"Simbolos de vida: a crueldade, o fanatismo, a intolerância.
Simbolos da decadência: a amenidade, a compreensão, a indulgência..." E.M.C.
Há por aí quem diga que até o peido já está transmitindo a chicungunha e o vírus Zika.
Mas se fosse só isso ainda haveria possibilidade de sobrevivência, o problema é que o elenco de doenças e de perigos patológicos com que a mídia tem bombardeado os pobres mortais com seus miseráveis corpos é imenso, e que é provável que essa obsessão preventiva possa até ser a maior e a mais sofisticada de todas as patologias. Uma espécie de perversão, de sadismo, de fomento e de culto à angústia e à hipocondria.
Só nos últimos dias - por exemplo - vi estatísticas, alertas, entrevistas e notícias sobre o câncer (em todas suas variações), a tuberculose, a AIDS, ao HPV, a artrite, ao diabetes, a hosteoporose, a degeneração neurológica, ao infarto, a obesidade, a gota, ao glaucoma, ao derrame cerebral, ao colapso dos rins, ao alzheimer, ao hipertireidismo, ao inchaço da próstata, a perda de visão, a hipertensão, ao apodrecimento do fígado, e claro, a depressão que, segundo os sábios da OMS, será o mal maior deste século em diante. Mas, afinal, que bosta de corpo é este!? Por mais céticos que sejamos, tudo isto nos faz acreditar cada vez mais naquilo que dizia um poeta curitibano, "viver é prejudicial à saúde"...
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