segunda-feira, 24 de março de 2008

Os mosquitos e o proletariado


Não é só a epidemia ou a precariedade dos hospitais no Rio de Janeiro que têm nos impressionado, ficamos boquiabertos também com a insistência e com apreferência dos mosquitos em atacar o proletariado e sua prole. Quais as razõesdesses insetos preferirem as águas estagnadas dos muquifos e a nojeira doscortiços ao invés dos jardins suspensos de Ipanema? Por que essa opção pelo lodo no interior dos pneus, dos urinóis e dos canecos abandonados nos aterrosnauseabundos ao invés da umidade perfumada sob as touceiras de Heliconias e da Cordiline Rosada nos fundos das mansões do Leblon? Por que esses ferozes mosquitos preferem desovar nos bairros miseráveis, apinhados e infectos, aoinvés de depositarem seus filhotes nas coberturas à sombra dos filodendros? Sinceramente, não dá para entender. E as massas miseráveis se colocam em fila na beirada dos hospitais com suas crianças mortas nos braços e já sem lágrimas. Seus tataravôs, bisavós e avós já passaram por algo semelhante com a varíola, com a lepra, com a febre amarela, com a sífilis... O horror não lhes é estranho. Por isso ficam ali o dia inteiro ao lado de seus parentes moribundos sem nenhum impulso incendiário e sem a mínima compreensão de como realmente funciona o desprezo, a negligência e a gatunagem social.

Ezio Flavio Bazzo

quarta-feira, 19 de março de 2008

Vendaval de Sangue


Depois do vendaval de sangue em São Paulo, é verdadeiramente impressionante ouvir os discursos dos Secretários de Segurança, dos governadores, dos Ministros, dos assessores, dos delegados, dos gerentes de Ongs, dos pacifistas, dos bispos e de outros responsáveis pela Ordem nacional. É verdadeiramente inacreditável que esses senhores consigam fazer tantas reuniões e seguir dizendo as mesmas coisas durante tantas décadas sem, contudo, na prática, - apesar de todo o dinheiro que já foi destinado e gasto para esse fim - terem conseguido fazer o mínimo do mínimo daquilo que se esperava deles.

Agora, no embalo de toda essa falação surrealista, é importante considerar que: mesmo que o governo desfile seus tanques pelas ruas, mesmo que crie comissões pra cá e comissões pra lá, mesmo que cante de galo, que mistifique o judiciário, que indenize as vítimas, que volte a flertar com a pena de morte, que libere milhões e milhões pra todo lado, nada terá sentido algum se não se mudar, amanhã mesmo, o tratamento dado aos presos naqueles chiqueiros, naquelas pocilgas, naqueles matadouros, naqueles infernos e naquelas imundícies chamadas presídios, cadeias, febens etc. E mais: que dos homens e dos adolescentes enjaulados lá, naquelas condições, é prudente se esperar tudo, inclusive, que quando tiverem a mínima chance, queiram novamente ajustar contas, não apenas com cada um de nós, mas com todos os membros de nossa árvore genealógica.

Ezio Flavio Bazzo

sexta-feira, 14 de março de 2008

Ante Projeto de Lei


Nós, da Ateus Sociedade Anônima, por conhecermos as regras e as leis que regem o Estado, por não acreditarmos que o universo seja regido e controlado por algum tipo de divindade ou força sobrenatural e, principalmente, por sabermos o quanto as religiões, as seitas e confrarias do gênero são maléficas para a saúde mental das pessoas em geral, mas especialmente para a saúde mental das crianças, exigimos do governo que:


1.Providencie a retirada de qualquer símbolo religioso das repartições públicas. Seja ele o conhecido crucifixo, o pedestal da Bíblia, as estrelas de David, os Patuás, as velas acesas atrás das portas etc;

2.Proíba a doação de terrenos públicos para a construção de igrejas e de templos a qualquer tipo de religião ou confraria esotérica;

3.Inclua no currículo escolar do primeiro grau a matéria "folclore" através da qual se dará às crianças a oportunidade de conhecerem a história de todas as religiões que se têm notícias até agora. Que inclua também uma outra matéria através da qual se ensinará aos alunos os contextos históricos e os processos etno-mentais que deram origem a cada uma das religiões;

4.Impossibilite que pais, tutores, professores ou religiosos iniciem crianças com menos de quinze anos em qualquer tipo de religião. A mesma lei que regulamenta a pedofilia e a exploração sexual de crianças deve regulamentar a exploração de suas crenças e de sua fé.

