Neste momento em que as hienas da política e os chacais da propaganda estão reaparecendo para vender suas merdas mentais e para comprar seu voto, vale a pena reler A publicidade é um cadáver que nos sorri, de Oliviero Toscanini.
“Os nazistas - escreve ele - inventaram a propaganda publicitária da alegria ariana com filmes e série de fotos que louvavam um estilo de felicidade escoteira, corpo esculpido e desnudo, beleza loura, alegria de fazer parte de um grupo, grandes emoções simples, culto do natural e do autêntico, céu sem nuvens, veículos poderosos. Era necessário assemelhar-se a essas imagens idílicas. A propaganda encarregava-se de difundi-las por toda a parte, cinema, revistas, cartazes, prospectos, a mesma coisa que a publicidade faz em nossos dias. Um logotipo sombrio e gráfico simbolizava todo esse universo fascista – a suástica. Um símbolo gráfico.”
“Acho apavorante que todo esse imenso espaço de expressão, de exposição e de afixação de cartazes, esses milhares de quilômetros quadrados de cartazes mostrados no mundo inteiro, esses painéis gigantes, esses slogans pintados, essas centenas de milhares de páginas de jornal impressas, esses milhões de horas de televisão, de mensagens radiofônicas, fiquem reservados a esse paradisíaco mundo de imagens imbecil, irreal e mentiroso. Uma comunicação sem qualquer utilidade social. Sem força. Sem impacto. Sem sentido”.
Enfim, “a publicidade não vende felicidade, ela gera depressão e angústia. Cólera e frustração”.
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