diariamente. O ritmo da marcha modifica-se ao mesmo tempo que o do
pensamento. Aquele que, durante a marcha, tem a sua mente ocupada por um
impulso que o impele para diante, acelera o passo involuntariamente, quando
sente necessidade de fugir de si mesmo. A esperança apressa, enquanto a
preocupação demora. Se, ao caminhar, estivermos pensando nas inibições que se
opõem aos nossos desejos, veremos que nossa marcha se torna mais lenta. É
maravilhosa a torrente de idéias que se expressa pela marcha; a marcha é um
símbolo da sexualidade, da ambição de vida e de morte, da criação e da
destruição. As mãos e os pés servem para realizar os impulsos. A mão e o pé
constituem o sentido e a riqueza da vida. É por isso que se diz de um fato
determinado, que “tem pés e mãos" ou que “se mantém de pé”… (…) Na página
seguinte Stekel continua: “O vagabundo (o errante, o nômade) é o homem livre
que não se submete a lei alguma. Liberou suas mãos e seus pés dos laços da
moral imperante (do convencional). São precisamente os impulsos criminosos que
dão origem à vagueação, ao instinto ambulatório patológico. Recordemo-nos do
homem que vagueava pelas montanhas, com a fantasia de cometer um homicidio por
prazer. É precisamente durante a marcha que a fantasia entrega-se a uma dança
aloucada. A solidão da rua convida a fantasiar e, por trás das fantasias,
ocultam-se os impulsos. Toda a fantasia tem a tendência imanente de
converter-se em realidade e adquire alento abertamente ou em forma de ato simbólico…" (Roma, 27 de outubro de 2016)
Homem come carne humana e diz pra policia que comeu algo estragado, veja o link da pagina web
ResponderExcluirhttps://br.noticias.yahoo.com/suspeito-de-canibalismo-diz-a-policiais-eu-comi-102506281.html
Que juventude de merda…
ResponderExcluirhttps://br.noticias.yahoo.com/enem-apenas-comprova-a-burrice-generalizada-193054927.html