5.Exclua a frase "COM A GRAÇA DE DEUS" ou "SOB A PROTEÇÃO DE DEUS" de todo e qualquer ritual jurídico, policial, parlamentar ou burocrático. Aquele que por demagogia ou acosso moral fizer uso desse instrumento, seja em política ou em instâncias judiciais, será considerado antiético e deverá ser afastado por charlatanismo.

6.Impossibilite que qualquer sujeito que se intitule pastor, padre ou coisa semelhante possa candidatar-se a cargo político e muito menos que receba concessão de rádios, de televisões etc, e que dirija instituições filantrópicas. As pregações religiosas que atualmente infestam as televisões do país devem ser consideradas propaganda enganosa tão ou mais perniciosas que a apologia da merla.

7.Interdite o direito de exercer a profissão a aquele professor, médico ou outro profissional de saúde que, valendo-se da assimetria a seu favor, assediar ou coagir alunos ou pacientes com doutrinamentos religiosos ou qualquer outro tipo de insinuações teístas ou de ordem sobrenatural.

Ezio Flavio Bazzo

quarta-feira, 12 de março de 2008

Parlamento


Está equivocado o parlamento brasileiro se acredita que o maior motivo de indignação popular refere-se às férias de noventa dias e às convocações parlamentares extraordinárias remuneradas. Isto é quase nada diante de todo o surrealismo que ocorre nos bastidores desse paraíso de privilégios. O que está em xeque realmente é o político profissional, os critérios viciosos de sua escolha, o exagero de poderes que lhe é concedido e mesmo a própria república, esse presente de grego que há séculos não é resignificado. Querem promover mudanças? Então que conste no PDL: mandato de quatro anos sem possibilidade de reeleição; o salário do parlamentar deverá ser o mesmo que vinha recebendo na sua vida profissional; o parlamentar deve permanecer em sua cidade legislando via internet e ao invés de passaporte especial, passagens, imunidade etc, deve apresentar-se mensalmente à polícia e à receita federal. Caso contrário seguiremos repetindo até a náusea esse teatro reformista, fomentando a megalomania e os desmandos de alguns vivaldinos e eternizando democracias medíocres e semibárbaras.

Ezio Flavio Bazzo

quinta-feira, 6 de março de 2008

Células-tronco ou sabonete?


A esperada decisão do STF a respeito da lengalenga das Células-tronco serviu para concluirmos definitivamente que o Estado e os poderes deste país não são laicos coisa nenhuma e pior, que estão dominados de uma ponta a outra por uma gerontocracia beata que confessa publicamente ter uma dívida impagável para com o clero. Mesmo muitos daquelas autoridades que ontem foram compulsoriamente à tribuna defender o “Progresso”, a “Liberdade científica” e, por conseguinte, o uso dos tais embriões, tiveram o cuidado de, nas entrelinhas, sem que os eleitores percebessem, pedir desculpas aos bispos e reafirmar ad infinitum a dívida e a culpa que têm para com aquela confraria. Agora, uma coisa deve ser mencionada. Independente da bobagem de que seria crime ou pecado usar Células-tronco de embriões para pesquisas etc, talvez os promotores, os juízes e os padres que obstruíram a votação tenham razão num ponto: uma comunidade “científica” que ainda não conseguiu administrar o básico do básico em seus hospitais, que ainda está às voltas para livrar-se do lixo e das bactérias hospitalares e que ainda não disponibiliza sequer de sabonetes para seus médicos, realmente não é confiável.

