"Queremos destruir os museus, as bibliotecas e as academias de todas as espécies, e combater o moralismo, o feminismo e todas as torpezas oportunistas e utilitárias. Cantaremos as grandes multidões excitadas pelo trabalho, o prazer ou os motins, as marés multicoloridas e de milhares de vozes da revolução em capitais modernas. Cantaremos a incandescência noturna e vibrante de arsenais e estaleiros, resplandecendo sob luares elétricos, as vorazes estações devorando suas fumegantes serpentes...as locomotivas de peitorais robustos que escavam o solo de seus trilhos como enormes cavalos de aço que têm por arreios, poderosas bielas motrizes, e o vôo suave dos aviões, suas hélices açoitadas pelo vento como bandeiras e parecendo bater palmas de aprovação, qual multidão entusiástica. Lançamos da Itália para o mundo este nosso manifesto de violência irrefreável e incendiária, com o qual fundamos hoje o Futurismo, porque queremos libertar esta terra do fétido câncer de professores, arqueólogos, guias e antiquários."
Filippo Tommaso Marinetti
É provável e previsível que os aeroportos do futuro tenham que substituir os detectores de metais e os cães farejadores de cocaína por detectores de sujeira e farejadores de fedores. Os detectores acusarão àqueles que estão higienicamente aptos a viajarem naquela aeronave e os cães confirmarão a intensidade dos fedores e decidirão quais viajantes terão ou não que tomar compulsoriamente um banho ali mesmo no aeroporto: escovar os dentes, limpar os ouvidos, fazer um cristel, cortar as unhas, trocar as meias e principalmente as cuecas. É impressionante como o fedor de nossa espécie supera, e em muito, os outros fedores. Meu cachorro, por exemplo, mesmo que esteja há um mês sem tomar banho fede menos que o sujeito que viajou a meu lado nesta semana... E além desses "porcos", existe também aqueles que, além de fétidos, passam a viagem inteira fungando e assoando o nariz, como se esse fosse o principal e até o único objetivo de seu nomadismo.
evangelico entrega sem querer as "curas" ahahahah da uma olhada aí ezio
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=m1bpeFXn0ik
O PREÇO DA HONESTIDADE (1)
ResponderExcluirTudo estava de cabeça para baixo, quando o telefone tocou, era a notícia da salvação... Um professor me requisitara para compor a sua equipe de Estudo e Avaliação, na Presidência da República, em Brasília. Tudo estava tão perfeito que eu não conseguia pensar em ter algo que pudesse ofuscar o meu otimismo, mas eu era apenas uma jovem sonhadora... Se nas vielas mais simples tudo é mutável, imagine na nossa Administração Pública? A cada eleição, engaveta-se o “velho” para entrar o “novo”, é sempre um interminável recomeço de: projetos, recursos, ideias e material humano. Em uma dessas mudanças, meu Mestre voou para lecionar na Nova Zelândia, os outros integrantes da equipe retornaram para seus órgãos de origem e/ou universidades. Eu havia sido requisitada do Rio de Janeiro, e por motivos pessoais não desejava em nenhum momento retornar para o inferno, mas o que eu não sabia era que o inferno era ali mesmo... Tentei retornar para a Petrobras, no escritório de Brasília, mas o antro era fechado para os desconhecidos, e mais tarde eu soube o motivo; então aceitei o convite para permanecer como assessora de tecnologia em uma Secretaria. Eles não queriam que eu saísse, afinal eu trabalhava quase de graça, porque o salário que eu recebia da minha Empresa era um vexame, e eu nunca aceitei cargos comissionados. Aproveitando-se da minha inocência tentaram me fazer de “laranja” em uma licitação de aquisição de equipamentos de rede, e eu rejeitei tão glamoroso convite. Insatisfeitos, mostraram-me uma pasta com uma quantia suficiente para eu não trabalhar mais o resto da minha vida, e novamente eu recusei. Os burburinhos no Palácio rolavam pelos corredores, e eu me tornei um “problema” para os palacianos, que convocaram a Casa Militar, e jogaram-me dentro da Abin.
