E, Portugal, aos poucos, vai se transformando numa extensão do continente africano, sem falar dos venezuelanos, dos indianos e dos paquistaneses que já dominam o mercado. Claro que os camaradas lusitanos, que outrora invadiam território dos outros sem cerimônias, agora começam a ficar irrequietos... mas agora é tarde! O PIB do país gira ao redor do bacalhau, de Fernando Pessoa e do Saramago. Se não fosse o mar e as sardinhas...
O sentimentalismo, a 'alienação pela família' e a saudade do impossível se agravam, dando à choradeira de Amalia Rodrigues cada vez mais atualidade... Há gente demais! Filas para todos os lados. Se não houver, o mais rápido possível, um controle rigoroso de natalidade, essa espécie acabará devorando-se entre si e, pior, até o planeta...
E o mais grave: não há mendigos e nem ciganos na cidade. O que é uma cidade sem mendigos e sem ciganos?
E a mesma turma que apoiou Salazar durante trinta anos, agora, descaradamente, cobra ingressos para deixar os forasteiros visitarem seus templos abarrotados do ouro roubado lá de Minas Gerais...
Isto não quer dizer que a beleza do país esteja sendo comprometida, e que as livrarias do Porto estejam menos fantásticas, pelo contrário. E por falar em livrarias, lembram da Lello? Uma das mais importantes aqui do país? Foi transformada numa espécie de museuzinho babaca do Harry Potter. A qualquer hora do dia, há filas de idiotas esperando para entrar nela, e não, evidentemente, em busca de Max Stiner ou de Zizek, mas para fazer uma foto ao lado de uma bruxinha ou de um morcego... Isso só não é mais ridículo do que ver aí, nesse hospício tropical, o Krenak vestido com aquelas anáguas da Academia de Letras...
O jogo de cintura dos africanos, o lero lero dos paquistaneses e a malandragem dos indianos dá um clima especial tanto à Lisboa, como a Aveiros e ao Porto. Quem ainda se atreve a comer bacalhau, diz que está tudo igual aos tempos de Camões e de Marques de Pombal e os vinhos.., cada vez melhores...
O sentimento trágico dos lusitanos. Além da COVID, o Ministério da saúde alerta para a poeira que vem do norte da África... Manifestações de Direita e de esquerda... O pessoal da direita se ajeita no governo (e já há manifestações de rua contra o aborto e contra os imigrantes...) e na turma da esquerda (já há manifestações contra o fascismo e em defesa da Palestina). Reinicia aquele teatro de oposição, com os slogans ainda dos tempos de Lênin, de Salazar e da PIDE. Segundo os taxistas, que já assistiram isso várias vezes, é pura encenação. Blá,blá, blá. Pasteizinhos de Belém! Que dia 25 de abril as manifestações serão de cravos e de camélias... e que não acontecerá nada...
E la nave va... (pelos cafés da Ribeira e pelas margens do rio Douro...)
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