Ezio Flavio Bazzo

segunda-feira, 3 de março de 2008

Abuso da fé Pulblica


Quero solidarizar-me com o italiano Luigi Cascioli que lá na cidade de Viterbo, está processando a igreja por crime de propaganda enganosa e obrigando-a, através da lei do Abuso da fé Pública a provar historicamente a existência de Jesus. Se nossas leis são extremamente severas e rigorosas com relação à falsificação de dinheiro, de remédios,de raízes, de alimentos etc, é mais do que evidente que ela deve sê-lo também com relação às falsificações relativas às crenças, ao charlatanismo místico generalizado e às manipulações espirituais de massa. Que a fé seja um assunto íntimo e pessoal de cada um, estamos todos de acordo, agora, a liberdade para engendrar a fraude quem bem se entender, para prometer milagres e recompensas celestes aos pobres beatos, institucionalizar o assédio religioso, o acosso moral, a chantagem emocional e a comercialização dessas ficções neuróticas, isto já é um problema que afeta, humilha, envergonha e adoece a toda a humanidade.

Ezio Flavio Bazzo

Façanhas do Principe Arre!


É quase inacreditável que numa época em que o mundo se organiza para usar células-tronco e reproduzir orelhas, braços, cérebros etc, ainda se assista o folclore de um príncipe ruivo que vai secretamente masculinizar-se e treinar tiro-ao-alvo num país bárbaro e longínquo. Pedagogia de uma monarquia aparentemente erigida nos moldes de Montesquieu ou de Benjamim Constant, mas que oculta no seu âmago além do delírio da hereditariedade e da vitaliciedade a excrescência das antigas chefaturas tribais instaladas às margens do Eufrates.

E o mais abominável desse conto de fadas contemporâneo é que os súditos melanizados de todo o planeta parecem ficar fascinados diante de qualquer fanfarrão albino que tenha dois metros de altura e ascendência monárquica, principalmente quando o vêem com um capacete enfiado na moleira e a culatra de um fuzil apoiada nos ombros. Sinceramente! E depois não querem que as poucas inteligências que ainda resistem descambem para a misantropia. Sempre que assisto algo dessa natureza convoco imediatamente o velho François de Chateaubriand que já em sua época alertava: quanto mais o opressor é vil mais o escravo é infame.

Ezio Flavio Bazzo

sábado, 1 de março de 2008

Nos subterrâneos da fé


"Se você topar com alguém que lhe diga "eu sei que Deus não existe", não é um ateu, é um imbecil. E, igualmente, se você encontrar alguém que lhe diga "eu sei que Deus existe". É um imbecil que confunde a sua fé com um saber."

A. Comte-Sponville

Nas últimas décadas – por sorte – o mundo não viu apenas o crescimento vertiginoso de religiões, de sectarismos, de seitas, desvarios místicos e de fundamentalismos associados ao terror e à fé. Vem testemunhando também a contra investida de livres pensadores, laicos, filósofos e intelectuais ateus de todos os matizes cientes, por um lado, de que as religiões podem ser extremamente maléficas, e por outro, que é possível ser honesto, ético, verdadeiro, menos salafrário, criativo e até mesmo espiritualista sem Deus. No meio de tanta massificação e de tantos olhos voltados para o além esses estudiosos vêm produzindo importantes trabalhos sobre o assunto, fazendo-nos compreender que por de baixo da aparente democracia do velho axioma "religião e política não se discutem" havia – e há – um sutil artifício de censura e de interdição de esclarecimento pessoal que pode muito bem ter sido responsável pelo estado de alienação e de atraso em que os países latinos em geral – e o Brasil em particular – se encontram atualmente, tanto no universo da política como no da religiosidade. A crença num ou noutro Deus ou em nenhum, a filiação a esta ou àquela religião ou a nenhuma, tem sido o motivo principal daquelas tão bem conhecidas discórdias e mixórdias que vieram pelos séculos a fora regando a terra de imposturas e de sangue.