O PREÇO DA HONESTIDADE (2 - continuação)
ResponderExcluirO nome dele era Coronel De Cunto, e eu jamais me esqueceria daquela figura, no mínimo, esquisita. Teceu-me vários elogios, inscreveu-me em vários cursos internos, e jogou-me para os “leões”, mas detalhe, com uma faixa na testa escrita – ESPIÃ – A arapongada se deliciou em ter um “inimigo” interno para torturar. Em 1997, não se podia mais aplicar torturas físicas, mas a psicológica era invisível e tão eficiente quanto. Primeiro me colocaram para trabalhar no CPD, mas como eu me destaquei em um dos treinamentos, o Coronel tentou me convencer a ser um deles, mas foi impossível. O sangue da minha mãe biológica corria forte em minhas veias, e eu jamais iria aderir àquele tipo de serviço, e quando percebeu que seria inútil, colocou-me sozinha em uma sala, com uma mesa e um computador, e vez em quando ele, ou o “capanga” dele, entravam no recinto e tentavam me induzir a pedir demissão do trabalho, voltar para o Rio, e viver sob a tutela do meu genitor. Ele havia trabalhado muito tempo no exército, e possuía a combinação perfeita que eles precisavam – inteligência, ambição e falta de caráter – sofreu uma perfeita lavagem cerebral, e virou um “monstro”. Tentou me violentar aos treze anos de idade, e depois tentou me transformar em um “soldado”, mas fracassou em todas as suas tentativas; e ao completar dezoito anos eu fui embora, deixando para trás uma família sob a tutela de um psicopata. Voltando à Abin, eu resisti enquanto pude ao “exílio aberto” que me fora imposto, até eu conhecer um nerd, por quem eu me apaixonei. Namoramos, juntamos e eu engravidei. Durante a gestação eu recebi várias ameaças, mas não acreditei em nenhuma delas. No final de agosto de 2001, eu dei entrada no Hospital Santa Luzia, em Brasília, com contrações muito fortes. Após quarenta e oito horas sob terríveis dores, eu tive hemorragia, e entrei na cesariana sem saber se voltaria... Ouvi o Alexandre dizer que entre filha e mãe, que ficasse a mãe. No meio daquele circo tive a intuição de chamar meu cardiologista, o médico de minha inteira confiança, desses que trabalham por vocação, sem fins lucrativos. A obstetra não gostou do convite, mas não pode impedi-lo de me ver. A criança nasceu forte e respirando, apesar da prematuridade, e eu sobrevivi a mais uma... Eu iria descer no dia seguinte para amamentar a minha querida Verônica, quando recebi a notícia de que ela havia falecido por insuficiência respiratória. Todos sabiam que não se tratava de uma fatalidade, e o pai, por medo, covardia ou fraqueza, deixou-me... Após cumprir o meu resguardo voltei para Agência, mas dessa vez eu não iria mais ficar ali, e voltei para a Petrobras, em Brasília.
O PREÇO DA HONESTIDADE (3 - continuação)
ResponderExcluirQuando pensei que estava a salvo, a perseguição recomeçou novamente, mas dessa vez com novos protagonistas, o próprio pessoal da Petrobras. Vários incidentes ocorreram neste período: atearam fogo no meu apartamento, sabotaram meu carro por duas vezes, assediaram-me sexualmente no trabalho, isolaram-me socialmente, faliram-me financeiramente e deixaram-me profissionalmente improdutiva. Há pouco tempo eu consegui descobrir que durante a cesariana, eles ligaram as minhas trompas sem o meu consentimento. Durante esse período de permanência no GAPRE/EB – Gabinete da Petrobras em Brasília, eu sofri as maiores humilhações por parte dos empregados que estavam lá, inclusive uma tentativa de homicídio... Um dos empregados, antigo no gabinete, que vivia cercado de políticos em troca de favores, havia levado uma suspensão de um mês, porque o TCU descobriu uma de suas falcatruas... Pela segunda vez eu recusei receber dinheiro ilícito, e o tal do JS, achou que fui eu que o havia denunciado... Poucos dias depois fui abordada por ex-combatente de guerra no bairro de Vila Planalto, onde minha Bá residia... Puxando de uma das pernas, usando boné e óculos escuros à noite, armado, eu percebi de longe do que se tratava... Ao chegar perto de mim, senti de longe o cheiro de álcool... Fiquei imóvel por alguns minutos, e o encarei... Quando ele colocou a mão sobre o meu ombro eu pensei em reagir, mas ele sorriu, e pediu que eu me sentasse em um boteco e pagasse-lhe uma bebida, e assim o fiz... Ele disse que estava me campanando há dez dias, e que ao perceber a minha dedicação por minha Bá, decidiu que não faria o serviço... Falou que o JS havia me encomendado, e mandou eu tomar cuidado com o pessoal da maçonaria, porque o tal Júlio seria um dos seus mestres... Entrei de licença médica no dia seguinte, e solicitei minha transferência para o Rio de Janeiro... Essa teria sido a terceira tentativa de homicídio que eu havia sofria em poucos anos, sem falar do homicídio da minha filha e do meu irmão...
