Nós últimos dias a testosterona (ou o viagra) parece ter transbordado nas artérias nacionais. Primeiro, o Ministro da Saúde prescreveu sexo como truque preventivo na hipertensão. Depois, o treinador da Seleção liberou os jogadores para licenciosidades nos intervalos e no início da semana um deputado propôs no Congresso Nacional que se institua o Dia do Sexo. Só faltou algum padre no confessionário prescrever umas sessões de onanismo como penitencia. Isto, sem falar da Parada Gay do domingo que aglutinou alguns milhões nas ruas de SP (praticamente só homens) onde se fazia abertamente apologia dos mais variados tipos de “intercâmbios” libidinosos. Um forasteiro que por acaso assistisse a essa aparente liberação nacional talvez sentisse medo de ser estuprado ou, até mesmo de ser obrigado a estuprar alguem. Mas não é bem assim. Apesar do blábláblá e da verborragia dos garanhões, sabemos que a sexualidade e a obsessão por phoder, apesar de ainda continuar sendo um assunto exclusivamente masculino está na base de quase todos os conflitos e de quase todos os transtornos psicossomáticos, fazendo com que a grande maioria continue por aí transitando neuroticamente da negação à compulsão.
Além disso, uma curiosidade: mesmo o clitóris sendo o único órgão com função EXCLUSIVA de prazer, as mulheres continuam mudas e na sombra a respeito dessa temática. Tentem imaginar uma “ministra”, uma “técnica” ou uma “deputada” fazendo as proposições acima mencionadas, ou mesmo imaginem uma passeata com 3 milhões só de lésbicas. O moralismo e a angústia vigentes não dariam conta e o mundo viria literalmente abaixo.
Olá blogueiro!
ResponderExcluirO número de pessoas com hipertensão no Brasil aumentou de 21,5%, em 2006, para 24,4%, em 2009. A hipertensão é uma doença silenciosa e ataca todas as faixas etárias. Por isso, junte-se à campanha de combate e controle da hipertensão do Ministério da Saúde. Você pode ajudar na conscientização da população por meio do material de campanha que disponibilizamos para download. Caso se interesse, entre em contato com fernanda.scavacini@saude.gov.br
Obrigado!
Ministério da Saúde