Entre os livros recentes, traduzidos para o português, podemos mencionar Deus, um delírio, do biólogo norte americano Richard Dawkins, Carta a uma nação cristã, do filósofo de Stanford, Sam Harris, e o Espírito do ateísmo, do pensador francês André Comte-Sponville. Três ensaios mais do que oportunos que, sem nenhuma sisudez e sem nenhuma fobia conectam-se entre si principalmente pela consciência de que o ateísmo não é o fim do mundo e que o fanatismo e o irracionalismo religioso são igualmente insalubres tanto para a civilização como para as sociedades. Além dos esclarecimentos concernentes à crença no suposto Design Inteligente, o que é precioso nesses livros é tanto a sinceridade como a objetividade com que os autores tratam os absurdos, os erros, as ficções, as irracionalidades e as neuroses inerentes às crenças no sobrenatural que, mesmo estando presentes em todo o planeta, inclusive em países influentes como os EUA, causam muito mais estragos naqueles atascados na pobreza e no subdesenvolvimento. Para Harris, o fato de quase a metade da população norte americana ainda acreditar na vinda do Messias, na idéia de que o mundo está prestes a acabar – e mais – que o fim será glorioso deve ser considerada uma emergência moral e intelectual.

Além do resgate das idéias anticlericais e ateístas clássicas, esta tríade de pensadores contemporâneos chama atenção para o fato de que tanto a pregação da intolerância religiosa contra os "infiéis" e contra os "ateus", como a interpretação ao pé da letra dos ditos livros sagrados, além de desrespeitar a liberdade individual e de interditar os avanços das Ciências podem colocar em risco até mesmo a sobrevivência da humanidade. Neste particular, – sem falar do dogmatismo religioso a respeito de questões como o aborto, a transfusão de sangue, o uso de preservativos, as células tronco etc. –, é importante lembrar que em muitas daquelas escolas primárias dos EUA onde a Bíblia é usada como livro didático, continua sendo proibido mencionar o nome de Darwin assim como fazer menção às suas teorias evolucionistas. Daí o espirituoso alerta de Harris: "Os que têm o poder de eleger presidentes, deputados e senadores – e muitos dos que são eleitos – acreditam que os dinossauros sobreviveram aos pares na arca de Noé, que a luz de galáxias distantes foi criada a caminho da Terra e que os primeiros membros da nossa espécie foram modelados a partir do barro e do hálito divino, em um jardim com uma cobra falante e pela mão de um Deus invisível." E o mais bizarro de tudo isso, é que esse Deus absconditus tem sido o motivo principal de muitas chacinas, de muitas imposturas e de incontáveis sofrimentos. Se pelo menos aparecesse, desse uma pista aos homens de pouca fé. Mas não, prefere o anonimato e a clandestinidade. Insiste em habitar no invisível, fato que para o filósofo Sponville, é simplesmente espantoso. Um Deus que se esconde com tanta obstinação! "Seria mais simples e mais eficaz – diz – Deus consentir em se mostrar, pois se quisesse que eu acreditasse nele resolveria num instantinho esse assunto. (...) Um Deus oculto! "Os humanos só se escondem quando têm medo ou vergonha. Mas Deus?" Para Dawkins, um dos efeitos verdadeiramente negativos da religião é que ela nos ensina que é uma virtude satisfazer-se com o não-entendimento. Sim, a religião permite – segundo também Harris – que as pessoas imaginem que suas preocupações são morais quando não são – isto é, quando elas não têm nada a ver com o sofrimento ou com o alívio do sofrimento. A religião permite que as pessoas imaginem que suas preocupações são morais, quando na verdade são altamente imorais – isto é, quando insistir nessas preocupações inflige um sofrimento atroz e desnecessário em seres humanos inocentes.