Transferiram-me para o Rio em 2006, e a perseguição continuou, e dessa vez tentaram me aposentar por invalidez. Ouvi os maiores absurdos dos gerentes. Os meus dois últimos relacionamentos eram policiais que foram plantados. Em 2009, resolvi comprar um imóvel com o meu fundo de garantia, e foi quando eu me deparei com um juiz trabalhista, que após receber R$ 20.000,00 de sinal, e ter assinado um contrato de compra/venda, desistiu da venda, e não me devolveu o sinal, alegando os maiores absurdos. Entrei com um processo no TJ RJ para tentar recuperar o meu prejuízo, e até agora, nada, por outro lado, o tal juiz, entrou com um processo na esfera Federal, na área penal, por danos morais, contra mim... No mês passado fui chamada na 5ª. Vara do Tribunal de Justiça Federal para uma audiência pública, onde os pares tentaram me persuadir a “esquecer” de reaver os meus direitos, sob pena de reclusão por ter ferido a imagem do tal magistrado...
E como dizia Thoreau: - “Sob um governo que prende injustamente, o lugar de um homem justo também é na cadeia...”.
Tentei tornar o meu caso público, mas fui vetada em todos os meios de comunicação.
Liberdade de expressão, democracia, liberdade de imprensa... Para quem?
Ezio, alguém leu o texto acima e perguntou-me: - "E agora, o que fazer"? Eu sempre fui, o que costumam dizer, de uma pessoa "hiperativa"... A perseguição se iniciou em 1995, mas eu só percebi o processo em 1997, e lutei tanto para sair desse esquema que a minha hiperatividade acabou... Não sei dizer o que ocorreu, mas acredito que houve um esgotamento físico e mental, e com o passar dos anos eu adoeci... Depressão? Não, tristeza... Como eu já comentei anteriormente, o que mais me assusta não é o latido dos "raivosos", mas o silêncio e a parcimônia das massas... Assisti, e ainda assisto, uma população me vendendo... Não há amigos, justiça, família, profissionais, namorados e nem ideais; pois quando o dinheiro e/ou benefício entra pela porta, o resto todo sai pela janela... Sinto-me um peixe fora d'água... E pelo simples fato de ter rejeitado ganhos ilícitos... Nunca tive a pretensão de denunciar ninguém, apenas queria continuar trabalhando como sempre, mas os oportunistas do Palácio, que trabalhavam do meu lado e estavam estagnados, aproveitaram a situação e me transformaram em uma grande ameaça, com isso ganharam notoriedade e promoções... E há vinte anos essa bola de neve vem alimentado oportunistas das mais diversas áreas, desde um simples motorista, passando por policiais, médicos, políticos, juízes, religiosos e outras organizações... E eu me esgotei de tanto esforço desprendido para quebrar essa corrente do mal... Perdi totalmente a esperança nessa maldita raça que chamam de HUMANOS...
ResponderExcluiradorei a fotografia deste senhor futurista com seu cigarro!!! abraços querido escritor...
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