A recente quebra do “SIGILO” fiscal de algumas pessoas com sua devida repercussão nacional e unânime indignação tem feito muita gente refletir pela primeira vez e obsessivamente sobre essa palavra esquisita e de origem suspeita. Afinal, o “sigillu” é para interditar o mau caratismo do outro contra mim ou para ocultar o meu mau caratismo e minha desonestidade para com os demais? Observe como por trás ou por debaixo de tudo aquilo que você exige que seja “sigiloso” ou mantido em segredo existe sempre uma falcatrua, uma traição, um golpe, uma desonestidade, algum tipo de ato miserável contra outro Ser de tua espécie ou mesmo de outra. Não lhe parece evidente que uma sociedade ou mesmo uma civilização que dá tanto valor ao “sigilo” (seja fiscal, bancário, telefônico, médico, sexual, confessional, salarial, de justiça ou qualquer outro,) é cínica e descaradamente uma sociedade de crápulas e de falsários, onde, claro, se beneficiarão aqueles que melhor puderem ocultar suas intenções, suas roubalheiras e seus crimes? Ora, e depois, ainda existem sujeitos que se ofendem quando ouvem alguem dizer que apesar do teatro de "soberania" e da ficção de 'liberdade" cada um de nós não é mais do que um amontoado de segredos miseráveis. Mas, pior e muito mais desprezível ainda do que esses tipos de cafajestices, convenhamos, é o fato de sermos sistematicamente adestrados para conviver passivamente com elas...
Pois é, creio que os políticos/militares me mantêm nessa "prisão" porque acham que eu sei demais... O exemplo do texto explicita que se não houvesse nada de errado, eles não teriam o temor de me deixarem livre. E o pior é que tem tanta coisa podre por "debaixo dos panos" que mesmo sem eu saber de nada, esses psicopatas me perseguem e me acham uma ameaça... Ezio, se você estivesse no meu lugar, o que você faria?
ResponderExcluirOuviria mais o Adágio em G menor, de Albinoni...
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