Mas ser ateu não é necessariamente uma opção glamurosa e nem tão fácil como se pode pensar. Pesquisas tanto lá nos Estados Unidos como aqui no Brasil e em outros países já demonstraram que a população que votaria num candidato ateu à presidência da república é mínima e que os eleitores elegeriam com muito mais tranqüilidade (apesar do racismo e da homofobia latente) um candidato que fosse bandido, negro ou homossexual. "Se você tem razão ao acreditar que a fé religiosa oferece a única base real para a moralidade – escreve Harris –, então os ateus deveriam ser menos morais do que as pessoas de fé. Na verdade, os ateus deveriam ser totalmente imorais. Será que são mesmo? Será que os membros das organizações de ateus nos EUA cometem crimes violentos em proporção maior que a média? Será que os membros da Academia Nacional de Ciências, dos quais 93% não aceitam a idéia de Deus, mentem, enganam e roubam deslavadamente? Podemos estar razoavelmente seguros de que esses grupos se comportam pelo menos tão bem quanto à população em geral." "Não tenho uma idéia muito elevada da humanidade em geral e de mim mesmo em particular para imaginar que um Deus esteja na origem desta espécie e deste indivíduo", declara Sponville para explicar seu ateísmo. E é esse mesmo filósofo materialista e racionalista que acredita que prescindir de religião não o obriga a prescindir de espiritualidade e que ser ateu não significa abandonar seu espírito aos padres, aos mulás ou aos espiritualistas. Tanto a intervenção de Harris como a de Sponville bem que poderiam fazer o universo religioso mais tolerante para com os ateus, pois está provado, por um lado, que o ateísmo é compatível com as aspirações básicas de qualquer sociedade civil, e por outro, que a crença generalizada em Deus não é garantia para a saúde física e nem para a saúde mental de ninguém, pelo contrário. Entre seus correspondentes Harris lembra que os mais mentalmente perturbados sempre citam capítulos e versículos bíblicos. Em Carta a uma nação cristã, o filósofo norte americano lembra ainda que embora se acredite que acabar com a religião é um objetivo impossível, é importante perceber que ele já foi alcançado por boa parte do mundo desenvolvido. Noruega, Islândia, Austrália, Canadá, Suécia, Suíça, Bélgica, Japão, Holanda, Dinamarca e o Reino Unido estão entre as sociedades menos religiosas da terra. De acordo com o Relatório do Desenvolvimento Humano das Nações Unidas (2005), essas sociedades também são as mais saudáveis, segundo os indicadores de expectativa e vida, alfabetização, renda per capita, nível educacional, igualdade entre os sexos, taxa de homicídios e mortalidade infantil. Inversamente, os cinqüenta países que ocupam os lugares mais baixos, segundo o índice de desenvolvimento humano das Nações Unidas, são inabalavelmente religiosos.

Enfim, as leituras aqui mencionadas são obrigatórias a qualquer um, – ateu ou crente – que queira estar à altura de sua época, pois o dogmatismo e o obscurantismo são temas aos quais ninguém pode ficar indiferente. As pessoas precisam tomar as rédeas de suas vidas nas próprias mãos e quem quiser compreender como acontece a fanatização e a massificação na fé, basta lembrar que se você levar a vítima (principalmente crianças e pessoas pouco esclarecidas) por um caminho conhecido ela não perceberá que você a está levando para uma armadilha. "Seria um erro – alerta Sponville – abandonar o terreno para eles. A luta pelas Luzes continua, raramente foi tão urgente, e é uma luta pela liberdade."

Para aqueles que não vivem sem seus álibis e que estão acostumados a fazer jogo duplo em tudo, inclusive em relação às coisas da eternidade, Dawkins nos lembra que quando perguntaram a Bertrand Russel o que ele diria se morresse e se visse confrontado por Deus, exigindo saber por que Russel nunca acreditou nele, este teria respondido: "Não havia provas suficientes".

Ezio Flavio Bazzo